- Não é da sua conta.
- Minha mãe vai ficar sabendo disso, Mariana.
- Pouco me importa, Candela. - sai batendo a porta. Provavelmente isso acordaria meus pais.
Andávamos pela rua e Euge não dava uma palavra se quer. Eu nunca fui de sair assim, então, ela deveria estar realmente assustada com a minha reação.
- Amiga, você não tá bem. Vamos voltar pra casa. Melhor, vamos para a minha casa. - disse Euge quebrando o silêncio.
- Euge, eu preciso me divertir. Por favor, colabore. Depois a gente pode ir pra sua casa.
Peguei meu celular e liguei para o Stéfano. Aquele ali sabia como se divertir.
- O que você quer, baixinha?
- Me divertir.
- Opa!!! Mas perai!!!! Você querendo sair a essa hora?
- Querido, já estou na rua da sua casa. Para onde vamos?
- Você tá estranha...
- Não importa!
- Ok. Passa aqui! To me arrumando para ir para uma balada com uns amigos.
- Ok. - desliguei o telefone e dei a mão a Euge para que andassemos mais rápido.
Sai a puxando pela rua e ela me olhava como se não entendesse a minha atitude. Eu só queria me livrar daquela vida terrível e me divertir com os meus amigos. Sera que isso era tão louco assim?
Euge parou no meio da rua, eu continuei a puxando, mas ela não se movia.
- Lali para. - ela soltou o braço. - Oque você ta fazendo?
- Não ta na cara? - apontei para o meu rosto. - Estou me divertindo. E você vai também. - segurei seu braço de novo e voltei a puxar. - Alias, Stefano disse que vai levar uns amigos. Quem sabe seu desencalhador ta entre eles.
- Quer saber, vamos. - ela começou a andar. - Precisamos se divertir Mariana. Você ta mal. - eu ria da sua reação. Oque ela não faz para desencalhar néh.
Chegamos a casa do Yeyo e ele já estava na porta, com mais dois garotos. Um em especial me chamou a atenção, loiro dos olhos verdes e sorriso que encanta. Me senti atraida por ele naquele momento, mais não levei a serio.
Nos aproximamos e Yeyo veio nos cumprimentar, sendo seguido pelos amigos.
- Lali esse aqui é o meu amigo Nico. - esse tinha o rosto simpático, cabelos loiros só que longos e um corpo que parecia ser bem defenido. Ele estendeu a mão e eu apertei sorrindo logo em seguida. - E esse é o Gaston. - O loirinho se aproximou e sorriu apertando minha mão e se afastando segundos depois.
Durante o caminho para a tal balada, Euge não parava de olhar pro Nico e ficava me cutucando o tempo todo tentando mostrar algo que eu nunca conseguia ver. Gaston me encarava as vezes e lançava um sorriso.
Chegamos a balada sem mencionar uma palavra durante o caminho todo. Eu dei graças a deus, porque já estava me sentindo incomodada com as miradas do loirinho. Oque eu estou dizendo? Na verdade eu não estava incomodada. Só queria pegar ele logo. Tava na cara o mole que ele tava me dando. Acho que os papeis inverteram. Euge tentando pegar o Nico e ele dando uma de difícil e Gaston dando em cima de mim sem nem tomar uma atitude. Esse mundo ta perdido.
Não sei por quanto tempo fiquei perdida em meus pensamentos, mais quando me dei conta, estava sentada no bar, com um copo de alguma bebida que não consegui identificar e totalmente sozinha.
Olhei para o copo cheio, e por um instante pensei em não tomar. Mais oque eu ganharia se não bebesse? E oque perderia se bebesse? Sem pensar mais, levei o copo a boca e virei de uma vez. Me senti tonta por um instante, mas logo voltei ao normal.
Botei o copo na bancada e pedi que o enchessem de novo. Virei na toda mais uma vez e repeti isso varias vezes.
Não sei quantos copos eu bebi e nem sei por quanto tempo fiquei no bar. A música começou a tocar animadamente, e meu corpo começou a se mover conforme ela. Fui até centro da pista de dança e me acabei.
Andei ante as pessoas procurando alguma boca, ou alguem, nesse momento, eu sentia uma vontade enorme de beijar alguem.
Gaston apareceu na minha frente e eu não respondi por mim. O agarrei de imediato e comecei a se mover com meu corpo colado ao seu. Ele exitou por um instante, mas segundos depois, já sentia sua mão agarrada em minha cintura. Levei minhas mãos até o seu rosto e rocei meus lábios no seu, sem parar de me mover. Ele apertou as mãos na minha cintura e me puxou para mais perto. Como se fosse possível. Cravei minhas unhas em seu cabelo e senti seus labios se aventurarem pelo meu pescoço. Nós nos moviamos conforme a música, em uma sincronia perfeita.
Desviei um pouco a atenção de Gaston e olhei para Euge, que já estava agarrada aos beijos com Nico. Soltei uma gargalhada alta que fez Gaston rir junto. Sem esperar mais, Gaston segurou meu rosto e tomou meus lábios em um cálido beijo. Envolvi seu pescoço com meu braço e parei de me mover, correspondendo.
Ficamos mais algum tempo assim, como se só houve nós dois. Em seguida, fui ao bar pegar mais bebida. Mas antes que eu pudesse chegar lá, escutei anunciarem que o karaokê estava aberto para quem quisesse cantar. Como já estava meio alterada, sem pensar duas vezes subi em um pequeno palco que tinha e comecei a cantar. As pessoas me olhavam de um jeito bem estranho no começo. Depois pareciam gostar do que escutavam. Terminei de cantar e as pessoas me aplaudiam e gritavam sem parar.
- Além de beijar bem saber cantar?! - disse Gas me dando um beijo assim que desci do palco. Senti minhas bochechas corarem. Mas mesmo assim retribui o beijo e o agradeci com um sorriso no rosto.
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GENTEEEEN, PLIS ME DIGAN OQUE ACHARAM, SE TIVER ALGUEM LENDO, CLARO....