Fanfic: A Aposta - Adaptada | Tema: Vondy
Dul arqueia as costas e ginga para lá e para cá, aguardando. Ucker continua batendo a bolinha amarela no chão. Uma, duas, três batidas. Seus olhos vagueiam pela arquibancada e se detém em Belinda. Ela acena com a cabeça e a máquina fotográfica balança em seu pescoço cheio de colares.
Concentração, Ucker!
Certo, o garoto volta sua atenção para a bola. Esse movimento de vai e vem da pelota o mantém focado, desanuviando os pensamentos de qualquer outra coisa que não seja o jogo que está prestes a ser iniciado.
Lex está pronto. Agora é para valer.
Ele lança a esfera amarela para cima e respira fundo ao mesmo tempo. Quando a bolinha começa a cair, o garoto solta o ar de uma só vez, batendo com força, colocando a bola em jogo.
O primeiro set finalmente começa.
Dul recebe e rebate de leve. Ucker devolve.
Ela precisa correr, mas alcança a bola e manda uma cruzada. O garoto é pego no contrapé e Dul vibra ao garantir o primeiro ponto da partida.
Ucker se posiciona e bate a bola no chão novamente. Segundo saque. Preciso. Dul rebate mandando a bola para o fundo da quadra. Ele devolve. Ela rebate. Ele devolve.
Ela rebate.
O ponto é disputado a raquetadas e Ucker vira o jogo mandando uma bomba. Juro, nem vi a cor da bola. Mas Dul vê e com uma velocidade surpreendente, se estica toda e recupera, devolvendo uma bola alta para a quadra de Ucker.
O garoto, juntando toda a sua força e fúria, dá uma cortada fenomenal, um smash perfeito que tira Dul da jogada. Ponto para Ucker.
É nesse clima de disputa acirrada que ogame continua. Dul salva bolas incríveis e Ucker possui uma técnica apurada. Fica difícil definir um vencedor, pois nesse ritmo, tudo pode acontecer.
Dul joga a raquete longe quando Ucker acerta um poderoso e cheio de efeito topspin.
O garoto ri, deixando Dul desconcertada.
Ela mostra o dedo do meio e recebe uma advertência do árbitro por abuso de equipamento. Pela primeira vez na partida,
Dul não tem certeza de que poderá vencer Ucker.
Ele inicia o quarto round – sei que não é luta livre, mas estamos bem próximos disso – com um ace que desconcentra Dul. Antes que destrua uma nova raquete, ela trinca os dentes e cerra os punhos em torno da empunhadura, enfurecida. Ela precisa ganhar esse jogo, custe o que custar.
A garota se concentra quando o segundo serviço de Ucker chega, cheio de efeito. Dul não consegue virar o jogo e faz um approach fora de hora. Por sorte, o voleio é perfeito e
Dul converte.
Não está nada fácil, vou dizer isso a vocês.
Dul sua em bicas. A camiseta de Ucker está colada ao corpo e o sol começa a dizer “tchau, galera, até amanhã”. Mas o ocaso está tão demorado que, sinceramente, acredito que o astro esteja doido para saber quem será o vencedor da partida.
O vôlei entre monitores e professores já terminou. Deram uma passada na quadra de tênis antes de se dirigirem para os quartos.
Esse jogo de vida ou morte promete avançar até a noite.
Entre backhands, topspins, forehands, smashs, volleys, aces e quebras de serviço, o jogo se desenvolve ferozmente. Se Ucker vencer o próximo game, será o vencedor.
A água desce queimando pela garganta ressequida de Dulce. O restante da água, ela joga na nuca e molha a testa. Annie está fazendo um curativo no dedão da amiga, que está bem esfolado. Ucker, do outro lado da quadra, não está muito diferente. Ele luta para respirar e se manter em pé. O desafio já dura quase duas horas e seus músculos estão gritando por descanso.
— É a hora da verdade. – Poncho massageia os ombros tensos de Ucker.
— Se eu não ganhar agora, não conseguirei continuar jogando. Teremos que deixar para amanhã, sério. – Ucker geme quando Poncho afunda os dedos em seu ombro direito.
— Essa partida termina hoje, beleza?
Concentração, meu camaradinha!
Voltando ao outro lado da quadra, Annie arremata o curativo no dedão de Dul. A garota está um trapo, um lixo ambulante.
— Eu vou perder, não acredito. – ela leva a mão à testeira, arrancando o acessório.
— Não perderá coisa nenhuma. Foco, DULCE. Entre nessa quadra para ganhar! – Mai incentiva.
— Lei da atração. Busque forças sei lá eu onde e acabe com o Ucker. – Anahí estende uma toalha para Dulce. – Você precisa vencer, entendeu? Diga que entendeu!
— Certo, entendi.
Dul e Ucker se encaram. Os holofotes da quadra já estão acesos. As pessoas começam a se inflamar nas arquibancadas com a possibilidade do fim do jogo. Para entreter essa turma, a cozinha do hotel descolou baldes de pipoca e refris trincando de tão gelados.
Dulce sacode os braços, passando a raquete de uma mão à outra. Ela precisa ganhar, precisa! O acordo foi que se Ucker perdesse, a escravidão seria imediata. E se Ucker ganhasse, bem, nesse caso, o beijo também seria imediato, na frente de todos. Só de pensar nisso, Dul xinga baixinho.
