Abri mais o sorriso.
- Mariana, você acordou. - acariciei suas mãos. - Você se sente bem filha?
- Sim, minha cabeça doi um pouco, mas me sinto bem. - ela sorriu de canto.
- Eu vou avisar ao medico que você acordou. - me virei.
- Pai e... - a interrompi.
- Não minha pequena... Depois conversamos sobre isso. - sorri e sai do quarto.
Mariana Esposito
Meu pai saiu do quarto e eu fiquei pensando. As coisas só dão certo pra mim quando tomo decisões trágicas. Ele não me odeia mais e me pediu perdão. Isso era oque eu mais precisava.
Estava presa em meus pensamentos e nem percebi quando Peter entrou.
- Oie Mar. - ele sorriu e veio até mim. - você acordou, não acredito, você acordou. - seus braços me envolveram e eu me aconcheguei ali.- eu fiquei tão preocupado Mar. Nunca mais faça isso, eu.... eu não sei oque faria se acontecesse alguma coisa com você.
- Pitt, eu to bem. - sorri. - juro que to. - me virei e segurei a sua mão.
- Mar eu preciso te contar uma coisa. - ele me soltou. - na verdade eu nem sei como começar. - ele levantou e ficou andando pelo quarto. - tenho medo de como você vai reagir.
- Pitt, oque foi? - disse assustada.
- Eu... Mar então, desde aquele dia que te vi na festa da China senti algo forte por você. De cara eu não sabia oque era, até te ver daquele jeito no quarto. Eu não sei, me subiu uma preocupação enorme e a única coisa que eu queria era cuidar de você. - ele se sentou ao meu lado de novo e pegou a minha mão. - essa coisa que eu sentia só foi aumentando, mesmo você me tratando mau. Aquele dia que te encontrei na chuva, tão frágil, tão desprotegida, não exitei em te pegar e cuidar de você. Tudo que eu queria naquele momento era te envolver em meus braços e dizer que ia ficar tudo bem. E quando eu te deixei em casa e logo depois a sua mãe me ligou dizendo que você tava caída no chão, meu mundo caiu. Eu não conseguia acreditar que alguma coisa ruim tinha acontecido com você, eu só me culpava. Eu cuidei de você e só relaxei quando te vi abrir os olhos.
- Pit.... - ele não me deixou terminar.
- Mar, quando soube que você estava aqui, vim correndo e sofri cada segundo em que você não abria os olhos. Porque não pode acontecer nada com você entende? Se acontecer eu morro. Lali eu te amo, eu te amo e ja não sei mais oque é viver sem você, eu te amo e sei que você não sente o mesmo, mas não consigo fazer com que esse amor pare de crescer. Eu te amo tanto e não me arrependo de ter te olhado aquela noite, porque amar você foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu te amo e pode ser recíproco, porque sei que vou te vou te amar cada dia mais.
Eu estava perplexa, sem saber oque dizer e tentando digerir cada palavra. Agora tudo fazia sentido. Ele gosta de mim, gosta mesmo e não fazia tudo aquilo por pena. Ele simplesmente me ama. Mas sei que não pode ser verdade. Ele obviamente esta enganado. Como alguem pode gostar de mim? É sem sentido nenhum.
- Pitt...Não pode ser verdade. - apertei a sua mão. - ninguém gosta de uma garota suicida.
- Diz isso pra todos que estão morrendo por você lá fora. - ele sorriu. - Mar, todos te amam. E eu já não sei mais oque fazer. Me deixa cuidar de você? Como amigo mesmo. - ele sorriu e me olhou com aqueles olhos encatadores. Como dizer não?
- Sim. - sorri. - Mas por que? Por que toda essa vontade de cuidar de mim? É só por gostar de mim mesmo? - insisti.
- Bom.. Te contei que tinha uma irmã, né? E te contei que ela passou por uns problemas. Mas não te contei quais problemas eram. Mar - ele olhou em meus olhos - minha irmã por pouco não morreu. Ela sofria em silêncio, gritava por socorro mas ninguém ouviu. Nem eu. E quase perder ela foi a pior coisa que aconteceu na minha vida.
- Mas o que exatamente aconteceu? - reparei que eles estava com os olhos cheio de lágrimas - Se não quiser falar, tudo bem. - acariciei sua mão que estava segurando a minha.
- Não, tudo bem. Você precisa saber. - ele respirou fundo e apertou minha mão. - Minha irmã sofreu por anorexia por 2 anos. Ela comia e depois para aliviar a culpa vomitava tudo que podia e não podia, e também fazia cortes por todo o seu corpo. É, era, e ainda é, perfeita. Mas assim como você, não acreditava nisso.
Eu não conseguia falar nada. Apenas prestava atenção em cada palavra que ele dizia.
- Quero cuidar de você, tirar você dessa vida. Graças a Deus minha irmã não morreu. E graças a Deus você também não. Me promete que vai deixar eu fazer isso? Além de te ajudar, vou estar me ajudando, Mar. - ele me olhou esperando uma resposta.
- Ta bom, Peter. - o vi sorrir e me deu um beijo na testa demorado.
Peter me olhou e foi chegando cada vez mais perto, fazendo com que nossos lábios se encarassem meio que implorando para se encontrarem.
- Não! - o interrompi fazendo com que ele se afastasse - Por favor. - ele apenas asentiu e saiu do quarto.
Talvez ele tivesse começando a mexer comigo. Mas eu não queria isso. Não agora.
Sei que ele não seria capaz, mas tinha medo de me apaixonar e me ferrar, outra vez. Pois é por causa de uma paixão que estou aqui agora
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ENTÃOOO, ACABAMOS DE ESCREVER O CAP DO BEIJOOOO E TO LOUCA PRA VCS LEREEEEM AAAAAAH... SERIO, ACHO Q TA MUITOOO LINDOOOOO... ENFIM, BOA LEITURA