Fanfic: Paixão Sem Limites(adaptada) | Tema: Vondy

— Quando nos vemos?

— Não sei.

— Você saiu como uma fugitiva, sem me dar uma explicação. O que te impede de nos conhecermos melhor?

Dulce fitou Christopher e bem séria disse.

— Há um abismo entre nós. E eu não quero falar sobre isso. Desculpe-me.

Ela então tentou passar, Christopher a segurou pelo braço. Ela fitou-o de novo pronta a puxar seu braço, mas viu tristeza no rosto dele, ficou estática. Sua mala caiu no chão, mas ela nem prestou atenção.

Os olhos de Christopher a fitavam limpidamente. Calmo e pacientemente, como se estivesse falando com uma criança:

— Eu só desistirei de você quando você me der uma razão plausível. Encontre-me aqui amanhã. E conversaremos direito.

Por instantes, ela ficou tentada a negar-lhe o pedido; seu coração batia como louco, sentia um medo que lhe contraía o estômago, amolecia-lhe as pernas, dava-lhe o desejo de se apoiar no corpo de Christopher. Tinha emoções que a assustavam. Aquele homem tinha o poder de mexer com seus sentimentos mais profundos; no entanto, sentia-se fraca diante da ideia de ter que enfrentar seu pai. Estava preparada para isso?

Dulce não conseguiu negar-lhe uma explicação. Passou a língua pelos lábios secos, e isso fez com que Christopher fixasse os olhos negros em seus lábios, deixando-a mais nervosa.

— Tudo bem, amanhã à tarde estarei aqui.

Christopher a soltou, dando-lhe um grande alívio. Ela tinha se esquecido da mala que havia caído, deu um passo e tropeçou nela, Christopher na hora a amparou, ela se apoiou no peito dele. Um arrepio passou-lhe pelo corpo, seu rosto se ergueu, dando com o rosto de Christopher perto do seu. Sentiu os dedos de Christopher passando pelo queixo para depois pousarem de leve sobre o ombro. Por menos lógico que fosse não queria que aquilo parasse. O toque suave a paralisou. Seus olhos se encontraram e expressavam as sensações que lhe envolviam o corpo. Sem pensar, ela achegou-se mais a ele.

Christopher a abraçou, com gentileza, deixando-a trêmula, à espera do que ia acontecer. Não precisou esperar muito.

Dulce sentiu os lábios suaves sobre os seus e fechou os olhos saboreando as emoções que lhe despertavam. Meu Deus, como desejava aquela boca morna e firme na sua, roçando na dela, procurando ávida uma resposta.

Lentamente, aninhou seu corpo ao dele, sentindo-lhe todos os músculos, o abraço firme e carinhoso. A promessa de não se envolver com Christopher caiu no esquecimento.

Queria estar perto dele, ser beijada por ele, ser tocada por aquelas mãos, experimentar as mais variadas sensações de prazer.

Então Dulce ouviu o toque da buzina de seu motorista lá fora. Dulce saiu daquele transe e se afastou dele. Sem olhá-lo pegou a mala e se dirigiu a porta de entrada, virou a chave e saiu.

Dulce encontrou seu motorista em pé na calçada. Ele quando a viu lhe pegou as malas e lhe abriu a porta, ela entrou no carro e da janela avistou a figura de Christopher fitando-a. Dulce baixou o rosto e ficou a olhar para as mãos do colo, e com alívio, viu o motorista se afastar da casa de Anahí.