Fanfics Brasil - Querido Diário... O Diário de Melody Moore

Fanfic: O Diário de Melody Moore | Tema: The Walking Dead, Fear The Walking Dead


Capítulo: Querido Diário...

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" Querido Diário... Sinceramente? Estou com medo. Há uns três dias mais ou menos, a TV não fala outra coisa a não ser um vírus que surgiu e está mudando o comportamento das pessoas. Os cientistas estão atrás de uma possível cura e se até o final da semana não descobrirem algo, teremos toque de recolher e não poderemos sair de casa. As imagens que vi na televisão são aterrorizantes, e pelo que pude perceber, as pessoas se alimentam de carne humana, como canibais, porém sem consciência do que fazem, só que não estão vivas, isso acontece quando são mordidas por outros infectados. Alguns os chamam de "zumbis", "mortos-vivos", "mordedores", mas prefiro o termo "infectados". Bem, minha mãe foi ao supermercado para comprar mantimentos. Eu só espero que ela volte antes do John, ou do Max. Estou sozinha em casa e é uma paz quando isso acontece. Ultimamente a convivência com o John e com o Max se tornou insuportável nessa casa. Eu odeio eles desde os meus quinze anos, ou desde de se mudaram, são quatro anos de uma vida de merda. Eu era feliz e não sabia. "


= Mell, querida! A mamãe chegou! - Desci as escadas, ela colocava o que comprou sobre a bancada da cozinha. - Comprei mais o necessário. Não estamos com muito dinheiro. Se ao menos o John abrisse mão das bebidas...


= Esquece, aquele alcoólatra não larga a droga por nada !


= Você deveria respeitá-lo. Ele é da nossa família você querendo ou não. - Ela me repreendeu.


= Considere por você, porque além de seu namorado idiota, o John não é nada para mim. Saí da cozinha, subi a escada e entrei no meu quarto fechando a porta.


Peguei o celular, são 17:07 e ainda está claro, um tempo limpo e armênio, uma leve brisa invade o quarto pela fresta da janela e junto consigo trás a luz e uma sensação boa de paz, descanso e tranquilidade que é quebrada com o toque do celular. Nick.


= O que foi, Nick? - Atendi sem ao menos ter educação. - Seja breve.


= Você está acompanhando os noticiários? - Perguntou com uma voz inocente.


= Não acredito que ligou para perguntar isso...


= Não! Não desliga! - Gritou do outro lado da linha. - Eu já te disse uma vez e vou repetir, você é minha. Não é só porque você terminou o relacionamento que nunca mais irá me ver na vida. Você ainda será minha novamente, escreve isso naquele diário ridículo. E se arrumar outro cara, eu mato ele. Já está avisada. Bom fim de semana, Mell. - Desligou.


Era só o que me faltava, o Nick me fazendo chantagens, pior, acha que me intimida. Idiota! Como pude namorar ele por 1 ano e 2 meses? Dedo podre para relacionamento. Não quero outro tão cedo. Acho que foram seus olhos azuis que hipnotizaram e me deixaram fora de consciência, porque sã eu perceberia o babaca que ele é. Os pensamentos com o Nick foram interrompidos por uma discussão que vinha da cozinha. " De novo", pensei assim que despertei. Deve ser o John brigando com a minha mãe, ou lhe dando apelidos novos. O da ultima vez foi "piranha", mas já estou acostumada com esse, é o que ele mais me chama. Desci metade da escada para ver o que acontecia e o John segurava minha mãe pelo braço a sacudindo, como se fosse uma criança que acabara de fazer algo muito errado.


= Não comprou as minhas bebidas? Nem pra isso você presta! - A expressão de dor no rosto da minha mãe se misturava ás lágrimas que agora escorriam em seu rosto.


= Era o único dinheiro que tínhamos, John, não podemos ficar sem comer.


= Eu mandei você calar a boca!


= Solta ela! - Terminei de descer a escada e parei na porta da cozinha, onde John se encontrava de costas. Cruzei os braços. Ele era alto e forte, tinha ombros largos e podemos supor que seu trabalho braçal durou muito tempo. Quando me ouviu, continuou na mesma posição, porém virou levemente a cabeça para a esquerda e abriu um sorriso sarcástico. - Eu mandei você soltar ela! - Aumentei um pouco mais o tom de voz, tentando o manter firme e descruzei os braços, fechando o punho.


= Você "mandou" eu fazer alguma coisa? É isso?


= S-Sim... - Acho que consegui acabar com a ultima gota de paciência que ainda havia ali. - Vai soltar ou...


= Ou o quê? - Ele riu. - Vai me bater com a sua Barbie? - Minha paciência também chegou ao fim. Estou cansada do John, do Max, e hoje eu vou dar um fim nos dois! Mas... o John é dois de mim, tanto de tamanho, quanto de largura, e fora que é mais forte. Sempre tive medo dele. Olhei para a bancada ao meu lado e encontrei o faqueiro. Será que devo? Ele me encarou.