O jogo recomeça.
A cada bola que rebate, Dul sente que o corpo vai se quebrar ao meio. A cabeça lateja, os braços estão queimando e o dedo esfolado incomoda muito.
Ucker solta o braço e manda uma bola curva, daquelas indefensáveis. Dul não deixa barato. Se joga no chão e recupera, mas não é o suficiente. Quarenta a quarenta. Iguais.
Dul precisa da vantagem a qualquer custo.
O jogo continua. O ar está tenso, úmido e raios riscam o céu. Vem chuva por aí. Dul manda uma paralela veloz, mas Ucker não deixa por menos, devolvendo de bate-pronto.
Bate............................Rebate
Bate............................Rebate
Bate............................Rebate
Bate............................Rebate
Bate............................Rebate
Ai, cansei. E não sou só eu. Dul hesita quando a bola volta para sua quadra, as pernas não respondem. Ucker está com a vantagem e nem assim comemora, ele não tem forças para isso.
E Poncho quer jogo!
Os boleiros já foram trocados três vezes.
Os caras estão mortos, literalmente falando.
A galera na arquibancada está tensa. Alguns estudantes já foram e voltaram e o jogo desenrola.
A possibilidade do match point deixa Ucker desperto. Dul respira de forma rápida e imprecisa. Ela está apavorada! Precisa tirar a vantagem de Ucker ou então, game over.
A pequena bolinha amarela apanha muito!
De lá para cá, de cá para lá, de lá para cá.
Ucker bate colocado e Dul não deixa barato, virando o jogo a todo o momento. Vai e vem, vem e vai, vai e vem e então, Ucker avança e ao invés de dar uma porrada na bola, dá uma deixadinha, um drop shot.
Acabou, galeraaaaaa! Ucker é o vencedor!
Vinte e sete: Pagando a aposta
uCKER GANHOU, SERÁ QUE VAI TER BEIJO???
ATÉÉ AMANHA *-*
Autor(a): juh_uckermann_Collins
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Finalmente a chuva prometida despenca dos céus, mas ninguém arreda o pé da quadra, todos aguardam ansiosos pelo desfecho do desafio. E que disputa meus amigos! Ucker luta em busca de ar. Não ousa comemorar a vitória para não piorar ainda mais a situação. Imagina que Dul esteja furiosa e não quer acordar o furac& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 52
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anne_mx Postado em 14/06/2022 - 13:45:18
Meu Deus, quando eu vi a sinopse e a quantidade de capítulos pensei até em desistir de ler por pensar ser grande, mas que bom que não desisti, que fanfic sensível, cheia de amor, uma das mais lindas que já li, o crescimento, a evoluçao dos personagens foi tudo pra mim! Queria que Bola e Bevaca não tivessem feito tantas besteiras mas no geral a fanfic foi extraordinária <3
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bruna_vondy_love Postado em 02/09/2019 - 15:52:20
como assim acabou!?!? nao acredito nisso! Foi linda, chorei com o casal. o verdadeiro amor não precisa de sexo, um olhar basta... fiquei apaixonada pela sua fic. parabens!!
juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:58:21
rs. que bom que gostou. obrigada!... tem fic nova chegando e uma já postada. rs
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Annytequila Postado em 02/09/2019 - 15:50:13
QUE FIC, MANO DO CÉU.... Guria ta no meu top das favoritas com certeza.... ARRAZOOOOOU mais uma vez
juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:57:24
muito obrigada por me acompanhar. que bom que gostou. bjoo linda
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sophibersh Postado em 30/08/2019 - 22:53:46
posta maisssss!!!! e gente, hehe tudo bem?? quem tiver interesse e quiser conhecer minha fanfic eu garanto que não vai se arrepender! O MELHOR AMIGO DO MEU IRMÃO- VONDY. Poncho, na verdade, não é meu irmão. Minha mãe casou com o pai dele quando a gente tinha uns onze anos, e, desde então vivemos na mesma casa. Isso não é um problema, muito pelo contrário. A gente é bem amigo e se dá super bem. Temos gostos parecidos e a mesma roda de amigos. Ou quase a mesma... Christopher, (que vive me enchendo o saco), é o melhor amigo de Poncho, e vive em casa. Ou melhor vivia. Agora ele tá voltando de um intercâmbio, ficou quase um ano na Austrália. O filho da puta deve tá mais gato do que saiu... E mais chato também, com certeza. https://fanfics.com.br/fanfic/59231/o-melhor-amigo-do-meu-irmao-vondy-rbd-vondy
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Annytequila Postado em 30/08/2019 - 13:32:13
Ahaam , que ela não vai voltar ... uckerzito com um fiozinho de esperança vai desmascarar esses 2 .... cnt em nome de Jesuuuuuuus
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:38:36
Esqueci de avisar, sou leitora nova e assídua por mais capítulos
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:59
continua pelo amor de Deus!
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:38
continua
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:25
como assim a dul foi embora. Ucker chorando me fez ficar de coração partido.! continua linda, por favor, me diz que a dul vai voltar para o Brasil, ela precisa voltar, meu casal precisam ficar juntos. ódio da Belinda.. deveria ser presa e ter pena de morte... continuua
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:35:08
nossa, que fanfic é essa! continua