Fanfic: Never Love a Higlander (adaptada) ponny | Tema: ponny
Anahi suspirou e agitou sua cabeça. Era ridiculamente piegas ser sentimental neste assunto. Existiam coisas piores. Ela deveria estar feliz. Redescobriu a irmã de seu coração em Maite, que agora estava feliz e casada, ainda que enfrentasse uma recuperação longa nos dias que viriam, e o seu pai não seria mais o laird de seu clã.
Relançou outro olhar só para ver seu pai entornar outra taça de cerveja inglesa. Imaginou que não podia culpá-lo por estar consumindo-se na bebida. Seu estilo de vida inteiro iria mudar a partir daquele casamento. Mas ela não conseguia sentir qualquer arrependimento. Seu clã podia ser grande - seria grande - sob a liderança certa. Nunca tinha sido a de seu pai. Ele enfraqueceu o nome dos Portilla até que estes foram reduzidos a mendicância por ajuda e a aliança com um clã mais forte. Apertou a mão livre com força. Tinha sido seu sonho restabelecer a glória de seu clã. Formar soldados em uma força de combate formidável.
Agora, esta seria tarefa de Alfonso e ela seria relegada ao segundo plano, em vez de participar, como sempre quis. Ofegou com a surpresa quando Alfonso, de repente, abaixou-se e roçou os lábios nos dela. Ele se afastou antes que pudesse perceber e ela olhou-o fixamente, levando a mão aos lábios trêmulos. A cerimônia encerrou-se. As mulheres que serviam a comida chocavam-se pelos corredores, uma generosidade de pratos variados, com recursos, provavelmente, vindos de suas terras, depois da tola aposta de seu pai, meses atrás. Alfonso observou-a por um momento e então gesticulou para ela caminhar à frente dele em direção à mesa alta.
Anahi ficou satisfeita por ver Dulce juntar-se a seu marido. Em um mar de rostos rudes, indistinguíveis, Dulce Herrera era um raio de sol. Um raio de sol aparentemente cansado, mas quente, de qualquer forma. Dulce seguiu para ela com um sorriso brilhante.
— Anahi, você está tão bonita. Não existe uma mulher aqui que possa comparar-se a você. Anahi sentiu as faces queimarem pelo elogio de Dulce. Na verdade, Maite estava envergonhada por estar com o mesmo vestido que usou quando quase casou-se com Cristian. A roupa estava enrugada, cheia de vincos. Mas a sinceridade no sorriso de Dulce deu forças a Maite. Dulce tomou as mãos de Anahi nas suas, como se oferecesse um apoio adicional. — Oh, suas mãos estão como gelo!— Dulce exclamou. — Eu queria tanto estar presente ao seu casamento. Espero que aceite as minhas desculpas.
— Claro — Anahi disse com um sorriso sincero. — Como está Maite hoje? Os olhos de Dulce demonstraram certa preocupação. — Venha, sente-se. Assim poderemos ser servidas. E então eu direi a você sobre Maite.
Anahi irritou-se por ter que olhar para Alfonso, que acenou, dando sua permissão. Rangeu os dentes e moveu-se na mesa, para se sentar ao lado de Dulce. Já estava agindo como uma idiota dócil e não estava casada nem a cinco minutos. Mas a verdade era que Alfonso a assustava. Cristian não. Mesmo Crhistopher não a intimidou. Alfonso a apavorava...Estúpida! Anahi deslizou na cadeira ao lado de Dulce, sentindo um breve alívio, esperando que Alfonso não se juntasse a ela. Mas não teve tanta sorte. Seu marido puxou a cadeira próxima a dela e sentou-se, sua perna tão próxima que pressionava sua coxa. Seria rude — era óbvio — ela deslizar ainda mais em direção de Dulce, logo decidiu que seria melhor ignorá-lo. Anahi não podia esquecer que era aceitável para ele ser tão íntimo agora. Eles estavam casados. Maite prendeu a respiração, lembrando-se que ele iria, evidentemente, exigir seus direitos de marido. Realmente, existia a noite de
núpcias, o defloramento.
Todas as mulheres riam e comentavam sobre estas coisas, quando os homens não estavam por perto. O problema era que Anahi sempre estava com os homens e ela nunca falou sobre estas coisas em sua vida. Maite havia sido afastada dela há anos atrás, quando era muito jovem para se interessar-se por estes assuntos. Com um devasso como pai e o medo constante por Maite, o simples pensamento a deixava enojada. Agora ela tinha um marido que esperaria … Bem, ele esperaria certas coisas, e Deus a ajudasse, ela não tinha a menor ideia do que. A humilhação subia por seu rosto. Ela podia pedir conselhos a Maite. Ou a uma das mulheres Herrera. Eram todas generosas e tinham sido gentis com Anahi. Mas a ideia de ter que admitir o quanto era ignorante em tais assuntos fez com que tivesse vontade de se esconder embaixo da mesa. Ela podia esgrimir uma espada melhor que a maioria de homens. Podia lutar. E era rápida. Podia ser letal quando provocada. Não tinha um corpo frágil, nem desmaiava vendo sangue. Mas ela não sabia sequer beijar.
