Fanfic: Mais que uma manager | Tema: Rebelde, Maite Perroni, Carolina Palomo, Palorroni

Chegamos ao estúdio. Era sempre a mesma coisa, vinha uma mulher fazer a maquiagem, e um homem fazer o cabelo. Terminaram de me arrumar. Eu estava vestindo um vestido dourado.

Palomo - Mai, vamos, temos que começar o ensaio. - entrando no camarim, onde estava só eu ali. 

Maite - ah, eu já vou... - falei, enquanto terminava de fechar o vestido.

Palomo - quer ajuda?

Maite - acho que sim...

Caro foi atrás de mim e amarrou o vestido. De repente, a mão dela escorregou e tocou nas minhas costas, e como estava gelada, me arrepiei. Ela sentiu isso.

Palomo - Mai, desculpa, minhas mãos estão geladas. - tentando se desculpar, mesmo não sendo necessário.

Mai - não foi nada, Caro.

Quando me virei, nossas vistas se encontraram, e eu fiquei meio paralizada.

Palomo - está tudo bem, Mai? - perguntou, percebendo meu estado. Fiquei pálida quando voltei a realidade.

Maite - não, acho que não, to me sentindo um pouco tonta! - tentei.

Palomo - vem cá, senta aqui. - me levando até o sofá - respira fundo enquanto vou pegar água.

Maite - não precisa mais, Caro... Já está passando. - falei.

Palomo - tem certeza, Mai? Não quer ir no médico depois? - preocupada.

Eu amava esse jeitinho dela, sempre cuidando de mim e me protegendo, isso me encantava. Caro sentou-se ao meu lado e me fez carinho no cabelo, e tocou nas minhas mãos. Ela não tinha ideia do que isso importava para mim.

Maite - não precisa Caro, se eu me sentir mal de novo, digo para você e então vamos. - sorri.

Palomo - tudo bem, Mai. Bom, já está melhor? Precisamos começar a sessão, já estamos mega atrasadas. - soltando uma risada baixa.

Levantamos e fomos até o estúdio. Lá, tiraram muitas fotos, meus olhos já começavam a arder por causa dos flashs. Depois de um tempo, o ensaio acabou.

Palomo - vamos escolher as fotos, Mai. - falou, me segurando pelo braço.

Ficamos ali na frente do pc escolhendo as fotos, foram 30. Ela se sentou ao meu lado e me aconselhava na escolha, isso me ajudava muito. Saímos do estúdio, e já havia passado do meio-dia. 

Maite - onde vamos agora? - falei, entrando no carro pelo lado do carona.

Palomo - para o apartamento, vamos terminar de arrumar as malas e mais tarde ir ao aeroporto. 

Chegamos no apartamento, fui para meu quarto terminar de arrumar as malas. De repente, veio na minha visão todos os momentos que Caro e eu passamos aqui em Nova York. Não queria ir embora, ela era a pessoa que mais importava para mim, aqui morávamos juntas, e quando chegarmos ao México, tudo vai ser diferente. Eu não vou mais ter ela ao meu lado quando estiver triste e chorando à noite. Não vou mais espiá-la dormindo de madrugada pela porta do quarto. Não viveremos mais juntas, e isso me assustava. Ela se tornou tudo pra mim em tão pouco tempo, não conseguiria mais ficar sem ela por menos de 24h por dia.

Palomo - Maite, o que houve? Por que está chorando? - falou entrando no quarto e sentando ao meu lado. É, já não dava mais tempo de limpar as lágrimas e dizer que um cisco entrou no meu olho. Então, como uma menina frágil, deitei no colo dela e começei a chorar ainda mais. Ela me olhou apreensiva, e vendo minha sensibilidade, acariciou meus braços. Ficamos naquele silêncio por um tempo, até que eu me acalmei.

Palomo - porque está assim, Mai? 

E agora? O que vou falar para ela? Digo a verdade, que estou louca por ela e não suportaria ficar longe? Ou omito os fatos mais uma vez, como venho fazendo desde que nos conhecemos? Isso inundava minha cabeça.

Palomo - você confia em mim?

Deus, como ela pode perguntar isso? Ela é a pessoa que eu mais confio no mundo! 

Maite - claro - enxugando as lágrimas que terminavam de cair, porém Palomo foi mais rápida e ela mesma enxugou.

Palomo - quer conversar?

Maite - sim...

Palomo - então fala, joga pra fora, isso faz bem.

"Joga pra fora". Isso não é tão fácil, mas já enrolei tempo demais. 

Maite - eu... Não sei por onde começar... - nervosa - tá, vamos lá. Caro, eu não quero ficar longe de você... - voltando a chorar - não quero voltar, vou sentir saudades suas, de todas as vezes que você esteve ao meu lado, me ajudando, e sempre, sempre junto a mim. 

Palomo me abraçou, era um abraço acolhedor, como um abraço materno. Mas porque? Eu não a via como uma mãe, eu queria ser mais que isso, eu sentia mais que isso. Que iniciativa eu poderia tomar? Nunca me apaixonei por alguém, a Palomo era a primeira, eu mal sabia como me declarar, e como ela reagiria se eu contasse? Será que me abandobaria para não se envolver mais? Esse medo me cercava. Perdi a conta de quantas lágrimas caíam dos meus olhos, mas estar nos braços da Caro me tranquilizava, ela teria coragem de um dia me abandonar?

Ficamos ali, abraçadas por um tempo. Queria que um abraço pudesse ser eterno.