Fanfic: Paixão Sem Limites(adaptada) | Tema: Vondy

Capitulo I

Londres, 1975

Dulce abriu seu closed e separou um vestido de corte simples, mas clássico. Tudo que queria era passar despercebida na festa de sua amiga Anahí. Era um pouco acima do joelho, moldava seu corpo e valorizava suas formas. Deixou para trás as várias opções de vestidos que ela tinha, todos caros e de marcas caras.

Seu pai era um rico empresário, dono de um grande estaleiro. Fernando Saviñon era o maior fabricante de barcos a vela de todo o país, lutou muito para chegar aonde chegou. Todos da região o conheciam, pois, seu pai, sempre fora muito popular, e grande frequentador de festas da alta sociedade, hoje ele estava mais pacato, parecia que havia cansado dessa vida.

Mas a popularidade de seu pai acabou caindo sobre Dulce e isso acabou influenciou a vida dela, pois quando Dulce ia às festas, chamava a atenção, não somente, por ela ser uma moça bonita, como tantas outras, mas muitos a viam como uma filhinha de papai, mimada, e única herdeira de uma grande fortuna.

Sua mãe, Blanca, teve problemas para engravidar, e quando engravidou teve uma menina, para grande frustração de seu pai, no fundo ele queria ter tido um filho, ele nunca escondeu isso e para grande frustração de sua mãe, ela nunca engravidara de novo.

Detestava ser filha única, seu pai chegava aos extremos de investigar todas as pessoas que faziam parte de seu círculo de amizades. Fernando só permitiu sua amizade com Anahí, de origem mais simples, pois ela era filha de um respeitado Cirurgião do Hospital São Miguel.

Dulce conheceu Anahí quando acompanhou seu pai ao hospital para uma consulta.

Anahí aguardava seu pai, Dr. Enrique Portilla, para irem ao teatro. Dulce sentou-se no banco ao lado dela e começaram a conversar. Como a consulta demorou, passaram um bom tempo conversando. Dulce pela primeira vez fazia amizade com uma pessoa de classe média, isso despertou sua atenção e o desejo de conhecer esse meio, além de descobrir em Anahí algumas afinidades, pelo gosto de músicas e livros. Desde então Anahí passou a frequentar sua casa.

Poucas vezes foi à casa da amiga. Anahí se sentia constrangida por ser de origem humilde e então não fazia questão nenhuma que ela fosse.
Anahí achava sua casa muito simples em relação à mansão que Dulce morava. Anahí adorava ir a sua casa. Ficavam na piscina, almoçavam juntas, ouviam músicas. Já Dulce adorava ir à casa de Anahí, ela adorava almoçar na casa dela. Pois todos conversavam alegremente na mesa e isso fazia com que ela se sentisse bem, o calor humano na hora da refeição era patente.

O pai de Anahí e a própria Anahí eram pessoas simples e maravilhosas.

Muito diferente de sua casa aonde havia todo aquele ritual de empregados servindo, e aquela conversa fria, respeitosa que tanto a irritava.