Fanfic: Never Love a Higlander (adaptada) ponny | Tema: ponny
O dia de seu primeiro casamento tinha sido um esplendor da natureza. Um atípico dia quente de janeiro. Um bálsamo para desorganizar seus cabelos meticulosamente trançados. Era como se tudo conspirasse para testemunhar o enlace de duas almas. Um suspiro profundo saiu da garganta de Anahi Portilla, fazendo com que seu futuro marido erguesse uma sobrancelha.
Como estava o tempo no dia do seu segundo casamento? Sombrio e úmido, como se uma tempestade se aproximasse do oeste. Já sentia o frio e o vento soprar as folhas de forma feroz, inexorável. Como se a natureza conhecesse sua incerteza sobre o homem que estava ao seu lado, pronto para recitar os votos que o ligariam a ela para sempre. Um calafrio subiu por sua espinha apesar de estarem em frente a lareira, no grande salão. Alfonso franziu o cenho e aproximou-se de Anahi como para protegê-la do vento que soprava através das peles na janela. Ela deu um passo atrás quase sem prensar.
O homem a deixava nervosa, e raras pessoas conseguiam intimidá-la. Ele franziu mais ainda seu cenho e voltou sua atenção para o padre. Anahi lançou um olhar rápido ao redor, tentando ver se alguém tinha percebido aquela troca de olhares. Não queria que pensassem que ela tinha medo de seu novo marido. Mesmo que tivesse. Crhistopher Herrera, o irmão mais velho e o primeiro homem com o qual ela deveria ter se casado, estava ao lado de seu irmão, com seus braços cruzados acima do tórax largo. Parecia ansioso para ver tudo terminar. Cristian Herrera, o homem com o qual quase se casou, depois que Crhistopher uniu-se a Dulce Savinon, também parecia impaciente e olhava em direção as escadas como se fosse correr para os degraus a qualquer momento.
Maite não podia culpá-lo, entretanto. Sua nova esposa, Maite, estava lá em cima, recuperando-se de um ferimento que quase acabou com sua vida. A terceira vez tinha que dar certo, não? O Rei David não estava de pé para a ocasião. Ele sentou-se regiamente próximo a grande lareira, assistindo com aprovação como o padre falava sem parar. Ao redor dele, também sentados, estavam os grandes proprietários, os lairds das terras vizinhas. Todos esperando pela aliança entre Portilla e Herrera.
Uma aliança que estaria selada com o seu casamento com Alfonso, o mais jovem e último dos irmãos Herrera.
Era importante salientar o ‘último’ porque se qualquer coisa desse errado com este casamento, não existiria mais Herrera para casar com ela, e neste momento, seu orgulho não poderia suportar outra rejeição. Seu olhar passou pelo Rei e lairds e deslocou-se para seu pai com o semblante severo, que sentou-se longe dos guerreiros reunidos, uma expressão desanimada em suas feições.
Por um momento, seus olhares se cruzaram e os lábios de seu pai torceram-se em um grunhido. Anahi não o apoiou em sua pretensão de continuar a ser o laird. Era provavelmente deslealdade de sua parte. Não estava certa que Alfonso Herrera seria um laird melhor, mas seguramente era um homem melhor. Estava ciente que todos os olhares estavam fixos nela. Olhou nervosamente em direção ao sacerdote e percebeu que ele pedia que recitasse seus votos. Muito envergonhada, percebeu que não tinha a menor ideia do que o homem disse.
— Esta parte é onde você promete obedecer e permanecer fiel a mim, todos os seus dias — Alfonso recitou. Suas palavras fizeram correr um frio por sua espinha e ela fixou nele um olhar penetrante.
— E o que exatamente você está me prometendo?
Seus olhos verdes deslizaram friamente por ela, avaliando-a e então ele os desviou, como se não achasse nada de interessante no qual se fixar por mais tempo. Ela não gostava que se parecessem. Ele tinha tudo, mas rejeitou-a com aquele simples gesto.
— Você ganhará minha proteção e o respeito devido a uma senhora de sua posição. — Isso é tudo? Ela sussurrou as palavras, e teria dado qualquer coisa para não tê-las pronunciado. Não era de admirar que tivesse sido deixada de lado, entretanto. Crhistopher Herrera claramente adorava sua esposa, Dulce, e Cristian tinha acabado de desafiar o rei e seu país para estar com a mulher que realmente amava, rejeitando Maite no processo. Não que ela estivesse zangada. Adorava Maite, e esta merecia a felicidade. Que um homem tão forte e bonito quanto Cristian publicamente houvesse proclamado seu amor por Maite alegrou seu coração. Mas isso também a fez ver como seu casamento seria estéril. Alfonso emitiu um grunhido exasperado.
— Exatamente o que você quer, moça? Ela ergueu seu queixo e olhou fixamente para ele.
— Nada. Isso é suficiente. Eu terei seu respeito e sua consideração. Não vou precisar de sua proteção, entretanto. Ele ergueu uma sobrancelha.
— É mesmo?
— Sim. Eu posso cuidar da minha própria proteção. Alfonso riu e os homens ao redor o seguiram.
— Diga seus votos, moça. Nós não temos o dia todo. Os homens estão com fome. Estão esperando por um banquete há quase uma quinzena.
A voz dele retumbou pelo salão e Anahi sentiu o rosto pegar fogo. Este era o dia do seu casamento e não se apressaria. Quem se importava com a comida e o estômago dos homens? Como se estivesse sentindo a fúria que começar a surgir em sua noiva, Alfonso puxou-a para ele, tão próximo que sentiu o calor da coxa dele através do vestido.
— Pai — Alfonso respeitosamente disse — repita a moça o que ela deve dize.
Anahi chorou, enquanto repetia as palavras do padre. As lágrimas salpicavam por suas pálpebras, mas não podia nem dizem por que. Não era como se ela e Cristian fossem se casar por amor, mais do que ela e Alfonso estavam fazendo. A ideia do casamento com um dos irmãos Herrera tinha sido planejada por seu pai e abraçada pelos Herrera e pelo próprio rei. Ela era como um peão, para ser usado e descartado.
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Anahi suspirou e agitou sua cabeça. Era ridiculamente piegas ser sentimental neste assunto. Existiam coisas piores. Ela deveria estar feliz. Redescobriu a irmã de seu coração em Maite, que agora estava feliz e casada, ainda que enfrentasse uma recuperação longa nos dias que viriam, e o seu pai não seria mais o laird de seu cl& ...
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