Fanfic: A Aposta - Adaptada | Tema: Vondy
Sete: A viagem de formatura
Dentro de uma semana, a tão sonhada viagem de formatura para a Ilha Inamorata mexerá com os ânimos de trinta e quatro estudantes e dois professores.
Segundo o folheto publicitário que Dul carrega na mochila, o lugar é simplesmente paradisíaco. Mar e céu que se fundem num azul profundo. Cachoeiras e grutas de tirar o fôlego. Areia branquinha, daquelas que afundam até o calcanhar. Um hotel cinco estrelas repleto de atividades ao ar livre.
Quadras de tênis, vôlei de praia, campo de futebol gramado e muita, muita natureza ao redor.
Para as meninas do Prisma essa é uma oportunidade única, talvez a última chance de engatarem um romance com algum dos garotos do colégio. Para os meninos, esse também é um momento ímpar, desesperadamente aguardado. Garotas de biquíni dando o maior mole? Juro para vocês que apesar da Ilha Inamorata ser um local onde a natureza é preservada, a mente poluída desses caras, fatalmente, poderá gerar um desastre ambiental. E dos grandes.
Dul não cogita a possibilidade de desistir da viagem, mesmo sabendo sobre a aposta que está rolando. E se por acaso ela pensasse em desistir, suas melhores amigas, Anahí e Maite, não permitiriam.
— Jura mesmo que não vai desistir? –
Anahí anda em círculos em volta de Dul.
Seus longos cabelos Loiros estão presos por um rabo de cavalo que chacoalha para lá e para cá. — Está me deixando tonta, Annie. – Dul está dispersa.
— Sério mesmo, Dul, você não pode desistir. – Mai muda a mochila de ombro, o troço está pesando toneladas. – Promete? Por favor?
— Prometo, já falei! – Dul estressa e dispara, um tanto ríspida.
As três estão no estacionamento do Colégio Prisma. Dul, agora com dezoito anos, já possui a tão sonhada habilitação e uma moto novinha em folha. Ela optou por uma
Kawasaki Concours 14, preta e prata, com 1.352 cilindradas, 4 tempos, 4 cilindros em linha com refrigeração líquida, 16 válvulas VVT, 155 cavalos de potência, com sistema de ignição digital, injeção eletrônica e partida elétrica. Não que eu saiba o que isso quer dizer, mas Dul sabe.
Antes que Annie e Mai retomem o assunto “viagem de formatura”, eis que surgem Ucker e Poncho, caminhando descompromissadamente rumo ao bicicletário.
A garota lança um olhar fulminante na direção de Ucker. Ela estremece de raiva só de se lembrar da tal aposta e dos sorrisinhos abafados nos corredores do colégio. Se o garoto se aproximar, é morte certa.
— Bela motoca. – Poncho assobia e Ucker lhe dá uma cotovelada nas costelas.
— Obrigada, Poncho. – Dul sorri, presunçosamente. – E suas bicicletas também são bem bonitinhas… tiraram até as rodinhas laterais, que gracinha.
— Rá, rá. – Ucker negligencia a própria vida.
— Ei, não pode falar comigo, lembra-se? –
Dula brada, agressivamente.
— Estamos fora do colégio, aqui é local neutro. – Ucker retruca, numa frieza congelante.
— Não abuse, Christopher. – Dil monta sobre a moto e dá a partida. – Meninas, até mais tarde. – baixando o visor do capacete e acelerando ao máximo, ela deixa apenas poeira para trás.
Oito: Uma aposta perigosa
Ucker observa Dul desaparecer do seu campo de visão. Que garota intragável! Essa aposta está fora de cogitação, sem chance.
Poncho interrompe os devaneios do amigo quando pergunta para Anahí e Maite:
— Como aguentam o mau humor dessa garota?
— A Dul? Qual é, Poncho, ela é legal. – Annie parte em defesa da amiga.
— Sei. – Ucker revira os olhos.
— É verdade, a Dul é muito gente boa. – Mai confirma. – Deveriam tentar conhecê-la melhor.
— Qual o problema dela com pessoas do sexo masculino? – Poncho indaga, interessado.
— Longa história e, sinceramente, não contarei a nenhum de vocês dois. – Mai não vacila. – Vamos, Annie.
— Vamos. – Anahí concorda em ir, mas não se move. Essa paixão platônica por Poncho já está tirando Mai do sério. Ela precisa praticamente arrastar a amiga dali.
