Fanfics Brasil - 11 A Aposta - Adaptada

Fanfic: A Aposta - Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: 11

502 visualizações Denunciar


Dezessete: O jogo começa no Aquarium


As amigas estão dançando lado a lado, embaladas pelo ritmo frenético da batida eletrônica. O olhar de Dul se perde lá no teto, acompanhando um peixinho amarelo se esgueirar entre as folhagens. Como ele é fofinho.


— O que aconteceu lá atrás? – Annie pergunta, aos gritos.


— Um babaca queria me beijar. – Dul grita em resposta, sem tirar os olhos do peixinho.


— E o Ucker chegou para salvar você? – a amiga surta.


— Menos, Annie. Menos. – Dul revira os olhos, sacudindo a cabeça e voltando a atenção para o peixe que agora xereta uma pedra lodosa.


Poncho chega sem aviso, tomando uma das mãos de Annie, puxando-a para dançar com ele. Só então Dul percebe que do seu lado direito, Doc e Mai estão dançando juntos, tão colados que ela não sabe precisar onde começa um e termina o outro.


— Oi, Dul. – Ucker chega por trás. Seu sussurro aos ouvidos é quente e deixa rastros, arrepiando-a.


— Tchau, Ucker. – Dul dispara, sem parar de dançar e sem olhar para trás.


— Como tchau? Acabei de chegar. – Ucker acompanha Dul com o corpo, para lá e para cá, tomando o cuidado de não tocá-la. Ela prende a respiração por alguns segundos antes de dar o aviso:


— Não se aproxime mais ou vou soltar o pitbull do meu irmão em cima de você.


— Quem é o seu irmão?


— Bem ali. – ela aponta na direção de Doc e Mai.


— Hum, acho que seu irmão está ocupado demais. – o nariz de Ucker toca o pescoço de Dul, inalando-a profundamente. – Cara, que perfume está usando?


— Ucker, se manda. – Dul volta seu olhar para o aquário sob o teto. E o que acaba de ver é o peixinho amarelinho fofinho sendo devorado por um peixe com o quíntuplo do tamanho. A natureza pode ser muito cruel.


— Me diga o nome do perfume e eu me mando. – Ucker, ainda às costas de Dul, encosta os lábios nos cabelos dela, prendendo-a pela cintura.


Dul bufa, irritada. Sofrendo pelo peixe amarelo, gira nos calcanhares para encarar Ucker. Aquele sorriso debochado está firme em seus lábios rosados e bem desenhados.


— Tire as patas de mim, a aposta só começa amanhã. – ela cerra os punhos e soca os braços de Ucker. Ele a solta, mas não recua.


— Só quero saber o nome do perfume. – ele tomba a cabeça de lado, exalando seu charme característico.


— Hipnose. Está satisfeito? – os braços de Dul tombam ao lado do corpo, vencidos. Ser uma muralha o tempo inteiro cansa, é muita energia despendida.


O risinho debochado de Ucker dá lugar a um sorriso lateral, desses em que apenas um dos cantos do lábio se erguem. Aproxima-se, vagarosamente, seus olhos dentro dos de


Dul, os narizes quase se tocando.


A garota não se move, não ainda.


Ucker mira aquela boca volumosa e por um momento, Dul sente vontade de fechar os olhos, as pálpebras custam a obedecer ao simples comando para permanecerem abertas.


A barba por fazer de Ucker pinica a pele levemente e seus lábios roçam à orelha direita dela. Dul estremece com a aproximação, mas não age impulsivamente.


Aguarda.


Sente o calor de Ucker envolvendo-a, inala seu inebriante perfume, seus corpos próximos demais. Ele a inspira novamente e deixa um gemido escapar da garganta. Num sussurro melodioso, quente e destemido, Ucker anuncia:


— Conseguiu o seu intento, Dul. Estou completamente hipnotizado por você.


Punhos cerrados.


Sangue fervendo.


Dentes trincados.


Respiração alterada.


Uma joelhada nas bolas.


E, com passos para lá de decididos, Dul caminha de volta para a ala VIP.


Dezoito: No avião


Depois da cena deprimente em que Dul acerta Ucker entre as pernas, de novo, os dois não voltaram a se cruzar fisicamente no Aquarium.


Ela o observou à distância e trocaram olhares durante a noite. Mas algo estranho aconteceu quando Dul, dependurada no parapeito da ala VIP, viu duas garotas se aproximarem de Ucker. Ele estava sozinho no bar.


Poncho e Annie ainda dançavam no meio da pista. Mai e Doc estavam em um canto, agarrando-se no maior dos amassos. Ela jurou ter visto a língua de seu irmão, mesmo daquela distância. Eca. Mil vezes eca.


