Fanfics Brasil - Capitulo 53 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 53

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Peterson e MacDonald chegaram pontualmente e, conforme  o  prometido, não demoraram muito. Guardei no andar de cima o que Leslie  tinha esquecido no porta-malas do carro e, a caminho de casa, Joseph e eu passamos em uma loja de aluguel de roupas  para pegar  o smoking de   Noah e o dele. Como meu filho precisava resolver um assunto  antes  da cerimônia, deixei-o em casa e depois me dirigi a Creekside.


Noah estava sentado na cadeira do quarto e a luz do crepúsculo entrava pela Janela. Quando ele se virou para me cumprimentar, na mesma hora entendi que o cisne não tinha voltado. Parei na soleira da  porta.


–  Oi, Noah – falei.


–   Oi, Alfonso – respondeu ele com um sussurro. Estava com uma aparência cansada, como se as rugas de seu rosto tivessem ficado mais fundas da noite para o dia.


–  Tudo bem? – perguntei.


–  Poderia estar melhor. Mas também poderia estar pior. Como para me tranquilizar, ele forçou um sorriso.


–  Está pronto para ir?


–  Estou, sim – disse ele, balançando a cabeça.


No caminho, Noah não comentou nada sobre o cisne. Ficou  apenas olhando pela Janela, como Joseph tinha feito, e eu o deixei em paz com os próprios pensamentos. Mesmo assim, conforme nos  aproximávamos da casa, fui ficando mais ansioso. Mal podia esperar até que ele visse o que tínhamos feito e acho que torcia para que meu sogro ficasse tão impressionado quanto os outros.


Estranhamente,   porém,   ele   não   esboçou   qualquer   reação  quando



 



saltamos do carro. Olhou em volta e por fim deu de  ombros.


–  Pensei que você tivesse dito que mandou arrumar a casa –  começou ele.


Fiquei confuso, pensando se tinha escutado direito.


–  E mandei.


–  Onde?


–  Por toda parte – falei. – Venha, vou lhe mostrar o roseiral. Ele fez que não com a cabeça.


–  Estou vendo daqui. Está como sempre foi.


–   Agora, talvez, mas você deveria ter visto na semana passada – argumentei, quase na defensiva. – Estava totalmente desordenado. E a casa...


Ele me interrompeu com um sorriso travesso.


–  Enganei você – brincou, com  uma piscadela. – Agora venha,  mostre- me tudo o que fez.


 Demos a volta pela casa e pelos limites da propriedade antes de nos sentarmos no balanço da varanda. Ainda tínhamos uma hora antes de irmos nos arrumar. Joseph já chegou pronto e logo depois dele apareceram Anna, Leslie e Annie, vindas direto do salão de beleza. Minhas filhas estavam animadíssimas quando desceram do carro. Foram andando na frente de   Annie e logo desapareceram em direção ao andar de cima, com os vestidos pendurados no braço.


Annie parou diante de mim, e seus olhos brilhavam ao ver as meninas subirem a escada.


–  Não se esqueça – disse ela. – Keith não pode ver Anna antes da cerimônia, então não o deixe subir.


–  Fique tranquila – prometi.


–  Na verdade, não deixe ninguém subir. É para ser surpresa. Ergui as mãos e cruzei os dedos indicadores.


–  Juro proteger essa escada com minha própria vida – falei.


–  Isso vale para você também.


–  Já tinha imaginado.


Ela relanceou os olhos para a escada  vazia.


–  Está nervoso?


–  Um pouco.


–  Eu também. É difícil acreditar que nossa menininha cresceu tanto e vai realmente se casar.




Embora animada, sua voz tinha um quê de melancolia  e  eu  me aproximei para lhe dar um beijo no rosto. Ela  sorriu.


–   Escute, tenho que ir ver a Anna. Ela precisa de ajuda  para  pôr o vestido. Parece que o modelo é bastante justo. E também tenho que acabar de me arrumar.


–  Eu sei – afirmei. – Vejo você daqui a pouco.


