Entrei em casa e a primeira cena que vi foi: Mariano e Cande se pegando. Passei pela sala o mais rápido que pude para que ambos não vissem minha cara inchada. Ao entrar no meu quarto, as vozes começaram a me atormentar. "Nem a sua melhor amiga se importa mais com você", a voz dizia. Tentei não me importar, liguei uma música bem alta e entrei no banheiro para tomar um banho. Senti uma vontade enorme de vomitar, e assim foi. Esperava que esse banho lavasse a minha alma e levasse tudo de ruim embora. Me iludi, claro.
Sai do banho, coloquei a primeira roupa que vi e enrolei meu cabelo na toalha. Quando ia me deitar na cama escutei mexerem na porta e a abrirem.
- Ah não! O que você quer? - me surpreendi ao ver Mariano.
- Tava com saudades. - ele sorriu. Um sorriso que me moveu o chão. E fechou a porta.
- Sai daqui, por favor.. - minha voz saiu fraca
Quando dei por mim nossos corpos já estavam colados. E nossas línguas dançavam em uma perfeita sincronia.
- NAO! PARA! - tentei fugir. Porém ele me puxou novamente e eu infelizmente me entreguei.
Estávamos nos beijando freneticamente. Sentia cada parte do meu corpo em chamas. Suas mãos tocaram minha pele por baixo da blusa e é como se eu tivesse levado um choque. Era tudo muito intenso.
Eu pensava em parar, pensava em se afastar e mando-lo embora, mas naquele momento nada me importava mais.
Sua mão tocou a barra da minha blusa e já ia a arranca-la quando ouvimos um barulho na porta. O empurrei para longe desesperada e quando olhei, Cande estava parada nos olhando com lágrimas nos olhos.
- Cande, nã...não é nada disso. - tentei me explicar.
- Não é oque Mariana? - ela disse com frieza. - Não é você e o meu namorado se agarrando? - disse com ironia. - Você uma vagabunda. - seus olhos estavam em chamas. Certeza que ela queria me matar.
- Cande por fa...- Mariano abriu a boca, mas ela o interrompeu.
- NÃO HOUSE FALAR NADA. - ela gritou.
- Cande...- tentei.
- CALA A BOCA TAMBÉM SUA VAGABUNDA. - eu sentia ódio em sua voz. - COMO VOCÊ PODE SER AGARRAR COM O MEU NAMORADO? EU SOU SUA IRMÃ... ELE TA TE PAGANDO É? SUA PROSTITUTA... COMO VOCÊ PODE? - ela gritava e chorava ao mesmo tempo. Eu já estava desesperada.
- Cande, me perdoa, eu não queria isso. - supliquei.
- AAAH, NÃO QUERIA... A SANTINHA NÃO QUERIA... QUE ENGRAÇADO NÉH - ela riu. - PORQUE VOCÊ FEZ MESMO ASSIM. EU SEMPRE TE ODIEI E ADIVINHA, AGORA TE ODEIO AINDA MAIS. - ela ameaçou sair. - você me da nojo. - ela se virou e saiu do quarto.
Eu desabei no chão. Não sabia oque fazer. Percebi que Mariano continuava ali e o expulsei. Era tudo culpa dele. E minha também. EU ODEIO A MINHA VIDA. SOU UM LIXO.
Outra vez as vozes voltaram. Elas não cessavam. Pelo contrário, aumentavam ainda mais. Decidi que acabaria com a minha vida ali. A partir de hoje não existirá mais Lali Esposito.
Peguei uma garrafa de bebida do meu pai que eu escondia debaixo da cama. A tomei inteira rapidamente. Comecei a ficar tonta mas consegui manter o controle, por enquanto. Fui ao banheiro e tomei todos os remédios possíveis que eu tinha guardado no armário. E por último, minhas queridas amiguinhas: a gilete. Não tive pena em fazer os cortes. Talvez fossem os mais profundos e dolorosos da minha vida. Eles não doiam por causa do corte, e sim pelo o motivo dele. Eu me sentia a pior pessoa do mundo, e talvez eu realmente fosse. Magoei a minha irmã por causa de um cara que provavelmente não irá se importar com a dor dela, muito menos com a minha.
Sentia meu corpo cada vez mais fraco. Tentei pegar meu celular e escrever para o Pitt. Mas já era tarde demais. A escuridão tomou conta de mim e eu já não sentia mais nada.
Nicolas Vazquez
Cheguei em casa sã e sóbrio. Acho que essa era a primeira vez que isso acontecia durante todo esse mês. Andava tão estressado com a Mariana e com o meu trabalho que só encontrava um alivio na bebida. As vezes me sinto culpado por isso. Porque sinto que a Mariana ta cada vez pior e que ela merece sim um corretivo. Mas as vezes penso totalmente ao contrario. A culpa me corroi por dentro e eu acabo bebendo de novo e fazendo besteira.
Hoje achei que seria um ótimo dia pra mudar algumas coisas. Andei percebendo como a Mariana não esta bem. E me sinto mal porque ela é a minha filha e eu fiz tudo oque meu pai fez comigo. Eu sofria naquela época e percebi que agi mal fazendo a mesma coisa com ela.
Entrei em casa e não encontrei ninguém. Fui a cozinha e só encontrei o vazio. Talvez Mariana estivesse no quarto. Obviamente ela estava lá, já que não saia mais.
Subi as escadas um tanto quanto ansioso e nervoso também. Esperava que ela entendesse o meu lado e me perdoasse por tudo que a fiz passar.
Bati na porta e percebi que estava encostada. Entrei e não a encontrei. Andei pelo comodo e percebi algo no banheiro. Fui até lá e fiquei em choque com oque vi. Minha filha estava jogada no chão coberta de sangue e totalmente pálida. Ela estava morrendo.
Me joguei sobre ela e a envolvi com meus bracos, me levantando logo depois. A levei até o carro e a acomodei no banco de trás. Corri o mais rápido que pude. Não podia acreditar. Minha filhinha, a minha pequena estava morrendo e eu não conseguia parar de me culpar por ve-la naquele estado.
Cheguei ao hospital e corri com ela nos braços até achar alguém que a atendesse. Os médicos se aproximaram e eu já não sabia oque fazer.
- Salve a minha filha. Por favor. - foi a única coisa que eu consegui dizer aos médicos antes de desabar
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