— Até mais. – Poncho se despede, indiferente ao fascínio que exerce sobre Anahí. A maioria dos homens é cego.
Quando as meninas se afastam o bastante, Ucker fuzila o amigo com o olhar. Poncho dá de ombros, sem saber o porquê do olhar cortante.
— Certo, o que foi?
— Você levou a aposta adiante sem o meu consentimento. Cara, eu disse que estava fora.
— Man, consegui três mil reais. – Poncho gira o boné na cabeça, deixando a aba para trás. – Três pa*us, cara! Qual é, vai amarelar?
— Não vai rolar, Cabeçudo. E outra, três mil é só a metade do que preciso. Mesmo se eu decidisse prosseguir com isso, ainda teríamos que pagar aos apostadores.
— Ucker, meu camarada, se você vencer essa aposta, os três mil são seus, limpinhos.
— O que está dizendo? – Ucker confronta, franzindo o cenho.
— O que quero dizer é que todos apostaram na Dul, ou seja, se você ganhar, a grana é toda sua, sem divisões.
— Mas que merda! Ninguém apostou em mim? – Ucker replica, pasmo. – Nem você, cara?
— Só estou tentando ajudar. – Poncho dá um tapa no ombro de Lex.
— Poncho, é sério, devolva o dinheiro para os apostadores e esqueça essa merda de Grande Aposta. O diretor está de olho em mim, cara!
— Era com vocês mesmos que eu queria falar. – o tom arrogante não deixa dúvidas de quem se trata: Belinda.
Ela se aproxima embalada numa calça jeans skinny, dessas que se agarram ao corpo de maneira impossível. Rebola sobre as sapatilhas com padronagem de oncinha e requebra o quadril ao fitar Ucker e Poncho.
A camiseta do colégio sofreu transformações significativas após uma sessão de customização. Está tão curta que deixa parte da barriga a mostra, desrespeitando a regra básica de etiqueta da escola.
— O que quer, Bel? – Poncho suspira antes de remedar: – Desculpe. O que quer, Baby?
Belinda é a ex-namorada de Ucker. Bem, ex namorada é subjetivo, já que a coisa toda não passou de uma aposta. E como toda garota orgulhosa e vingativa, Belinda ainda não se esqueceu do que aconteceu no ano passado, mas contarei os detalhes sórdidos mais tarde.
A loirona oxigenada gira a cabeça teatralmente, lançando os cabelos desbotados para o ar. Apesar de nutrir uma paixão avassaladora por Ucker, jamais admitirá o fato. Amor e ódio, uma combinação explosiva. E a garota é pura TNT.
— Poncho, vou relevar a piadinha, mas só porque tenho uma proposta para o Ucker. –
Belinda recosta na mureta azul, dirigindo-se ao ex-namorado. – Soube que não vai levar a aposta adiante, é verdade?
— Soube corretamente. – Ucker admite, certo de que algo bombástico sairá dos lábios vermelhos de Belinda.
— Que tipo de proposta é essa? – Poncho estimula a garota a continuar.
— Soube que precisa de seis mil reais para arrumar a sua moto. Bem, eu tenho o dinheiro, Ucker. – Belinda verifica as unhas cor de fogo, preguiçosamente.
— É como eu disse, não vou levar isso adiante. – Ucker se mantém impassível.
— O que quer do Ucker, Bel? – Poncho a encara, desconfiado.
— Vocês dois sabem o que aquela vadia da Dul aprontou comigo. Só estou querendo dar o troco, nada de mais.
— E quer a minha ajuda? – Ucker adivinha, acertadamente. – Esqueça de mim nesse seu lance. Estou fora, qualquer que seja a proposta.
— É o seguinte, Christopher: ou você me ajuda nessa ou então, mostro para o seu velho o vídeo que está no meu celular. – ela estressa e tira o aparelho do bolso traseiro da calça, balançando-o na altura dos olhos de Ucker. – E nem preciso dizer que fiz milhões de cópias, certo?
— Você disse que não iria mostrar a ninguém. – Ucker se abala, sentindo o sangue ferver.
— E não vou! – Belinda se faz de rogada. – Mas veja bem, se não me ajudar, como posso ajudá-lo, Ucker?
— Você é uma Bekazz filha da mãe. – Poncho vocifera, entredentes.
— Cale a boca, Poncho. – Ucker nunca tinha sido chantageado antes. A boca seca e ele umedece os lábios, nervosamente.
— O que me diz? – Belinda finge não ouvir o que Poncho acaba de dizer. Mira Ucker e seus olhos castanhos se estreitam perigosamente.
— O que quer que eu faça? – Ucker foi ameaçado abertamente e não acredita que esteja cogitando a possibilidade de ajudar
Belinda. Mas no momento, não encontra alternativa. Não pode permitir que seu pai saiba a verdade sobre o “acidente” com a
moto.
— Deixe a Dul pensar que você desistiu da aposta, mas a verdade é que você não desistirá, entendeu?
— Não, não entendi. O que pretende com isso? – Ucker tenta se manter calmo, apesar da situação.
— Não interessa o que pretendo. É só fazer a Dul acreditar que a aposta acabou.
Aguarde novas instruções quando chegarmos na ilha. Assim que eu conseguir o que quero, você terá a sua grana. – Belinda acaricia o rosto de Ucker com o celular. – Bom, é isso.
Até mais, lindão. E tchau para você, Cabeçudo. – armada do melhor rebolado,
Belinda deixa dois amigos embasbacados para trás.
Autor(a): juh_uckermann_Collins
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Nove: A breve vida amorosa de Dulce Vamos tentar entender o porquê de Dul ser tão avessa a garotos. Tudo está no psicológico, Freud elucidaria. Talvez a garota enlouquecesse o neurologista antes do mesmo se explicar. O fato é que ela, até hoje, teve apenas dois namorados. O primeiro foi aos doze anos de idade... Dul estava brincand ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 52
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anne_mx Postado em 14/06/2022 - 13:45:18
Meu Deus, quando eu vi a sinopse e a quantidade de capítulos pensei até em desistir de ler por pensar ser grande, mas que bom que não desisti, que fanfic sensível, cheia de amor, uma das mais lindas que já li, o crescimento, a evoluçao dos personagens foi tudo pra mim! Queria que Bola e Bevaca não tivessem feito tantas besteiras mas no geral a fanfic foi extraordinária <3
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bruna_vondy_love Postado em 02/09/2019 - 15:52:20
como assim acabou!?!? nao acredito nisso! Foi linda, chorei com o casal. o verdadeiro amor não precisa de sexo, um olhar basta... fiquei apaixonada pela sua fic. parabens!!
juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:58:21
rs. que bom que gostou. obrigada!... tem fic nova chegando e uma já postada. rs
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Annytequila Postado em 02/09/2019 - 15:50:13
QUE FIC, MANO DO CÉU.... Guria ta no meu top das favoritas com certeza.... ARRAZOOOOOU mais uma vez
juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:57:24
muito obrigada por me acompanhar. que bom que gostou. bjoo linda
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sophibersh Postado em 30/08/2019 - 22:53:46
posta maisssss!!!! e gente, hehe tudo bem?? quem tiver interesse e quiser conhecer minha fanfic eu garanto que não vai se arrepender! O MELHOR AMIGO DO MEU IRMÃO- VONDY. Poncho, na verdade, não é meu irmão. Minha mãe casou com o pai dele quando a gente tinha uns onze anos, e, desde então vivemos na mesma casa. Isso não é um problema, muito pelo contrário. A gente é bem amigo e se dá super bem. Temos gostos parecidos e a mesma roda de amigos. Ou quase a mesma... Christopher, (que vive me enchendo o saco), é o melhor amigo de Poncho, e vive em casa. Ou melhor vivia. Agora ele tá voltando de um intercâmbio, ficou quase um ano na Austrália. O filho da puta deve tá mais gato do que saiu... E mais chato também, com certeza. https://fanfics.com.br/fanfic/59231/o-melhor-amigo-do-meu-irmao-vondy-rbd-vondy
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Annytequila Postado em 30/08/2019 - 13:32:13
Ahaam , que ela não vai voltar ... uckerzito com um fiozinho de esperança vai desmascarar esses 2 .... cnt em nome de Jesuuuuuuus
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:38:36
Esqueci de avisar, sou leitora nova e assídua por mais capítulos
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:59
continua pelo amor de Deus!
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:38
continua
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:25
como assim a dul foi embora. Ucker chorando me fez ficar de coração partido.! continua linda, por favor, me diz que a dul vai voltar para o Brasil, ela precisa voltar, meu casal precisam ficar juntos. ódio da Belinda.. deveria ser presa e ter pena de morte... continuua
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bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:35:08
nossa, que fanfic é essa! continua