 Ao longo da hora seguinte, chegaram o fotógrafo, John Peterson e os profissionais do bufê. Todos começaram a cuidar da sua parte  com eficiência. O bolo foi entregue e colocado sobre o suporte, o florista  veio com o buquê e com as flores para prender nas lapelas e nos pulsos das mulheres e por fim, um pouco antes do horário marcado para os convidados começarem a chegar, o pastor apareceu para ensaiar comigo a ordem do cortejo.


Aos poucos, o quintal começou a se encher de carros.  Noah  e  eu ficamos na varanda cumprimentando a maior parte dos convidados antes de direcioná-los para a tenda, onde  Joseph e Keith acompanhavam  as damas até seus lugares. John Peterson já estava ao piano, preenchendo o ar cálido daquele início de noite com a  música  suave de  Bach. Em  pouco  tempo todos já estavam acomodados, inclusive o  pastor.


Quando o sol começou a se pôr, a tenda adquiriu um brilho sobrenatural. Velas tremeluziam sobre as mesas e os funcionários do bufê foram para os fundos da casa, a fim de organizar a  comida.


Pela primeira vez, o casamento passou a me parecer real. Comecei a andar de um lado para outro, tentando me acalmar. A cerimônia teria início dali a menos de 15 minutos e imaginei que minha mulher e minhas filhas estivessem com tudo sob controle. Tentei me convencer de que desceriam apenas na última hora, mas, da porta da frente, não conseguia  parar  de espiar a escada a cada instante. Sentado no balanço  da  varanda, Noah olhava para mim com cara de quem  estava achando  graça.


–  Você parece um daqueles patinhos de barraca de  tiro – disse ele.  – Sabe do que estou falando? Aqueles que ficam andando  de  um  lado para outro enquanto as pessoas tentam acertá-los e ganhar o prêmio?


Olhei para ele.


–  Está assim na cara, é?


–  Acho que você já deve ter feito um buraco no piso da varanda.



 



Quando resolvi que talvez fosse melhor  me  sentar,  ouvi passos descendo a escada.


Noah ergueu a mão para avisar que ficaria onde estava e, respirando fundo, entrei no saguão. Annie descia a escada bem devagar, deslizando uma das mãos pelo corrimão, e tudo o que consegui fazer foi ficar ali parado olhando para ela.


De cabelos presos, ela estava incrivelmente elegante.  O  vestido  de cetim cor de pêssego realçava seu corpo  de  forma  convidativa  e seus lábios luziam, rosados. Ela usava a quantidade exata de sombra para acentuar seus olhos escuros e, ao ver a expressão em meu rosto, parou por um instante, saboreando meu olhar de admiração.


–  Você está... maravilhosa – consegui articular.


–  Obrigada – respondeu ela baixinho.


Annie então atravessou o saguão na minha direção. Quando chegou perto, pude sentir o cheiro de seu perfume novo, mas, quando me abaixei para lhe dar um beijo, ela se afastou.


–  Não – proibiu ela, rindo. – Vai borrar meu batom.


–  Está falando sério?


–  Estou – confirmou, enxotando minhas mãos  esticadas. – Você  pode me beijar mais tarde, prometo. Quando eu começar a chorar, minha maquiagem vai borrar mesmo.


–  E a Anna?


Ela balançou a cabeça em direção à escada.


–   Está pronta, mas queria falar com Leslie em particular  antes  de descer. Uma última conversa entre irmãs, imagino. – Ela deu um sorriso sonhador. – Mal posso esperar para você ver  como ela  está. Acho  que nunca vi uma noiva mais linda. Está tudo pronto?


–  Assim que receber o aviso, John vai começar a marcha nupcial. Annie assentiu, parecendo nervosa.


–  Onde está o papai?


–  Exatamente onde deveria estar – tranquilizei-a. – Não se preocupe, vai ser tudo perfeito. Agora só resta esperar.


Ela tornou a assentir.


–  Que horas são?


Olhei de relance para o relógio.