— Você vai comer?— Alfonso perguntou. Anahi viu que os lugares tinham sido fixados e a comida estava na mesa. Alfonso pensativamente cortou um pedaço de carne e colocou em seu prato.
— Sim — ela sussurrou. A verdade era que estava faminta. — Você gostaria da água ou cerveja inglesa? Realmente, Anahi nunca havia gostado de álcool, mas hoje a cerveja parecia a escolha mais sábia.
— Cerveja inglesa— ela disse, e esperou enquanto Alfonso enchia sua taça. Anahi pegou a taça, mas para sua surpresa, ele primeiro cheirou e então bebeu uma porção pequena da cerveja inglesa.
— Não está envenenada— Alfonso disse e então lhe passou a taça. Anahi olho para ele, não compreendendo seu gesto.
— Mas e se estivesse envenenada?
Ele tocou em seu rosto. Somente uma vez. Foi o único gesto que fez e nem podia-se dizer que era afetuoso, mas era suave e um pouco reconfortante.
— Então você não tomaria o veneno, nem iria morrer. Nós quase perdemos um Herrera com este tipo de covardia. Eu não arriscarei outro. Anahi ficou de boca aberta.
— Isto é ridículo! Acha que seria melhor se fosse você que morresse?
— Anahi, eu acabei de fazer um voto sagrado de protegê-la. Isso significa que daria a vida por você e pelos filhos que por ventura tivermos. Nós temos uma serpente em nosso meio tentando envenenar Crhistopher. Agora que estamos casados, que melhor forma de impedir a aliança entre nossos clãs do que matá-la?
— Ou a você,— ela se sentiu compelida a assinalar.
— Sim, é uma possibilidade. Mas se a única herdeira de Portilla morrer, seu clã se desintegrará, tornando tudo mais fácil para Derrick James . Você é o coração desta aliança, Anahi. Acredite ou não. Tem uma grande responsabilidade sobre seus ombros. Eu garanto que não será fácil para você.
— Não, eu nunca imaginei que seria diferente.
— Moça esperta. Ele brindou com sua taça tocando a dela. Então ergueu-a e colocou-a em sua boca, da mesma forma que um recém casado faria com sua noiva durante o banquete do casamento. — Beba, Anahi. Você parece exausta. Está no limite. Está tão rígida que não pode estar se sentindo confortável. Beba e tente relaxar. Nós temos uma tarde longa pela frente.
Ele não mentiu. Anahi estava sentada, exausta, enquanto recebia brinde após brinde. Haviam brindes para os Herrera. Brindes para o novo herdeiro dos Herrera. Crhistopher e Dulce eram os pais orgulhosos de uma garotinha recém-nascida, que também era a herdeira de um dos maiores e mais seletos clãs em toda a Escócia. Então houveram brindes para Cristian e Maite. Para a saúde de Maite. Logo, os brindes para seu casamento com Alfonso começaram. Em certo momento, degeneraram em brindes lascivos para ousadia de Alfonso, e dois lairds fizeram uma aposta sobre a rapidez com que Anahi teria uma criança em seus braços. Os olhos de Anahi estavam vidrados e ela não sabia se era devido as provocações ou a bebida. Sua taça foi enchida mais vezes do que lembrava, mas ela bebeu, ignorando o modo como sua cabeça começava a dar voltas. O Laird Herrera decretou que, apesar das muitas questões e decisões que deveriam ser tomadas, hoje era o dia da celebração do casamento de seu irmão. Anahi suspeitava que Dulce tinha muito a ver com esta decisão. Entretanto, ela não precisava ter se incomodado. Na cabeça de Anahi, não haviam motivos para celebrar. Olhou para o lado somente para ver Alfonso sentar-se em sua cadeira, preguiçosamente. Ele devolveu um insulto feito por um dos homens Herrera.
Algo a ver com sua masculinidade. Anahi estremeceu e propositalmente, apagou de sua mente tais insinuações. Ela bebeu outro gole de cerveja e devolveu a taça a mesa com um golpe que a fez estremecer. Ninguém parecia notar, entretanto o som foi bem alto. A comida dançava em frente a seus olhos, e a ideia de colocá-la em sua boca, apesar de Alfonso ter cortado a carne em pequenos pedaços, revirava seu estômago.
— Anahi, há algo de errado? A pergunta de Dulce tirou Anahi de seu torpor. Ela olhou, sentindo-se culpada, e então piscou quando, de repente, Dulce se tornou duas.
— Eu gostaria de ver Maite,— pediu
Compartilhe este capítulo:
Prévia do próximo capítulo
Se a esposa do laird achou estranho que Anahi desejasse ver Maite no dia do seu casamento, não demonstrou. — Eu subirei com você, se quiser. Anahi suspirou, aliviada, e ergueu-se de sua cadeira. A mão de Alfonso fechou-se ao redor de seu pulso e puxou-a de volta para o assento, uma carranca arruinando suas feições. — Desejo ve ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo