Fanfics Brasil - Capitulo 7 O Casamento AyA (Adaptada)

Fanfic: O Casamento AyA (Adaptada) | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 7

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Minha esposa continua linda.


É claro que hoje ela tem uma beleza mais suave, do tipo que se aprofundou com a idade. Sua pele é macia e tem rugas onde antes era lisa. Os quadris ficaram mais cheios,  a  barriga  um  pouco  mais proeminente, mas eu ainda me sinto dominado pelo desejo quando a vejo tirar a roupa no quarto.


Nossa vida sexual nos últimos anos foi esparsa e, sempre que fizemos amor, foi sem a espontaneidade e a disposição do passado. Mas o que mais me fez falta não foi o sexo em si, e sim a expressão de desejo há tanto tempo ausente dos olhos de Annie, ou um simples toque ou gesto que deixassem claro que ela me queria tanto quanto  eu a  desejava. Alguma coisa, qualquer  coisa, que me fizesse saber que eu ainda era especial    para ela.




Mas como eu faria isso acontecer? Sim, eu sabia que tinha de cortejar Annie outra vez, mas percebi que não seria tão  fácil  quanto  eu  havia pensado. A estreita familiaridade entre nós, que eu inicialmente pensara que fosse simplificar as coisas, na verdade as tornava  mais  complicadas. Nossas conversas à mesa do jantar, por exemplo, estavam engessadas pela rotina. Depois de falar com Noah, por algumas semanas cheguei a passar parte de minhas tardes no escritório inventando assuntos novos para conversar com ela em casa, mas, quando os  abordava,  eles  soavam forçados e o papo não engrenava. Como sempre, voltávamos a falar sobre nossos filhos ou sobre os clientes e os funcionários do meu escritório de advocacia.


Comecei a perceber que nossa vida juntos tinha sido estabelecida de acordo com um padrão incapaz de fazer qualquer tipo de paixão ressurgir. Havia muitos anos, tínhamos agendas separadas para cuidar de nossas tarefas, que eram sobretudo individuais. Nos primeiros anos de vida em comum, eu passava muitas horas trabalhando – inclusive à noite e nos  fins de semana – para garantir que, quando chegasse a hora, os donos da firma achariam vantajoso me propor sociedade. Nunca tirava os  30 dias de   férias a que tinha direito. Talvez eu tenha exagerado na minha determinação de impressionar Ambry e Saxon, mas, com a família crescendo e eu tendo que sustentá-la, não queria correr nenhum risco. Percebo agora que a busca do sucesso profissional aliada à minha discrição natural me manteve afastado da minha família, e hoje acho que sempre fui uma espécie de estranho na minha própria casa.


Enquanto eu vivia ocupado no meu mundinho, Annie dava duro para cuidar das crianças. À medida que as atividades e as exigências dos filhos foram aumentando, ela às vezes parecia ser apenas um borrão em movimento que passava chispando por mim nos corredores da casa. Houve anos, tenho de confessar, em que jantávamos separados com mais frequência do  que juntos, e, embora isso de vez em quando tenha me parecido esquisito, não fiz nada para mudar a  situação.


Talvez tenhamos nos acostumado com esse estilo de vida, mas, quando nossos filhos já não estavam mais lá para governar  nossas  vidas, parecíamos impotentes para preencher os espaços vazios  que  haviam surgido entre nós. E, apesar da minha preocupação com o estado de nosso relacionamento, a súbita tentativa de mudar nossas  rotinas  era  como querer cavar um túnel em uma rocha usando uma  colher.


Isso não quer dizer que eu não tenha tentado. Em Annieiro, por exemplo, comprei um livro de culinária e comecei a cozinhar para  nós  dois  nos sábados  à noite. Poderia até dizer que  alguns  dos  pratos  ficaram  bastante originais e deliciosos. Além da minha prática  regular  de  golfe, passei  a fazer caminhadas por nosso bairro três vezes por semana, de manhã, para perder alguns quilos. Cheguei a ir à livraria algumas vezes à  tarde para xeretar a seção de autoajuda, esperando descobrir o que mais poderia fazer. Quais eram as dicas dos especialistas para melhorar um casamento? Concentrar-se nos quatro As: atenção, apreciação, afeto e atração. Lembro- me de ter pensado que isso fazia todo o sentido, então foi para aí que direcionei meus esforços. À noite, em vez de ficar trabalhando no escritório em nossa casa, eu passava mais tempo com Annie, elogiava-a  com frequência e, quando ela mencionava suas atividades cotidianas, escutava com atenção e balançava a cabeça nos momentos certos para indicar que estava concentrado no que ela dizia.




Eu não tinha qualquer ilusão de que alguma  dessas  soluções  fosse recriar a paixão de Annie por mim como num passe de mágica e tampouco achava que a situação se resolveria em pouco tempo. Se havíamos  levado 29 anos para nos afastar, eu sabia que algumas semanas de esforço eram apenas o início de um longo processo de reaproximação. No entanto, ainda que as coisas estivessem melhorando um pouco, o progresso foi mais  lento do que eu esperava. No final da primavera, cheguei à  conclusão de  que, além dessas mudanças cotidianas, eu precisava fazer alguma outra coisa, algo dramático, que mostrasse a Annie que ela ainda era e sempre seria a pessoa mais importante da minha vida. Foi quando certa noite, já bem tarde, enquanto folheava nossos álbuns de fotos, uma  ideia  começou a surgir na minha mente.


Acordei no dia seguinte cheio de energia e boas  intenções. Sabia  que meu plano teria de ser executado em segredo e de forma bem metódica, e minha primeira medida foi alugar uma caixa postal. No início, porém, meus planos não progrediram muito, porque foi mais ou menos nessa época que Noah teve um derrame.


Não era o primeiro, mas foi o mais  sério. Ele passou quase dois  meses no hospital, e durante esse período toda a atenção de Annie se concentrou exclusivamente nos cuidados com o pai. Ela passava todos os dias  no hospital e, à noite, estava cansada e chateada demais  para  reparar nos meus esforços para renovar nossa relação. Noah acabou se recuperando o suficiente para voltar a Creekside e logo estava dando comida ao cisne no lago outra vez, mas acho que aquilo nos fez perceber que ele não iria durar muito mais tempo. Passei muitas horas consolando Annie em  silêncio, tentando simplesmente reconfortá-la.


De tudo o que fiz nesse ano, acho que foi  disso que  ela mais  gostou. Pode ter sido a firmeza do meu apoio,  ou  talvez  meus  esforços  ao longo dos  últimos  meses  estivessem dando resultado, mas  o fato é que comecei a perceber demonstrações ocasionais de uma receptividade nova por  parte de Annie. Embora elas fossem raras, eu as saboreava com sofreguidão, torcendo para que a nossa relação de alguma forma tivesse voltado aos eixos.



Felizmente, Noah continuou a melhorar e, no início de agosto, o ano do aniversário de casamento esquecido estava chegando ao fim. Eu havia perdido quase 9 quilos desde que começara a caminhar pelo bairro e tinha adquirido o hábito de passar todos os dias na agência dos correios  para coletar na caixa postal objetos que tinha solicitado a outras pessoas. Para Annie não descobrir nada, eu trabalhava nesse meu projeto especial quando estava no escritório. Além do mais, tinha decidido tirar duas semanas de férias perto de nosso 30º aniversário de casamento – o período mais longo que eu já havia tirado na vida – com a intenção de passar mais tempo com ela. Levando em conta o que eu tinha feito no ano anterior, queria que essa data fosse o mais memorável possível.


Então, na noite de 15 de agosto, uma sexta-feira – meu primeiro dia de férias e exatos oito dias antes do nosso aniversário de casamento –, aconteceu uma coisa que jamais vamos esquecer.


Estávamos ambos relaxando na sala. Eu estava sentado em minha poltrona preferida lendo uma biografia de Theodore Roosevelt e Annie estava folheando um catálogo. De repente, Anna irrompeu pela porta. Na época ela ainda morava em New Bern, mas tinha acabado de acertar tudo para alugar um apartamento em Raleigh: dali a umas duas semanas ela e Keith iriam morar juntos durante o primeiro ano de residência dele na Faculdade de Medicina de Duke.


Apesar do calor, Anna estava de preto. Tinha dois  furos em cada   orelha e seu batom parecia pelo menos alguns  tons  escuro demais. A essa  altura eu já tinha me acostumado com os ares góticos da sua personalidade, mas, quando ela se sentou na nossa frente, tornei a ver quanto se parecia com a mãe. Estava com o rosto corado e uniu as mãos como se  estivesse tentando se acalmar.


–  Mãe, pai – começou ela. – Tenho uma coisa para dizer.


Annie sentou-se mais ereta e pôs o catálogo de lado.  Percebi  que,  pelo tom de voz de Anna, ela sabia que algo sério estava por vir. Na última vez em que Anna agira assim, fora para nos  informar que iria morar com  Keith.


Eu sei, eu sei. Mas ela era adulta, e o que eu podia fazer?


–  O que foi, querida? – indagou Annie.


Anna olhou para ela, depois para mim, então de novo para ela antes de respirar fundo.


–  Vou me casar – falou.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 14:55:40

    Ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii ameiiiiiiiiiiii essa fic* todos deveriam ler...é uma lição pra muitos!!! Vale a pena....isso q é amor! Entre duas pessoas q se amam com a alma ;) bjusss

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:43:02

    Eu ainda estou chorando....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:33:45

    Morri com essa carta ....to chorando rios...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 13:23:36

    To chorando rios akiiii

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 12:08:39

    Meu deus...a any acha q ele ta tendo um caso ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/10/2015 - 11:22:20

    Eitaaaaaa q acabou a fic ;( vou ler o resto...

  • hadassa04 Postado em 05/10/2015 - 08:24:16

    Bom dia flor, vou iniciar a leitura da sua fic agora e de acordo com a leitura deixo meus comentários.

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 17:09:21

    OLÁAAAAAAAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:25:46

    to doida pra eles estarem 100% bem e felizes...

  • franmarmentini♥ Postado em 08/09/2015 - 16:01:56

    ai que beijo lindoooooooo


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