Fanfic: A Aposta - Adaptada | Tema: Vondy

As Bekazz descem para a piscina. Apesar do dia estar nublado, um forte mormaço toma conta da ilha. Karla e Fuzz estão dentro da água com um bando de garotos e quando Ucker e Poncho se aproximam, a Bekka Mor está sozinha lendo uma revista, estirada na espreguiçadeira. Ela levanta a cabeça, olha para os garotos com desdém e retoma a leitura. Poncho arranca a revista das mãos dela, nada simpático.

— O que querem? – Belinda interpela, deslizando os óculos de sol sobre a cabeça. –

Aliás, excelente performance a sua ontem, Ucker. Uau, fiquei sem fôlego. – ela se abana com as mãos.

— Precisamos conversar. – o tom de Ucker é indecifrável.

— Se é sobre o vídeo ou a aposta, esqueça, não voltarei atrás. – a Bekka recoloca os óculos sobre os olhos. – Aliás, você está se saindo muito bem, nem precisei passar as instruções.

— O que está pretendendo? Qual o seu plano diabólico? Se quer se vingar de mim, tudo bem, mas deixe a Dul fora dessa. – Ucker se senta na espreguiçadeira ao lado.

— Veio defender a vagaba? Sério mesmo, Ucker? – Belinda se ajeita, numa frieza glacial.

– Eu quero o sangue da Dulce. Quero humilhar a garota, vê-la chorar como aconteceu ontem.

— Pronto. Já conseguiu a sua vingança. O que mais pretende? – Poncho joga a revista no colo de Belinda.

— Cumpra a sua parte no acordo que eu cumprirei a minha, Ucker. Aliás, a internet aqui do hotel funciona bem que é uma beleza. Dê um passo em falso e mando o vídeo para o seu pai.

— Não tem conversa com você, não é? – Ucker retesa os lábios, irritado.

— Nope. E vão andando, estão estragando o meu dia.

Trinta: Virando o jogo

Dul olha para o próprio reflexo no espelho. Precisou tomar outro Dorflex para a dor. Finalmente o remédio começa a fazer efeito.

Annie entra no quarto, trazendo o café-da-manhã numa bandeja: uvas, pãezinhos e um copo de suco de laranja. Dul se senta para comer e já tem uma resposta para dar.

— O que decidiu? – Annie pergunta, abrindo sua mala de chinelos.

— Vou virar o jogo, você tem razão.

Desistir da aposta seria mais humilhante ainda. E como quero vencer, preciso mudar a minha estratégia.

— Grande garota! Agora sim é a Dul que eu conheço. – Annie comemora. – Sugiro começar a virar esse jogo já. Provoque e ao mesmo tempo despreze o Ucker. Pareça estar feliz, sorria o tempo todo. Você vai pegar o cara no contrapé, como fez ontem na quadra de tênis.

— E o que mais?

— Bem, precisamos dar um tapa no seu visual. Tire essa roupa de ginástica. Darei um up em você agora mesmo.

~~***~~

POncho dá um cutucão tão forte em Ucker que o cara se desequilibra. Dul e Annie passam pela piscina, arrancando assobios dos garotos e olhares fuzilantes das Bekazz.

Maite acena para as duas, que vão ao seu encontro.

— Uau, vocês duas estão um must. – Mai elogia, ajeitando os óculos de sol. Nota Poncho e Ucker com os olhos vidrados nelas. – As meninas estão na praia, nos esperando. E só para constar, o Ucker está olhando para cá.

— Ah, é? – Annie dá um sorrisinho divertido. – Ok, Dul, hora da ação.

— O que eu faço? – Dul congela, sem reação.

— Tire a canga. Deixe a boca do Ucker no chão. E então, vamos para a praia, como se esse fosse o dia mais feliz da sua vida.

Anahí e Maite se entreolham e desatam a rir. Dulce nunca fez algo assim antes, nunca provocou um cara. Talvez seja até engraçado.

Ela age conforme as instruções de Annie.

Mai é a única que consegue ver os garotos e quando meneia a cabeça positivamente, Dul e Annie sabem que o alvo foi atingido, num tiro certeiro, à queima roupa.

— Vamos? – Dul, com a canga pendurada no ombro, estende os dois braços para as amigas.