Mas o lance é que Dul, ao se deparar com a cena em que Ucker e as duas garotas engataram uma conversa animada, fincou os dentes no lábio, agarrando-se fortemente ao aço gelado que a separava da pista lá embaixo. O que estava acontecendo com ela, afinal?


Foi então que dois garotos da turma de Ucker chegaram e Dul sentiu um estranho alívio.


Por que ela se importava? Por que seu coração batia de forma descompassada?


Dul fingia estar olhando para outro lugar, mas definitivamente ela não estava. De esguelha, a garota acompanhava todos os movimentos de Ucker enquanto o tempo se arrastava, cansado de correr.


Num determinado momento da noite, Ucker a mirou, descaradamente. Sorriu abertamente sacando algo do bolso da calça. Era um celular.


Segundos depois, o iPhone de Dul que estava sobre a bolsa vibrou, saltitante. Ela o pescou, deslizando o indicador sobre a tela.


Uma mensagem de texto havia acabado de chegar. Quando a abriu, precisou segurar o riso. Uma carinha feliz piscava um dos olhos para ela, incansavelmente. Annie tinha toda a razão sobre Ucker: o cara é um sedutor de primeira.


~~***~~


O aeroporto de Congonhas já não comporta, faz muito tempo, o fluxo de pessoas que por ele passam. O check in está lotado e os estudantes fazem fila para despacharem suas bagagens.


Dul, Maite e Anahí despedem-se dos pais, ouvem sermões e pedidos incessantes para que tomem cuidado com tudo e com todos.


Quem vive em cidades grandes costuma temer a própria sombra. E no caso de Dul, as preocupações dos pais não são nada infundadas.


As garotas prometem mundos e fundos.


Mai procura, por sobre os ombros de Dul, algum sinal de Doc. Mas ele não está ali, não veio se despedir.


— O Doc estava dormindo quando saímos.


– Dul esclarece.


— Tudo bem. – Mai morde o lábio, entristecida. – Não pensei mesmo que ele fosse aparecer.


— Meu irmão é um cara legal, Mai. Se vocês engatarem algo sério, juro que ele será fiel até o fim.


— Bem, foram só uns beijos, nada demais.


Mai tenta se convencer disso, mas o fato é que a garota está de quatro.


— Não sofra por antecipação. – Dul conforta a amiga.


— Olha quem fala!


— Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. O ditado é válido. – Dul passa o braço sobre os ombros de Mai e as duas se juntam a Anahí.


~~***~~


Trinta e quatro estudantes e dois professores acabam de completar o check in.


O diretor está atento a tudo, enquanto responde a mesma pergunta feita por quinze pais diferentes desde que chegou ao aeroporto.


Quando termina de atender a todos, volta seu olhar para o encrenqueiro Fabiano, o Bola. O garoto é mestre em armar confusões nos locais mais inusitados. Os professores já estão avisados e o diretor nem imagina do que ele será capaz em um local isolado como a Ilha Inamorata. Se eu fosse esse diretor, teria dado uma de alfândega, revistando a bagagem do garoto com cachorros, detectores de explosivos e tudo o mais.


Enfim, o diretor não pensou nisso. Pior para ele.


Dul caminha, de braços dados com os pais, até as portas que a levarão ao embarque doméstico de Congonhas. Mais beijos e abraços e quando ela finalmente cruza o portal, a liberdade é uma promessa convidativa. Essa é a primeira vez que ela viaja sem os pais ou o irmão mais velho.


No colégio em que estudava, viagens assim foram proibidas quando um garoto explodiu o banheiro de um hotel. Nem posso dizer isso em voz alta, para não dar ideias ao Bola.


Uma voz metálica surge dos auto falantes, anunciando que o embarque do voo de número 711 terá início imediato. Trinta e quatro estudantes sorriem. Dois professores tremem nas bases.


~~***~~


O avião já está no ar há uma hora e meia.


Dul joga Mário no Nintendo 3DS. Mai quebra a cabeça com o sudoku no celular.


Anahí lê um livro de novecentas e doze páginas, avançando rapidamente na história.


Aviões são tão claustrofóbicos como latas de sardinha e o humor de Dul começa a oscilar. Não suporta ficar parada, é como se formigas mordessem a sua bunda. Desliga o vídeo-game e se levanta, doida para esticar o corpo todo. As amigas nem percebem, de tão entretidas que estão em seus afazeres.


— Se você se apaixonar por mim, saiba que não poderei lhe dar filhos. – Ucker tem essa irritante mania de chegar por trás, sussurrando no cangote.


 Dul gira nos calcanhares e seus olhos cor de mel se encontram com os raios solares de Ucker. A garota sente um desconforto no estômago e não é enjoo.


— Não bati tão forte assim. – ela franze os lábios, levando as mãos à cintura.


— Você não faz ideia da força que tem.


— Se é assim, por que ainda está parado aí na minha frente? – Dul estufa o peito e lança seu melhor olhar fuzilante .