–   Oito – respondi, e, bem na hora em que Annie estava prestes  a perguntar  se deveria ir chamar Anna, uma porta se abriu com  um  rangido no segundo andar. Ambos olhamos para cima ao mesmo tempo.


Leslie foi a primeira a aparecer e, assim como  Annie,  estava muito bonita. Sua pele exibia o frescor da juventude e ela desceu os degraus saltitando, com uma alegria que mal conseguia conter. Seu vestido  também era cor de pêssego, só que, ao contrário do de Annie, não tinha mangas e deixava à mostra seus músculos bronzeados enquanto ela segurava o corrimão.




–  Ela está vindo – disse minha filha, ofegante. – Vai descer daqui a um segundo.


Joseph entrou pela porta atrás de nós e foi se postar ao lado da  irmã. Annie estendeu o braço para segurar o meu e, surpreso, percebi que minhas mãos tremiam. Constatei que tudo se resumia àquele instante. Quando ouvimos a porta se abrir de novo lá em cima, Annie deu um  sorriso de menina.


–  Lá vem ela – sussurrou.


Sim, Anna estava vindo, mas mesmo nesse momento eu só conseguia pensar em Annie. Vendo-a em pé ali ao meu lado, entendi que nunca a tinha amado mais. Minha boca de repente ficou  seca.


Quando Anna apareceu, os olhos de Annie se  arregalaram.  Por  um segundo apenas, ela pareceu paralisada, incapaz de falar. Ao ver  a expressão no rosto da mãe, Anna desceu a escada tão depressa quanto Leslie, com um  braço escondido atrás das  costas.


O vestido que ela usava não era o mesmo que Annie a vira pôr minutos antes. Em vez dele, ela vestia um modelo que eu tinha levado para a casa naquela manhã – havia pendurado pessoalmente a roupa envolta em plástico em um dos armários vazios –, exatamente igual ao  que  Leslie  estava usando.


Antes de Annie conseguir reunir forças para dizer algo, Anna foi até ela e mostrou o que tinha escondido atrás das  costas.


–  Acho que é você quem deve pôr isto aqui – falou ela, simplesmente.


Quando Annie viu o véu de noiva que Anna segurava,  piscou  bem depressa, sem conseguir acreditar no que  via.


–  O que está acontecendo aqui? – indagou ela. – Por que você trocou de vestido?


–   Porque eu não vou me casar – respondeu Anna com um sorriso tranquilo. – Pelo menos, não hoje.


–  Que história é essa? – quis saber Annie. – É claro que você vai se casar...


Anna fez que não com a  cabeça.


–  Este nunca foi o meu casamento, mãe. Desde o começo era o seu casamento. – Ela fez uma pausa. – Por que acha que deixei você escolher tudo?


Annie parecia não conseguir compreender o que nossa filha dizia. Em  vez de falar, ficou olhando alternadamente para Anna, Joseph e Leslie, examinando seus rostos sorridentes em busca de respostas, antes de  enfim se virar para mim.




Segurei a mão dela e levei-a aos lábios. Um ano de preparativos, um ano de segredo, tudo para culminar naquele instante. Beijei seus dedos de leve antes de olhá-la bem nos olhos.


–  Você disse que se casaria comigo de novo, não disse?


Por alguns segundos, pareceu que estávamos sozinhos naquela casa. Enquanto Annie me encarava, relembrei  todas  as  providências  que tomara em segredo ao longo do ano anterior – férias no  momento  certo,  o fotógrafo e o bufê que “por  acaso” estavam  disponíveis, convidados  livres no fim de semana, funcionários dispostos a “liberar a agenda” para  preparar a casa em poucos  dias.


Foram necessários alguns momentos, mas por fim  um  ar  de compreensão começou a tomar conta do semblante de Annie. E quando ela entendeu o que estava acontecendo – e o que significava realmente  aquele fim de semana –, cravou os olhos nos meus, assombrada e  incrédula.


–  Meu casamento? – Sua voz saiu baixa, quase ofegante. Assenti.


–  O casamento que eu deveria ter dado a você muito tempo atrás.


