Fanfic: Paixão Sem Limites(adaptada) | Tema: Vondy

Dulce embora tivesse nascido em berço esplêndido, não estava ligada ao material, na verdade, invejava Anahí. Se pudesse trocaria de raízes com ela.

Dulce, sempre se sentiu a pobre menina rica, vivia com o chofer de um lugar para outro, e quando queria usar seu carro, tinha sempre um segurança na sua cola.

Fernando, seu pai, ditava sua vida o tempo todo. Dulce ficava frustrada, nem o curso universitário que queria tanto fazer, seu pai permitiu. Ele se mostrou resistente, como sempre, ignorando sua vontade.

Sua resposta era sempre a mesma:

“Não será preciso. Você logo assumirá os negócios da família”.

Mas sempre quando ela o cobrava, ele fugia do assunto e esse dia não chegava nunca.
Dulce se perguntou com um suspiro se chegaria a conhecer algum dia o que era o dia-dia normal das pessoas que trabalhavam e estudavam; imediatamente seu rosto ficou sombrio e triste.

Dulce com vinte um anos, infelizmente não era dona de seu próprio nariz, tudo que fizesse, precisava antes consultar seu pai e sua mãe.

Blanca a apoiava em tudo, pois ela também se anulava por causa dele, já lhe era natural agir dessa forma.

Sua mãe não entendia que a diferença delas, era que: Ela fez sua escolha em viver dessa forma ao lado de Fernando que era extremamente dominador. Mas ela não. Era lhe imposto isso.

Tudo isso lhe trazia no íntimo uma grande revolta.

A imposição de Fernando piorou quando ele teve no passado, um aumento do ritmo cardíaco, por causa de stress, mas isso foi o suficiente para ele sempre usar isso como chantagem emocional. Fernando usava sua antiga doença para alcançar seus objetivos.

Quando sentia Dulce resistente para qualquer coisa imposta por ele, dizia que ela o queria matar de infarto, e que seu coração não ia aguentar uma filha ingrata.

Fernando, logo encenava um grande mal-estar, fazendo Natasha se sentir culpada. Nessas horas, Dulce saía triste, e geralmente ia chorar no quarto, frustrada.

Poucas vezes Dulce contestou com ele, mas a sua passividade diante de tantas coisas, trazia uma grande infelicidade, pois a cada dia se anulava e acabava não indo atrás de seus sonhos.

Via a vida passar diante de seus olhos, sem poder interferir no seu futuro, sem poder ditar suas escolhas.

Seus pais infelizmente, não a conheciam, embora convivessem no mesmo teto por tanto tempo. Não sabiam que o seu lado enfadado, rebelde, e desinteressado pelo seu meio tão fútil gritava em seu peito, ou eles ignoravam isso nela.

Por isso, se alegrou muito de ter conhecido Anahí, passou a conhecer um lado da vida que lhe era desconhecido. Amava a simplicidade, as pessoas simples, que não se importavam com etiquetas, roupas de grife ou pelo mundo das futilidades.

Muito diferente de seu mundo, onde seu pai adorava convidar seus ricos amigos que participavam de banquetes em sua casa, regado a champanhe, caviar, conversas fúteis e etiquetas.