— Ops. Já estou indo. – Ucker cruza as mãos à frente do corpo, como jogadores de futebol fazem ao montar uma barreira.


Dul não vê, mas eu vejo. Alguns bancos atrás, Belinda imagina-se com uma granada em mãos, prestes a tirar o pino e jogar a bomba em direção à garota. A Beka Mor rosna baixo quando Ucker passa por ela, sustentando um sorriso debochado nos lábios. As palavras de Karla ecooam em sua mente: “E se o Ucker acabar se apaixonando pela Dul?”. Não, isso não pode acontecer. Não vai acontecer!



A caneta que Belinda segura com as duas mãos se quebra ao meio, espalhando a tinta entre os dedos. Joga as duas metades no chão, desistindo de completar o teste amoroso da revista de fofocas. Karla e fuzz se entreolham, assustadas. Vem chumbo grosso por aí.


 



millamorais_: *-*


julian: Seja bem vinda Juuh, esperoo que goste da fic. *-*


evasavionuckermannvondy: Oiii gatinha, seja bem vindaa a fic.. *-* - Mesmo você dizendo que minha fic é boazinha eu já fico me achando. kkkk.  Pode encher meu saco que eu deixo kkk. bjoo.


 Gatinhas, desculpa a demora, tô meio enrrolada na faculdade, por isso a demora. espero a paciência de voces. bjoo gatinhas.





Compartilhe este capítulo:

Autor(a): juh_uckermann_Collins

Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Dezenove: No ônibus Duas horas depois do desembarque, finalmente o ônibus está pronto para deixar o aeroporto a caminho da balsa. Annie e Mai sentaram-se juntas e quando Dul ameaçou sentar-se com Camila, Ucker a empurrou para o banco de trás. Ele praticamente a jogou em direção à janela fechando a passagem. Para sair da ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 14/06/2022 - 13:45:18

    Meu Deus, quando eu vi a sinopse e a quantidade de capítulos pensei até em desistir de ler por pensar ser grande, mas que bom que não desisti, que fanfic sensível, cheia de amor, uma das mais lindas que já li, o crescimento, a evoluçao dos personagens foi tudo pra mim! Queria que Bola e Bevaca não tivessem feito tantas besteiras mas no geral a fanfic foi extraordinária <3

  • bruna_vondy_love Postado em 02/09/2019 - 15:52:20

    como assim acabou!?!? nao acredito nisso! Foi linda, chorei com o casal. o verdadeiro amor não precisa de sexo, um olhar basta... fiquei apaixonada pela sua fic. parabens!!

    • juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:58:21

      rs. que bom que gostou. obrigada!... tem fic nova chegando e uma já postada. rs

  • Annytequila Postado em 02/09/2019 - 15:50:13

    QUE FIC, MANO DO CÉU.... Guria ta no meu top das favoritas com certeza.... ARRAZOOOOOU mais uma vez

    • juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:57:24

      muito obrigada por me acompanhar. que bom que gostou. bjoo linda

  • sophibersh Postado em 30/08/2019 - 22:53:46

    posta maisssss!!!! e gente, hehe tudo bem?? quem tiver interesse e quiser conhecer minha fanfic eu garanto que não vai se arrepender! O MELHOR AMIGO DO MEU IRMÃO- VONDY. Poncho, na verdade, não é meu irmão. Minha mãe casou com o pai dele quando a gente tinha uns onze anos, e, desde então vivemos na mesma casa. Isso não é um problema, muito pelo contrário. A gente é bem amigo e se dá super bem. Temos gostos parecidos e a mesma roda de amigos. Ou quase a mesma... Christopher, (que vive me enchendo o saco), é o melhor amigo de Poncho, e vive em casa. Ou melhor vivia. Agora ele tá voltando de um intercâmbio, ficou quase um ano na Austrália. O filho da puta deve tá mais gato do que saiu... E mais chato também, com certeza. https://fanfics.com.br/fanfic/59231/o-melhor-amigo-do-meu-irmao-vondy-rbd-vondy

  • Annytequila Postado em 30/08/2019 - 13:32:13

    Ahaam , que ela não vai voltar ... uckerzito com um fiozinho de esperança vai desmascarar esses 2 .... cnt em nome de Jesuuuuuuus

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:38:36

    Esqueci de avisar, sou leitora nova e assídua por mais capítulos

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:59

    continua pelo amor de Deus!

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:38

    continua

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:25

    como assim a dul foi embora. Ucker chorando me fez ficar de coração partido.! continua linda, por favor, me diz que a dul vai voltar para o Brasil, ela precisa voltar, meu casal precisam ficar juntos. ódio da Belinda.. deveria ser presa e ter pena de morte... continuua

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:35:08

    nossa, que fanfic é essa! continua


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais