Fanfic: The course of true love | Tema: Vondy

Christopher

Belinda me pegou desprevenido, literalmente. Enquanto tento entender que porra é essa acontecendo, ela está me beijando e se esfregando contra meu corpo. Tento conter seus movimentos, segurando-a pela cintura e ombro, mas ela continua.

Alguns centésimos de segundos atrás ela só estava me ajudando a retirar a camisa que realmente, colou em meu peito. Mas, ela tropeçou e eu a segurei para não. Com o impulso, seu corpo veio de encontro ao meu, jogando-nos na cadeira. E quando me dei conta, Belinda já estava no meu colo, me beijando...

Não sei o que pensar, nem como agir.

Não esperava que Belinda viesse a esse ponto, sempre soube que ela gostava de mim e que vivia no flerte, mas deixava claro que só tinha olhos para umka mulher na minha vida. Dulce. Lembranças de hoje mais cedo invadem minha cabeça e entorpecem meus sentidos. Estávamos tão empolgados com a prova do vestido o qual eu só iria ver no dia do casamento.

Imagino ela entrando na igreja, com um vestido branco,longo e de renda, caminhando em minha direção com um sorriso que iria me arrebatar.

Iríamos concretizar nosso amor na lei do homem e de Deus, iríamos ser felizes, ter muitos filho e... Porra!

Empurro Belinda do meu colo, desfazendo o contato de sua boca na minha.

Ela pega de surpresa, acaba se desequilibrando e caindo com a bunda se encontro ao chão.

Com a respiração apressada, observo a cena em que me encontro. Belinda está descabelada, com a blusa amassada e a saia no alto das coxas. Depois, olho para meu estado. Estou com a blusa manchada e desabotoada, cabelos desgrenhados...

- O que...? – sua voz e seu rosto estão estampados pela incredulidade.

- Belinda, peço que se retire – retorno do transe e digo. Minha voz sai mais firme do que eu pretendia. Sei que essa não é a coisa certa a fazer, mas preciso resolver isso logo – Vou providenciar sua transferência para outo setor ou até mesmo, outra sede de empresa Uckermann’s.

Olho para Belinda, tentando diminuir o impacto da realidade e ela faz algo que me surpreende. Ela está rindo. E levanta-se do chão tentando se arrumar rapidamente.

- Você é muito idiota! Acha mesmo que me tirando da empresa irá me afastar?  - dando a volta na mesa, ela para de frente para mim e inclina-se na minha direção, dizendo: - Não tente me desprezar, serei muito útil. Ainda mais agora que seu casamento não vai acontecer... – parando para pensar, ela continua – Pelo menos é o que eu acho, se a Dulce  for esperta e não quiser continuar sendo enganada.

Meu peito se aperta ao pensar em Dulce. Soltando um grunhido, levanto-me e vou até Belinda, segurando- a pelos braços.

- Pare de falar besteiras! Você é uma infeliz e vai sumir daqui! – olhando-a ferozmente, continuo – E não vai contar nada a ninguém, muito menos a Dulce. E mesmo que conte, nós continuaremos juntos porque ela sabe que eu a amo. E somente ela.

- Você é muito ingênuo! Acha mesmo que ela sabendo disso irá ficar com você? Saiba que a Dulce não te ama! Não como eu, que sempre te apoiei.

- Você é doente Belinda!

- Doente? Não era isso que você dizia quando transavámos!

- Eu era apenas um adolescente irresponsável e com tesão. Você nunca significou algo mais que uma vadia disponível.

Com essas palavras, o ar ao nosso redor fica tenso e o silêncio é ensurdecedor. Sei que peguei pesado demais, mas preciso por um fim nisso.

Soltando-se do meu aperto, Belinda afasta-se e se vira em direção à porta.

Quando ela está com a mão na maçaneta e de costas para mim, ela diz com um ar sombrio:

- Você será muito infeliz... Christopher.

Terminando ela sai e bate a porta.

O baque ecoa pela sala. De repente um vazio tomar conta de mim. Preciso falar com Dulce, ver se está bem.

Belinda trouxe à tona coisas do meu passado, das quais me arrependo profundamente. Apesar de que nessa época já conhecer Dulce, saia com outras garotas, porque a que eu realmente queria me via como um irmão de outra mãe. Dulce sabia de agumas ficantes e mostrava não se encomodar, coisa que eu não fazia quando a via com um garoto.

As coisas agora são diferentes. Iremos nos casar e ela iria ficar chateada ou até mesmo puta da vida e me abandonar se soubesse o que eu fiz neste escritório. Com esse pensamento, resolvo esquecer tudo o que houve com Belinda ou qualquer outra mulher que não seja a Dulce e me sento à cadeira novamente.

Saco o celular do bolso e disco seu número, já decorado.

Tudo irá ficar bem...