= Ou eu vou te matar! - Peguei uma faca apontando para ele. - Tira as suas mãos podres e imundas da minha mãe, seu monstro. - Dois passos a frente,, e ele ainda segurava ela. - Acho que não entendeu a parte que eu estou mandando soltar a minha mãe.


A expressão da minha mãe era de medo... mas não do John, de mim, das coisas que estou dizendo e fazendo. Acho que ela não está pensando direto. Sofre há quatro anos e aguenta tudo calada e consentindo, desculpa, eu não sou assim, já acumulei raiva suficiente para ser presa. Alivio não vai faltar na prisão. Meu medo dele acaba agora. Mais dois passos á frente. Estou a menos 2 metros de distância, John pegou a minha mãe e envolveu o braço em seu pescoço a imobilizando. Droga!


= Nem mais um passo, ou eu torço o pescoço dela e você diz adeus a sua querida mamãe. - Minha mãe colocava suas duas mãos nos braços de John tentando aliviar, em vão, a pressão que o mesmo fazia.


O que eu posso fazer? Preciso chegar perto para atingir ele com um golpe. Estamos nos encarando, o silêncio me deixa mais angustiada. E se eu jogar a faca? Ele está apertando ela cada vez mais, seu rosto não nega.


= Suas últimas palavras, John? - Silêncio. Arremessei a faca que furou o braço dele, e caiu no chão deixando apenas esse pequeno ferimento, porém foi o suficiente para que a minha mãe pudesse escapar de seus braços e dar alguns passos em minha direção. Enquanto ele tapava o corte feito pela faca. - Corre mãe! Pra rua! Eu estarei logo atrás de você. - Ela me obedeceu e saiu correndo.


Me virei e peguei outra faca no faqueiro. Eu já sentia a respiração de John quando me virei o golpeando na barriga. Sua expressão se congelou em uma cara de dor que eu nunca o vi fazer, mas que vi nos melhores sonhos. Virei a faca a empurrando. Virei para correr, porém ele segurou o meu braço me puxando de volta e acertando um soco no meu olho. Isso doeu. Mais do que as outras vezes. A raiva que ele estava de mim é explicita! Tentei retirar o meu braço de sua mão, ele riu. Já era. Dei socos sequenciais no braço que ele usava para me segurar, ele aperava cada vez mais e me acertou um tapa na cara, no mesmo lado do soco, aumentando a minha dor e seguiu com outro soco, porém na barriga. Com a mão livre, me voltei a bancada e peguei uma espécie de martelo de carne e bati, com todas as minhas forças na sua cabeça, o sangue escorreu e ele elevou suas duas mãos a cabeça. Arremessei o martelo em sua direção, E sai correndo para o meu quarto, trancando a porta. Meu diário! Tenho que pegar e dar o fora daqui. O medo do John voltou. Como doeu. Passei a mão pelo rosto, a marca que vai ficar aqui não será das mais bonitas. Peguei uma pequena bolsa e guardei meu diário e celular, não tenho muito tempo! Sai do quarto com cautela. Desci as escadas devagar. Quando fui em direção á porta, ouvi um grunhido, olhei para trás, era o John, com uma feição estranha e diferente de cinco minutos atrás. Oh! Seus olhos! Meu Deus! Seus olhos! E que barulho é esse que ele está fazendo?! John está vindo em minha direção, com um andar desengonçado e com um olhar fixo mortal.


= John?! John, eu vou embora! Não precisa me ver nunca mais! John para! - Ele não me responde. - John! Me escuta! - Ele nem sequer me escuta. - Olhei para o lado, havia um jarro com flores, peguei e joguei em sua cabeça, o que o fez cair, ainda emitindo sons estranhos. O vaso de vidro se quebrada, e os cacos se misturavam ao sangue que saia dele, mas... Como? Ele está tentando se levantar, de uma forma muito estranha. - Acabou John. - Sussurrei pegando um caco de vidro e furando seu peito. O grunhido continuou e era como se o vidro não tivesse nem o encostado. O olhar de John estava morto, como na televisão... Não acredito! O John foi infectado! Comecei a tentar perfurar e impedir que ele se levantasse ou que me mordesse, não quero me infectar também! Acertei um caco em seu olho direito e seu corpo caiu fazendo um estranho barulho gosmento.


Sai correndo fechando a porta. Se a infecção chegou até a minha casa, então está se espalhando mais rápido do que eu imaginava! Mãe.. Droga! E agora? Como vou saber para que lado ela foi? Disse olhando para os dois lados da rua.



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Autor(a): k17ty

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