Fanfics Brasil - 8 A Aposta - Adaptada

Fanfic: A Aposta - Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: 8

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Treze: O quartel general de Dulce


Estamos no quartel general de Dul, ou melhor, em seu quarto. Você pode até pensar que com a personalidade forte da garota, o quarto não seja um lugar feminino e aconchegante. Engano seu.


Esse é o reduto de uma garota de dezoito anos que, apesar de ter se convencido de que finais felizes não existem, lá no fundo do seu ser acredita sim em príncipes encantados. Só não contem que eu a dedurei, ok? Ou o meu rostinho sofrerá as consequências.


O quarto não é rosa ou lilás. É azul, com lambris brancos até a metade da parede.


Vários pôsteres de Romero Britto estão finamente emoldurados, dispostos de maneira linear na imensa parede que leva ao banheiro.


O guarda-roupas possui portas de correr brancas, vazadas em acrílico transparente.


As roupas penduradas nos cabides dão um colorido todo especial ao ambiente.


Do teto, pende um imenso lustre de ferro, daqueles rústicos com pintura em pátina.


Pranchas de snowboarding fazem as vezes de prateleiras, pregadas uma sobre as outras, sustentando todos os livros já lidos por Dul.


No lugar da cabeceira da cama, um nicho de acrílico foi confeccionado para exibir a imensa coleção de óculos de sol e relógios de pulso, duas paixões da garota. Sobre a cama box, uma colcha prateada está estendida, com várias almofadas em formato de instrumentos musicais para decorar.


Numa outra parede, a guitarra e o violão estão pendurados em ganchos sobre a poltrona de fuxicos multicoloridos. Na bancada da janela, o notebook está aberto e a foto de Ucker berra em cores.


Dul, sentada em uma cadeira laranja de rodízios, analisa detalhadamente a tal foto. Annie e Mai estão jogadas sobre almofadas coloridas espalhadas pelo chão.


— Sério, qual foi o seu intuito ao lançar essa aposta? Ainda não me convenceu sobre o lance de humilhar o Ucker. – Annie ajeita os óculos de aro vermelho sobre o pequeno nariz.


— Ah, qual é, Annie. Não seja estraga prazeres. A diversão só está começando. – Mai brinca com as franjas da almofada.


— O cara precisa de uma lição. É um babaca com o ego inflado. – Dul recosta na cadeira, imaginando o rosto na tela como sendo um alvo. Ainda fantasiando, ela lança uma flecha invisível bem pontiaguda no meio da testa de Ucker. – Certo, Annie, releia o contrato. – pede Dul, com o olhar glacial fixo na tela do computador.


— Vamos lá. – Annie pega o papel e limpa a garganta, iniciando a leitura:


“Pelo presente contrato, fica acordado que Dulce Maria Saviñón e Christopher Uckermann, ambos maiores de idade, aceitaram participar da Grande Aposta do Colégio Prisma.


“Cláusula Primeira: Dul e Ucker firmam o presente contrato, tendo como objeto a aposta Jogo de Sedução, em que Ucker fará de tudo para conquistar Dul em um período de sete dias, tendo como cenário a Ilha Inamorata.


“Cláusula Segunda: É expressamente proibido seduzir através de substâncias ilícitas ou mesmo sob efeito de álcool. Em qualquer um dos casos, a aposta será encerrada e Dulce será a vencedora.


“Cláusula Terceira: A aposta estará valendo a partir do momento em que Dul e Ucker pisarem as areias da Ilha Inamorata e seu término acontecerá quando a ilha for deixada para trás.


“Cláusula Quarta: Caso Ucker vença a aposta, receberá o valor de R$ 6.000,00 de Dulce Maria. O cheque preenchido já está com o banqueiro Alfonso Herrera e será entregue ao vencedor apenas quando retornarem de viagem.


“Cláusula Quinta: Caso Dulce seja a vencedora, a humilhação pública de Ucker será o seu pagamento.


“Sem mais, as assinaturas reconhecidas em cartório tornam o contrato válido.”


— Juro por Deus, ainda não acredito que isso está acontecendo. – Annie finaliza a leitura, tirando os óculos.


— Isso vai ser tão divertido! – Mai bate palminhas afetadas. – Entre no clima, sua chata! – ela bate no braço de Annie, que mantém a expressão fechada e preocupada.


— Vencerei essa aposta, Annie. Então, qual é o problema? – Dul coloca o computador para dormir e gira a cadeira para encarar as amigas.


— O Ucker é um tipo irresistível, Dul. Acha mesmo que será fácil? Ele vai usar todas as armas de sedução que conhece, o que não são poucas. – Annie balança a cabeça, certa de que a amiga está em apuros.


— Acha mesmo que eu posso me apaixonar pelo Ucker? Enlouqueceu? – Dul se altera.


— Acho sim. Esse é um jogo perigoso e você está brincando com fogo. – Annie dispara.


— Pare com isso, Annie. Eu aposto todas as minhas fichas na Dul. E, sinceramente, acho que essa será uma viagem hilária. – Mai solta uma sonora gargalhada.


— Depois não diga que não avisei, tá legal?


– Anahí se levanta, guardando o contrato dentro de uma pasta transparente.


— Não vai acontecer, Annie, eu juro. Depois do que passei com aquele cachorro do Bruno, estou imune. – Dul entrelaça as mãos atrás da cabeça.


— Será mesmo? – a dúvida de Annie reverbera no ar.


Quatorze: O quartel general de Ucker


Estamos no quartel general de Ucker, aquele mesmo quarto zoado com cheiro de incenso e garotos. Hoje Ucker acendeu um bastão de pimenta e Poncho não para de espirrar.


As duas janelas estão escancaradas e uma brisa fria sopra as cortinas, derrubando o contrato no chão laminado.


Poncho está fuçando nas prateleiras feitas com shapes de skate. Notaram alguma semelhança com o quarto de Dul? Sinistro.


Eu poderia dizer que se trata de uma mera coincidência, mas não me parece correto, até porque não acredito em acaso. Algo me diz que esses dois combinam mais do que podem imaginar.


Ucker se abaixa e recolhe o contrato, colocando-o sobre a bancada. Um peso de papel, no formato de guitarra, não deixa o papel sair voando novamente.


— O que está procurando? – Ucker pergunta, jogando-se na cama e pegando o violão ao lado. Começa a dedilhar um som do Deep Purple.


— Aquela sua caixa de alfinetes. – poncho faz uma pausa. – Ah, aqui está.


— Para que você quer isso?


Poncho não responde. Caminha até o quadro de cortiça de Ucker, com vários post its colados. Arranca todos e deixa a cortiça nua.


Em seguida, saca algo do bolso e alfineta no quadro. Quando se afasta, Ucker dá um pulo na cama.


— Onde conseguiu essa foto?


— O Bola me arrumou. – Poncho pega uma cartela de adesivos sobre a bancada, descola um alvo e fixa-o sobre o peito de Dul, na altura do coração. – Precisamos descobrir tudo o que pudermos sobre ela. Esse é o único caminho para o coração da gata.


Poncho se afasta alguns centímetros, tombando a cabeça de lado. Deixa um sorriso escapar ao analisar a foto. Foi tirada pelo celular do Bola, no Halloween. Na imagem, Dul empurra Hulk sobre um balde de bebida. O cara, com quase dois metros de altura, da largura de uma jamanta, está congelado no ar, prestes a cair sobre pedras de gelo. A expressão da garota é o retrato da irritação desmedida. Ao se lembrar da cena em detalhes, um arrepio sobe pelas costas de Poncho e ele se vira para encarar Ucker, com cara de pânico.


— Certo, essa é uma missão impossível.


— Agora que você sacou isso? – Ucker joga as mãos para o ar. – É tudo culpa sua, só para constar. – ele mira o indicador na direção de Poncho.


Man, eu não queria estar na sua pele. – Poncho provoca.


— Vá se ferrar! Você me colocou nessa enrascada e vai me tirar dela, Cabeçudo.


— Precisamos arrancar da Annie e da Mai qualquer coisa sobre a Dul. Eu já vasculhei a internet e a garota não está em nenhuma rede social, nem no Facebook. Nunca vi uma garota que não está no Face.


