Fanfic: ♥ Uma lição de amor ♥ finalizada ♦ | Tema: ponny, aya, superação

ANAHI

Eu mal conseguia mexer meu corpo, quando aos poucos comecei a tomar ciência dele. Minha cabeça latejava e me esforcei pra abrir os olhos. Essa era a sensação que as pessoas tinham quando morriam?!

Não! Eu conhecia essa sensação muito bem, constatei e abri os olhos.

Minha garganta queimou ao ver Patrícia na beirada da cama. Da cama do hospital.

Patricia: Ela finalmente acordou! - respondeu às pressas e se levantou, ri de relance indo até a porta e voltar em seguida.

- O... O que aconteceu?! - a olhei meio zonza.

Patrícia: Filha se acalma.

Any: Eu não fui pra sala de cirurgia ainda?! - perguntei sonolenta, mas me esforçando pra despertar.

Carlos entrou na sala e estreitei os olhos me sentindo confusa.

- Os remédios não fizeram efeito suficiente?!

Carlos: Anahí hoje é 10 de Agosto de 2011. - respondeu tranquilamente.

Meu queixo tremeu e meus olhos foram invadidos pelas lágrimas. 

- 10 de Agosto?! - repeti. - Não estavamos em Agosto quando Poncho se internou... O que vc fez?!

Carlos: Eu dopei vc... Ficou as duas últimas semanas nessa cama dormindo.

Any: Duas semanas?... E o Poncho?... Por que vc não fez o que eu pedi? - disparei o fuzilando.

- Ele já deve estar morto e a culpa é sua, eu nunca vou te perdoar por isso. - esbravejei.

Patrícia: Filha...

Any: Não me chama de filha, vc o ajudou, todo mundo me enganou... Você matou o Poncho, matou seu próprio filho, tomara que nunca mais vc consiga dormir em paz, como consegue olhar pra Manuela.

Carlos: Eu não podia fazer o que vc me pediu.

Any: Então vc o deixou morrer... Eu odeio vc, nunca vou perdoar vc por isso e tomara que nem Manuela, nem ninguém te desculpe.

Carlos: Alfonso não esta morto Anahí.

Any: É mentira sua... Ele já estava mal quando vc me dopou, não deve ter sobrevivido, vc o deixou morrer!

- Não Any, Carlos esta falando a verdade.

Encarei a porta de onde vinha a voz de Ucker. Senti meu coração parar de bater quando vi Poncho sentado na cadeira de rodas. Levei a mão a boca tentando conter um soluço.

Patrícia: Vai ficar tudo bem agora querida. - sorriu beijando meus cabelos e se levantou.

Carlos deu as costas e saiu junto com ela enquanto Ucker empurrava a cadeira de Poncho.

Ele chorava cada vez mais assim como eu enquanto se aproximava.

Com um sorriso emocionado Ucker me encarou.

- Bem vinda de volta Bela Adormecida. - sorriu e deu as costas me deixando confusa.

Encarei Poncho no mesmo instante sem entender nada. Como podia nós dois estarmos vivos?

- Eu... Eu tinha me esquecido de como seus olhos são lindos. - Poncho se esforçou a dizer e aproximou a mão do meu rosto, fechei os olhos sentindo o toque quente e macio enquanto novas lágrimas escorriam.

Any: Como vc pode ta aqui?! - segurei sua mão e o encarei. - Achei que ia perder vc!

Poncho: E por isso foi capaz de ameaçar se matar se não doassem seu coração pra mim. - segurou minhas mãos e depositou um beijo nelas, o encarei com medo de acordar a qualquer momento.

Any: Eu estava desesperada, não sabia o que fazer! - acariciei seu rosto e foi a vez dele fechar seus olhos. - Eu nunca ia conseguir viver sem vc, não só por me sentir culpada, mas também por vc ser a minha vida.

Poncho: E vc é a minha! - sorriu acariciando as minhas mãos. - Mas agora esse pesadelo acabou e esse medo que tinhamos de um perder o outro acabou, pra sempre Any!

O olhei sem entender e percebendo a confusão Poncho levou minha mãe até o peito dele.

Senti a fina camada do curativo, mas o que me chamou mesmo a atenção foi o batimento forte e rápido do coração dele.

Encarei seus olhos não acreditando nas minhas conclusões.

- Há três dias recebi um coração novo... De um rapaz que se envolveu num tiroteio com a polícia e teve morte cerebral. - fechei os olhos e abaixei a cabeça voltando a chorar. - Eu nasci de novo Any, voltei pra vc, meu amor.

O abracei com força não acreditando que aquilo estava acontecendo que depois de sete meses pra mim e quase doze anos de sofrimento pra ele e seus pais, tinha terminado.

Poncho acariciou meus cabelos e me afastei.

- Achei que Deus estava zangado comigo, me punindo todo esse tempo, mas acho que a raiva passou.

Poncho: Por que Deus odiaria vc?!

Any: Por ter tentado me matar diversas vezes, sem perceber que cada vez que ele me fazia voltar era porque estava me preparando pra conhecer vc, vc me salvou de todos os jeitos Poncho... Você é tudo pra mim!

Poncho segurou meu rosto e me puxou unindo seus lábios nos meus demonstrando no beijo o que não conseguia dizer com palavras. Minhas mãos acariciavam os ombros dele e subiram pelo seu pescoço acariciando os fios. Poncho mordiscou meu lábio inferior e gemi explorando sua boca com minha lingua pedindo por mais. Quando infelizmente nos separados encarei os olhos dele de perto sentindo meu coração acelerado.

- Você... Leu minha carta?! - Poncho assentiu acariciando meu rosto e sorri. - O que foi aquilo com o Kuno?!

Poncho: Não queria te deixar sozinha caso alguma coisa acontecesse.

Any: E achou mesmo que eu poderia me apaixonar por ele?!

Poncho: Quem sabe comigo fora do caminho?! - deu de ombros.

Any: Você é um bobo... Eu nunca vou amar outra pessoa Poncho, só vc. - acariciei o contorno do rosto dele.

Poncho se aproximou e me inclinei voltando a beijá-lo.

- Te amo! - sussurrei sentindo uma necessidade enorme de dizer àquilo à ele.

Poncho: Te amo! - devolveu voltando a me beijar.