Peter Lanzani
O clima na sala de espera foi consumido por um sentimento de culpa. Tanto eu, Euge e os pais de Lali sentimos uma parcela de culpa pelo o que está passando com ela. E a verdade é que, sim, nós temos.
Aquele silêncio que havia na sala já estava me incomodando. Então decidi dar uma volta. Passei pelo corredor dos quartos e havia um com a porta aberta. E por obra do destino, era o quarto de Lali. A vi ali, deitada naquela cama, respirando através de aparelhos, toda frágil. Senti uma nó enorme na minha garganta. Infelizmente, eu pensava na opção de perde-la. Chequei se não tinha ninguém vendo e entrei no quarto. Me aproximei de sua cama e peguei nas suas mãos. Que por sinal, estavam tão frias...
- Eu sei que você é forte. - dei um beijo em sua mão - Você vai sair dessa, marrentinha! Você deveria ter me escutado.. Eu só queria cuidar de você. - senti alguém colocar a mão no meu ombro. E me virei para ver quem era. Era Euge.
- Ela vai sair dessa, né Peter?! - ela colocou sua cabeça em meu ombro.
- Sim, Euge! Ela vai! - e sorri.
- O que vocês fazem aqui? A paciente ainda não pode receber visitas. - disse o médico ao entrar na sala.
- Desculpa, é que a porta estava aberta e eu precisava vê-la.. Mas já vamos sair! - peguei a Euge pela mão e saímos. Deixei ela ir andando na minha frente e voltei para falar com o médico.
- O estado dela é muito grave? - eu temia a resposta.
- Perdão senhor, você é da família?
- Não, mas...
- Desculpa. Só posso dar essa informação a alguém da família.
- Ela é minha namorada. - sorri ao pensar que ela provavelmente me mataria por isso - Por favor, eu preciso saber dela.
- Tudo bem. Não sabemos o porquê, mas a paciente ingeriu uma grande quantidade de remédios. Isso fez com que ela entrasse em coma, mas já a conseguimos estabilizar. Quanto aos cortes, eles estão bem profundos. Estamos fazendo corativos neles e fazendo o máximo para não ficar com cicatrizes. Mas fiquem tranquilos, ela vai ficar bem.
Ao ouvir isso, senti um alívio absurdo. Eu ia ter minha marrentinha de volta.
Eugenia Suarez
Ao ver Lali ali deitada, meu mundo desabou. Eu a via tão frágil, tão necessitada de mim. Peter estava no quarto, então também resolvi entrar. Ficamos ali um tempo até que médico nos pediu para sair.
Percebi que Peter voltou ao quarto, então fiquei esperando para saber o que ele havia falado com o médico.
- E ai? - disse ao ver ele saindo com um sorriso no rosto.
- Eu disse que ela era forte. Nossa baixinha em breve vai acordar. - ele me abraçou forte. Eu podia ver o quanto ele estava feliz, e eu também.
- Que engraçado.. - me separei de seu abraço - Ela te dava tantas patadas e você em momento algum desistiu dela.
- Talvez isso seja amor. - ele sorriu. - Foi meio que amor a primeira vista, sabe? Eu só não tinha coragem de avançar porque ela meio que me odiava e também tinha aquele carinha lá. Ela não sabe, mas no seu aniversário, eu vi os dois se pegando. E também vi o jeito que ela se culpou por isso depois.
- É tão bom saber que existe um alguém que goste da minha melhor amiga de verdade, que não precise dela só para.. Ah, você sabe. Mariano foi um erro na vida dela, Peter.
- É, eu imagino.
Voltamos para a sala de espera onde estavam os pais de Lali e Cande. Lembrei que o Gaston ainda não sabia, então liguei para ele. E ele rapidamente veio para o hospital junto com Stefano.
Nicolas Vazquez
Eu andava de um lado pro outro. Estávamos todos impacientes naquela sala de espera. Já faziam umas 2 horas que não tínhamos noticias da Mariana e isso estava me corroendo.
Eugenia, estava pálida, com os olhos vermelhos e uma aparência péssima. Isso não fazia bem pra ela, na verdade não fazia pra ninguém. O tal do Peter, estava em um canto com as mãos na cabeça, eu não sabia ao certo qual era dele, mas sabia o quando isso estava o fazendo sofrer.
Acho que a Mariana é importante para todos e eu fui um tolo de não ter percebido antes que é importante pra mim também.
Cansado de esperar por uma notícia, fui andando em direção ao quarto onde minha filha esta. Abri a porta e a encontrei deitada na cama, fraca e totalmente desprotegida e então a culpa tomou conta de mim de novo. Meus olhos se encheram de lagrimas. Eu me aproximei, peguei a sua mão e a olhei com ternura. "Ela precisa ficar bem" dizia a mim mesmo.
- Oi minha pequena. - disse baixo e calmamente. - lembra que eu te chamava assim? "minha pequena". - sorri fraco. - você não gostava muito, dizia ser grande. Mas, era a minha pequena. - meus olhos se encheram mais e a dor veio mais forte. - aconteceu tudo tão rápido né? De repente eu virei esse monstro e você deixou de me amar. Com toda razão é claro. - abaixei o rosto. - Você me perdoa filha? Me perdoa por tudo que eu fiz a você? - eu estava desesperado, sabia que ela não me escutava. - na verdade isso não importa agora. Só quero que você acorde agora e de aquele sorriso lindo, ou até mesmo grite comigo. Pode dizer o quanto eu sou um péssimo pai ou oque for. Só acorda por favor. Eu sofri a minha infância toda com o meu pai, que batia em mim e na minha mãe. Eu jurava que não seria como a ele, mas acabei sendo. Não te dei o amor que deveria, nem cuidei de você como você merecia. Te ver assim tá acabando comigo... Eu preciso que você acorde, eu preciso que você me perdoe. Me perdoa filha, me perdoa- deixei as lagrimas caírem e senti sua mão apertar a minha.
A olhei e vi seus pequenas olhos se entre abrindo. Sorri.
- Eu... sim...- sua voz saiu bem fraca. - te perdoou papai.
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OOOIE, ENTÃO, O SITE TAVA FORA DO AR DESDE ONTEM E EU TAVA QUASE PARINDO UM UNICORNIO COM TANTA ANSIEDADE PRA POSTAR... SEI Q VCS QUEREM CENAS LALITER, SÓ Q A SITUAÇÃO DELES É MEIO COMPLICADA... PETER TA APAIXONADO POR ELA E ELA ACABOU DE SOFRER UM TANTO DE DESGRAÇAS... PRECISAMKS LEVAR EM CONTA... MAS CÁ ENTRE NÓS EU E A OUTRA ESCRITORA TBM ESTAMOS LOUCOS PRO TÃO ESPERADO BEIJO....KKKKKKKKKK BOM, BOA LEITURA... E COMENTEEEM