Fanfic: ♥ Algún dia ♥ 1ª & 2ª Temporada! | Tema: aya, ponny, vondy, chaverroni

Muitas pessoas dizem que devemos aproveitar a vida e seus dias como se fossem o único e último. Às vezes me pergunto... Será que fiz isso enquanto estava ao lado dela? Será que aproveitei, amei e fui amado intensamente e sem medo enquanto estava com ela? Daria tudo só pra conseguir passar mais um dia ao lado dela, ouvir sua voz, sentir seus lábios, sua pele, ver seu sorriso e mergulhar naqueles olhos azuis que tanto me fascinavam e faziam me apaixonar cada vez mais por ela. Como posso continuar vivendo sem ela? O que eu faço com todo esse amor que tenho aqui dentro? Será q algum dia vou revive-lo? Essas são as perguntas que consomem meu coração e minha alma. - Alfonso.

Quatro meses haviam se passado desde aquele dia, onde sonhos foram interrompidos bruscamente e em seu lugar dores que nenhum remédio ou qualquer outra coisa conseguia curar. Poncho desde aquela noite nunca mais foi o mesmo. Os cabelos estavam mais compridos e a barba por fazer, tinha uma aparência mais madura agora, e seu olhar era triste e melancólico, saia de casa poucas vezes, mas todos notavam que estava triste. O garoto alegre, brincalhão, de bem com vida e apaixonado, havia se transformado num garoto, triste, calado, que chorava pelos cantos sem vontade de viver. Todos que o conheciam e o viam daquele jeito, se perguntavam se algum dia ele voltaria a ser o mesmo de antes. Essa pergunta e muitas outras duvidas que os torturavam, Poncho fazia a si mesmo.

Era uma manhã clara e fresca menos no quarto dele, as cortinas estavam fechadas impedindo a entrada do sol, ao lado da cama ele estava sentado em frente à mesinha do computador, escrevendo, fechado na escuridão com sua própria dor. Pensava apenas nela, todos seguiam em frente como podiam, Chris e Fercho estavam no teatro encerrando uma peça e se preparando pra uma nova, Dul e Mai os aponhavam no que podiam enquanto trabalhavam na empresa, apesar de tudo estavam felizes juntos e se apoiavam, menos Poncho que se irritava em pensar que ninguém o compreendia, que ninguém entendia sua dor e que não entendiam que ele precisava dela pra viver. Um barulho foi ouvido despertando-o pro mundo real. A porta se abriu e sua mãe entrando perguntou:

- Poncho! Posso entrar meu filho?

Poncho: Claro mãe. - colocando um porta-retrato e uma folha dentro da gaveta enxugando o rosto.

Clara: Faz 4 meses hoje neh?

Poncho: É e... Ainda não acredito que isso aconteceu.

Clara: Filho desde que... Você mudou muito, não sai mais com os amigos, fica o dia todo trancado nesse quarto ou se enfia na empresa, você tem que fazer o que fazia antes, voltar a viver.

Poncho: Mãe e o que eu posso fazer?! Minha vida é a Any.

Clara: Temos que seguir em frente, Any ia querer isso, mas vc sabe que daqui uns dias é aniversário da Mariana né? Sabe que estou com pena dela?

Poncho: Eu também, esta sempre perguntando pela Any, e quer saber porque a Any não vai estar aqui.

Clara: A Mah sempre diz que conversa com a irmã.

Poncho: Talvez, sei lá.

Clara: Filho seu pai e eu estamos pensando em adotar a Mah... O que você acha?

Poncho: Eu não sei... Acho melhor esperarmos mais um pouco até a Mah se acostumar com a idéia.

Clara: Ela nunca vai entender.

Poncho: Eu vou tomar um banho.

Clara: Vai comigo e com seu pai?

Poncho: Uhum.

Clara: É melhor ficar, você não esta comendo bem desde aquele dia e ta abatido, fica em casa e descansa, não vamos levar a Mah porque depois ela faz milhões de perguntas que nunca sabemos como responder.

Poncho: Então eu fico com ela.

Nisso Dul bateu na porta e entrando disse:

- Chris também vai... E você mano?

Poncho: Vou ficar com a Mah.

Dul: É melhor né? Você não ta bem... O Pai quer falar com a senhora.

Clara: Eu vou ver o que quer, com licença. - e saiu.

Poncho se sentou em frente à mesa do computador e pegou a foto de Any, a mesma que estava vendo antes de Clara chegar.

Dul se aproximou e perguntou:

- Tem certeza de que vai ficar bem?

Poncho balançou a cabeça que sim chorando. Dul o abraçou e disse:

- Não fica assim... Tem que ser forte, mano.

Poncho apenas chorava, não conseguia dizer nada, seu coração sangrava e uma dor o corroia por dentro, mas machucava mais a incerteza de não saber como as coisas terminariam.