Estava cansada de ficar deitada nessa cama, cansada de ver branco por todo lugar, cansada e entediada. Estava tentando me distrair com meus pensamentos quando alguem entra no quarto.
- Adivinha? - Peter disse se aproximando da cama.
- Você trouxe chocolate pra mim? - me animei.
- Hahahaha isso não. - ele gargalhou. - mas você vai ter alta amanhã.
- SERIO? - sorri. - Graças a Deus. Não aguento mais ficar presa aqui.
- Você vai sair daqui e se livrar dos médicos. - dei espaço e ele se deitou ao meu lado. - mas de mim não.
- Aah, ótimo. - revirei os olhos. - não posso te mandar pra marte?
- Pra sua tristeza não. - ele sorriu. - mas serio Mar, eu vou cuidar de você. - ele se ajeitou e virou para mim. - se você deixar é Claro.
- Eu deixo. - sussurrei.
- Que bom. - ele sussurrou. - Porque na verdade você não teria nenhuma escolha. Só disse "se você deixar" para parecer educado mesmo.
- Idiota. - sorri.
Me virei para ele e por um momento senti que o tempo simplesmente parou. Ele me olhava com ternura e dois segundos depois eu já não sabia identificar mais nada.
Me perdi em seus olhos e não percebi quando ele se aproximou mais. Agora, estávamos quase colados, sem nenhuma brecha. Seus olhos lindos me olhavam e seus lábios estavam cada vez mais perto. Dessa vez eu percebi, mas não quis o deter. Acho que eu também queria isso.
Ele chegou mais perto e seus lábios tocaram o meu tão carinhosamente. Estava tudo muito calmo. Ele me beijava com amor, eu podia sentir isso.
Joguei meus braços em volta dele e o puxei para mais perto - coisa quase impossível - nossas línguas dançavam em uma sincronia fora do comum. Sua mão estava em meu rosto e eu não queria que saísse de lá. O agarrei a mim e aprofundei mais o beijo. Agora estava mais intenso, com mais desejo e talvez mais amor da parte dele. Nossos labios se separaram me fazendo protestar. Ele riu e selou seus lábios aos meus novamente.
Me afastei e deitei minha cabeça em seu peito.
Talvez eu gostasse um pouco dele. Talvez bastante. Na verdade, eu não faço ideia. Só sei que isso me moveu o chão.
Candela Vetrano
Chegamos em casa e minha mãe não falou muito. Na verdade, ela não fala comigo desde que contei que estou grávida.
Me tranquei no quarto e tentei me distrai um pouco. Escutei bater na porta. Com certeza é a minha mãe querendo discutir outra vez.
- Não quero discutir. - disse abrindo a porta.
- Eu não vim discutir Cande. - ela entrou no quarto. - eu só estava um pouco assustada. Você vai ter um filho.
- Sim. - disse assustada. - Eu to mais apavorada que você, acredite.
- Ai eu sei que está. - ela me abraçou. - desculpa minha filha. Eu vou te dar todo o apoio.
- Obrigada mãe. - sorri. - porque na verdade, eu não faço ideia do que fazer.
- Não se preocupe com isso agora. - ela me soltou. - Vou te ajudar em tudo. - ela levou as mãos ao cabelo. - Ai meu Deus eu vou ser avó. - ela sorriu e voltou a me abraçar.
Eu estava gostando disso. Ter um filho era uma responsabilidade enorme. Mas talvez a Lali tenha razão, esse bebê pode unir a nossa familia.
Lali Esposito
Permanecemos ali deitados e Peter acabou pegando no sono. Eu admirava seus olhos, sua boca... Havia algo nele que me movia o chão, que me dava borboletas no estômago. Era estranho essa sensação, pois antes ele me irritava. Mas depois de perceber o quanto ele se importa comigo... Tem como não sentir algo? Me aconcheguei em seu peito e acabei adormecendo também.
Peter Lanzani
Acordei e Lali estava dormindo abraçada a mim. Tentei não me mexer, queria que aquele momento durasse por toda a minha vida. Sem querer me mexi fazendo com que ela despertasse.
- Aí, acabei pegando no sono também.. - ela sorriu. E que sorriso lindo ela tem. Dei um beijo em sua testa e a abracei.
O que ela tinha que desde a primeira vez que a vi me apaixonei? Aquele sorriso, o olhar, o seu jeito marrento... Ela era tão... Perfeita.
- Peter. - disse ela interrompendo meus pensamentos - Como que vai ser agora?
- Como assim? - me fiz de desentendido.
- Eu.. você... - ela sentou na cama e olhou em meus olhos.
- Eu, você.. Em uma amizade colorida - sorri e a beijei.
Lali Esposito
Me sentia tão bem estando ali com ele. Pela primeira vez senti que alguém gostasse de mim de verdade. Alguém que me amasse por ser como sou, não por ser modelo. E esse alguém era ele, Peter. Estávamos alí, só nós dois, entre beijos e carícias. Eu me sentia tão bem. Tão... Viva.
- AHHHHHHHHH!! - gritou Euge ao entrar no quarto e ver nos se beijando. Nos afastamos rapidamente e olhamos um para o outro sem graça. - Ai, desculpa, interrompi vocês - ela ainda gritava.
- As vezes acho que você esquece que está em um hospital, Eugenia.. - e ri.
- Perdão! Foi forte essa imagem que acabei de ver. - e rimos. Na verdade, eu queria matar ela por ter entrado na hora errada, mas ri para disfarçar.
- Vou deixar vocês duas sozinhas. To lá fora, qualquer coisa me chama. - ele se despediu com um beijo.
Euge me olhava com uma cara "o que tá acontecendo aqui? o que perdi?". E assim que Peter saiu ela soltou uma gargalhada.
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CHEGOU O TÃO ESPERADO CAP LALITER, OQUE SENTEM EM RELAÇÃO A ISSO?