Fanfic: Paixão Sem Limites(adaptada) | Tema: Vondy

Ela sabia que nesses jantares, seu pai sempre tentava fazê-la se interessar por alguns dos rapazes que iam.

Fernando vivia frustrado, pois nenhum deles lhe despertava o interesse. Dulce os achava desinteressantes, uns playboys, que nunca lutaram por nada na vida, pois seus pais eram ricos, como o pai dela.

Ela desprezava a imagem de sua mãe. Uma mulher fútil, cercada de um luxo, uma vida sem sentindo. Em sua casa não havia calor humano, pareciam marionetes, cada um representando seu papel no lar.

E para ela ter essa vida, que sua mãe tinha, ela se recusava. Pois se casasse com um deles, era isso que ela iria ser, um bibelô.

Como se sentia um ET!

Dulce olhou-se mais uma vez no espelho, e analisou o vestido. Era a primeira vez que participava da festa de Anahí, queria dessa vez, passar despercebida, não ser olhada por ninguém como a filha de Fernando Saviñon.

Seu pai estava viajando, isso significava liberdade, pois sua mãe era mais liberal em relação aos seus passeios e amizades.

Dulce gostou do que viu, o vestido ficara bem. Resolveu deixar os cabelos ruivos, que lhe iam um pouco abaixo dos ombros, fez uma maquiagem bem leve, deu leve toque de lápis nos olhos castanhos, passou seu perfume preferido e colocou uma gargantilha de pedras negras. Pronto! Feliz rodopiou em frente ao espelho.

Tinha combinado de dormir na casa de Anahí depois da festa, pois a festa terminaria tarde, por isso preparou uma pequena mala, com uma camisola, produtos de higiene pessoal e um vestido branco e dourado para o dia seguinte. 

Dulce saiu do quarto com a mala e desceu as escadas lentamente, logo viu sua mãe tocando piano, uma linda melodia, “Can you feel the love tonight”. Dulce sorrindo se posicionou em frente ao piano.

Sua mãe ao vê-la parou de tocar.

— Você trocará de roupa na casa de Anahí?

Dulce sorriu consigo, sua mãe estranhava o vestido simples que ela usava, não adiantava explicar para ela sua opção.

Ela então concordou com um gesto de cabeça.

— Mas não irá amassar?

— Não mamãe, não se preocupe, está tudo certo. O motorista está lá fora?

Blanca confirmou.

— Ele já está te esperando.

— Então até amanhã, mamãe.

— Juízo lá, hein Dulce. Seu pai está fora, e a responsabilidade é toda minha.

— Mamãe, eu tenho vinte um anos, sou madura o suficiente para fazer as escolhas certas. Tchau.

Dulce beijou Blanca, que lhe sorriu. Ela pegou a mala e se dirigiu a garagem, onde o motorista a esperava. Roger era um senhor de sessenta anos, magro e muito sério.

— Estou pronta Roger. A festa é na casa de Anahí, minha mãe já foi avisada que voltarei só amanhã depois do almoço. Então você me deixando lá está dispensado. —

Disse com um largo sorriso, não se contendo de alegria pela momentânea liberdade.

— Tudo bem senhorita.