— Estamos falando de Dulce MAriia, POncho. Ela não é uma garota, é o diabo encarnado.


— É, pode crer. – POncho observa as estrelas piscantes do lado de fora da janela.


Bem que uma ideia poderia cair do céu nesse exato momento. – A Annie e a Mai nunca contarão nada sobre a Dul para nós.


— Cara, você é tão esperto para umas coisas e tão burro para outras.


— Do que está falando? – POncho eleva o tom de voz.


— A Annie está caidinha por você, seu otário. – Ucker desliza para fora da cama e bate com a mão espalmada na testa de


Poncho. – Só você ainda não percebeu isso.


— Como é? – Poncho engasga, soltando um espirro quando Ucker acende outro incenso. –


Por*ra, apaga isso!


— Esse é de camomila, para acalmar. – ucker joga o isqueiro sobre a bancada, displicentemente. – O fato é que a aNNIE está apaixonada por você e acho que ela contará tudo o que queremos saber, se você largar de ser um trouxa, obviamente.


— Tem certeza disso? Man, como eu não percebi antes?



— É como eu disse: você é um otário.


 



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Autor(a): juh_uckermann_Collins

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • anne_mx Postado em 14/06/2022 - 13:45:18

    Meu Deus, quando eu vi a sinopse e a quantidade de capítulos pensei até em desistir de ler por pensar ser grande, mas que bom que não desisti, que fanfic sensível, cheia de amor, uma das mais lindas que já li, o crescimento, a evoluçao dos personagens foi tudo pra mim! Queria que Bola e Bevaca não tivessem feito tantas besteiras mas no geral a fanfic foi extraordinária <3

  • bruna_vondy_love Postado em 02/09/2019 - 15:52:20

    como assim acabou!?!? nao acredito nisso! Foi linda, chorei com o casal. o verdadeiro amor não precisa de sexo, um olhar basta... fiquei apaixonada pela sua fic. parabens!!

    • juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:58:21

      rs. que bom que gostou. obrigada!... tem fic nova chegando e uma já postada. rs

  • Annytequila Postado em 02/09/2019 - 15:50:13

    QUE FIC, MANO DO CÉU.... Guria ta no meu top das favoritas com certeza.... ARRAZOOOOOU mais uma vez

    • juh_uckermann_Collins Postado em 02/09/2019 - 15:57:24

      muito obrigada por me acompanhar. que bom que gostou. bjoo linda

  • sophibersh Postado em 30/08/2019 - 22:53:46

    posta maisssss!!!! e gente, hehe tudo bem?? quem tiver interesse e quiser conhecer minha fanfic eu garanto que não vai se arrepender! O MELHOR AMIGO DO MEU IRMÃO- VONDY. Poncho, na verdade, não é meu irmão. Minha mãe casou com o pai dele quando a gente tinha uns onze anos, e, desde então vivemos na mesma casa. Isso não é um problema, muito pelo contrário. A gente é bem amigo e se dá super bem. Temos gostos parecidos e a mesma roda de amigos. Ou quase a mesma... Christopher, (que vive me enchendo o saco), é o melhor amigo de Poncho, e vive em casa. Ou melhor vivia. Agora ele tá voltando de um intercâmbio, ficou quase um ano na Austrália. O filho da puta deve tá mais gato do que saiu... E mais chato também, com certeza. https://fanfics.com.br/fanfic/59231/o-melhor-amigo-do-meu-irmao-vondy-rbd-vondy

  • Annytequila Postado em 30/08/2019 - 13:32:13

    Ahaam , que ela não vai voltar ... uckerzito com um fiozinho de esperança vai desmascarar esses 2 .... cnt em nome de Jesuuuuuuus

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:38:36

    Esqueci de avisar, sou leitora nova e assídua por mais capítulos

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:59

    continua pelo amor de Deus!

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:38

    continua

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:37:25

    como assim a dul foi embora. Ucker chorando me fez ficar de coração partido.! continua linda, por favor, me diz que a dul vai voltar para o Brasil, ela precisa voltar, meu casal precisam ficar juntos. ódio da Belinda.. deveria ser presa e ter pena de morte... continuua

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:35:08

    nossa, que fanfic é essa! continua


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