 Embora Annie quisesse saber todos os detalhes ali mesmo, estendi a mão para pegar o véu que Anna ainda segurava.


–  Eu conto tudo durante a festa – prometi, prendendo o enfeite com cuidado em sua cabeça. – Mas agora os convidados estão esperando.   Joseph e eu precisamos estar lá na frente, então tenho que ir.  Não  esqueça  o buquê.


Annie tinha um olhar de  súplica.


–  Mas... espere...


–  Não posso ficar, não posso mesmo – insisti, com delicadeza. – Eu não posso ver você antes da cerimônia, lembra? – Sorri. – Mas vamos nos encontrar daqui a alguns minutos, tá?


Senti os olhos dos convidados fixos em mim enquanto Joseph e eu caminhávamos em direção ao caramanchão. Instantes depois, estávamos em pé ao lado de Harvey Wellington, o pastor que eu  convidara  para celebrar o casamento.


–  Está com as alianças, não está? – perguntei a Joseph. Ele deu umas batidinhas no bolso da lapela.


–  Estão aqui, papai. Fui buscar hoje, como você pediu.



Ao longe, o sol já havia mergulhado atrás da copa das árvores  e o  céu aos poucos tinha ficado azul-escuro. Meus olhos percorreram os  convidados ali presentes e, ao ouvir seus sussurros abafados, fui tomado por uma onda de gratidão. Kate, David e Jeff estavam sentados  com  seus  cônjuges nas filas da frente, com Keith logo  atrás, e  depois  deles  pude  ver  os amigos que Annie e eu tínhamos havia tanto tempo. Eu devia a cada um deles meu agradecimento por ter tornado aquilo possível.  Alguns  tinham  mandado fotos para o álbum, outros me  ajudaram  a  encontrar  as  pessoas certas para ajudar com os preparativos. No entanto, minha gratidão ia além dessas questões. No mundo em que vivemos hoje, parece impossível  guardar qualquer segredo, mas todos os que estavam  ali  não  apenas  tinham feito isso, como também haviam comparecido, cheios de animação, para comemorar aquele momento especial de nossas vidas.


Mais do que ninguém, eu queria agradecer a Anna. Nada  teria  sido possível sem a sua disposição de participar, e não deve ter sido nada fácil para ela. Minha filha tivera de prestar atenção em cada palavra que dizia e manter a mãe ocupada o tempo todo. Foi bastante complicado para Keith, também, e peguei-me pensando que um dia ele de fato daria um belo genro. Quando ele e Anna decidissem se casar, prometi a mim mesmo que teriam exatamente o tipo de casamento que quisessem, fosse qual fosse o  custo.


Leslie também ajudara muitíssimo. Foi  ela que convenceu Annie a   passar a noite em Greensboro e foi ela que comprou o vestido de Anna e o levou para casa. Mais do que isso, minha caçula contribuiu com várias ideias para tornar o casamento o mais lindo possível. Com seu amor pelos filmes românticos, demonstrou um alento natural para organizar tudo: contratar Harvey Wellington e John Peterson fora ideia sua, por exemplo.


E havia Joseph, claro. Quando eu lhe dissera o que pretendia fazer, ele se mostrara o menos animado de meus três filhos, mas acho que eu já deveria esperar por isso. O que não esperava era o peso de sua mão sobre meu ombro quando estávamos em pé sob o caramanchão esperando Annie chegar.


–  Papai? – sussurrou ele.


–  Sim?


Meu filho sorriu.


–  Só quero que você saiba que estou honrado por você ter me chamado para ser seu padrinho.


Senti um nó na garganta ao ouvir as suas   palavras.


–  Obrigado. – Isso foi tudo que consegui dizer.



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Autor(a): eduardah

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O casamento foi exatamente como eu esperava. Nunca vou me esquecer do burburinho abafado de animação dos convidados, nem da forma como todos esticaram o pescoço para ver minhas  filhas  passarem pelo corredor  entre as cadeiras. Vou sempre me lembrar de como as minhas mãos  começaram a tremer quando ouvi os primeiros a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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