Nico nos viu e veio em nossa direção. Euge pegou na minha mão e apertou forte. Ele a abraçou e ela não retribuiu o abraço. Ela não disse uma palavra, nem expressou alguma reação.
- Como você tá, meu amor? - perguntou Nico ainda a abraçando.
- Estou como posso. - ela respondeu friamente.
- Vamos indo, Euge? - desviei o assunto.
- Eu levo vocês. - disse Nico.
- Não. Eu vim de carro. Vai embora, por favor. - disse Euge já com os olhos cheio de lágrimas.
Ele a olhou meio sem entender. Ela saiu andando em direção ao seu carro e eu a segui.
- Como você conseguiu dirigir até aqui? - perguntei.
- Nem eu sei.
Entramos no carro e eu fui dirigindo. No caminho, Euge não falou nada e eu também não perguntei.
Eugenia Suarez
Eu amava o Nico. Mas sentia que parte da culpa era dele. E eu me sentia mal por isso. Porque na verdade, a culpada era eu.
Chegamos na minha casa. Lali me abraçou e me levou para dentro. Lá estavam todos os meus familiares. Eu não queria falar com ninguém. Apenas queria estar sozinha no meu quarto. Todos vieram falar comigo. Me abraçavam chorando e falando "ele era um ótimo cara e te amava muito". Aquilo com certeza só acabava comigo ainda mais.
Lali Esposito
Entramos na casa da Euge e todos os seus familiares vieram falar com ela. Ela me olhava com um olhar de "me tira daqui, por favor". Meu coração se partia em mil pedaços vendo ela assim.
- Amiga, vamos pro seu quarto? Isso aqui não tá te fazendo bem. - a agarrei pela mão e a levei até seu quarto.
- Juro que eu não sei o que seria de mim sem você aqui. - ela me abraçou e eu abracei mais forte ainda.
Sentei em sua cama e ela deitou no meu colo.
- Canta pra mim, La?
- Ah sério?
- Super sério. Eu amo a sua voz.
Então eu comecei a cantar...
“No te rindas estoy con vos, no te duermas estoy con vos, no te escondas estoy con vos, pierdas me pierdo yo...”
E quando percebi ela já tinha pego no sono. A ajeitei na cama lentamente e me aconcheguei ao seu lado, pegando no sono logo depois.
Eugenia Suarez
Acordei com meu celular apitando. Me levantei lentamente e o procurei pela comoda. 5 ligações do Nico. Apaguei e fui direto para o banheiro.
Me sentia melhor, mas ainda estava com uma aparência péssima. Preciso dar um jeito nisso, afinal, tenho uma reputação de "amiga gostosa da Lali" a zelar. Me joguei embaixo do chuveiro e tomei um banho bem longo e relaxante, escovei meus dentes, arrumei o cabelo e passei uma maquiagem básica. Agora sim, sou uma Eugenia apresentavel.
Sai do banheiro e encontrei Lali ainda dormindo - bastante preguiçosa essa minha amiga - me joguei em cima dela a fazendo gritar de susto. Cai na risada.
- Você ta louca Euge... Wow... - ela me olhou de boca aberta, acho que meio surpresa. - você ta linda piranha.
- É, não dava mais pra continuar daquele jeito. - sorri e sai de cima dela. - meu pai morreu e isso ta doendo muito, mas tenho que encarar da melhor forma, minha mãe já esta mal e eu tenho que ser o porto seguro dela agora. - ela sorriu e segurou a minha mão. - preciso mostrar que sou forte.
- Ah que orgulho! Essa é a minha loira. - a abraçei e e ela beijou a minha bochecha.
- Obrigada por tudo. - ela apenas sorriu e me abraçou novamente. Se eu podia pedir algo melhor? Óbvio que não.
Candela Accardi Vetrano
Acordei meio tonta e perdida, não sabia exatamente onde estava, tentei me mover, mas me sentia pesada. O que aconteceu comigo?
Ouvi um barulho na porta e alguem apareceu, olhei assustada e relaxei ao ver o rosto conhecido.
- O que aconteceu? - perguntei meio desorientada.
- Você não lembra da melhor noite da sua vida?
- Melhor noite da minha vida?
- Sim , você repetiu isso varias vezes naquela noite. - ele sorriu.
- Naquela noite ? - estava confusa.
- Sim, na noite antes de você entrar em estado absoluto de sono.
- O que!?!?
Não entendia o que ele queria dizer. Por quanto tempo eu estava aqui afinal e o que eu fiz?
- Você dormiu por quase dois dias Cande. - ele se virou e pegou um copo. - acho que você usou demais.
Ainda estava confusa, do que ele estava falando. O que eu fiz naquela noite ? Lembra Cande, lembra.
Estava presa em meus pensamentos quando "aquela noite" veio todinha na minha cabeça. Eu usei drogas e foi bom, muito bom. Mas, porque eu me sentia péssima agora?
- Ai meu Deus!!! - me levantei de relance. - foi a melhor noite da minha vida.
- Eu te disse. - ele sorriu e me deu o copo. - bebe isso, vai se sentir bem melhor.
- O que é?
- Não importa só bebe. - sorri e bebi.
Eu sentia que podia confiar nele de olhos fechados e isso é mágico, porque é a primeira vez que me sinto assim em relação a alguém.
Lali Esposito
Euge já estava aparentemente melhor, então resolvi ir pra casa. Tomei um banho e fui pra casa.
Chegando em casa, encontrei minha mãe sentada no sofá com uma aparência bem preocupada.
- Que foi, mãe? - perguntei sentando do seu lado.
- É a Candela.. Faz dois dias que ela não aparece. - minha mãe realmente estava preocupada e parecia não ter dormido nesses dois dias.
- Já tentou ligar pra ela? Ou pra aquele namorado dela? Provavelmente ela deve estar com ele.
- Sim, Mariana. Mas nenhum dos dois atendem.
Eu precisava fazer alguma coisa pra tirar a minha mãe daquele estado, então resolvi ir até a casa do Mariano. E falando nele, fazia tempo que não o via. E não sei se estava triste ou feliz por isso.
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GENTEEEEN, SE DÊ EU POSTO OUTRO CAP HOJE... COMENTEEEM?