Fanfic: Preciso de Você || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy
— Eu prefiro ser o banqueiro — disse ele.
Eu fiz uma careta. Eu era sempre o banqueiro. Mas ele era meu convidado depois de tudo. Entreguei-lhe a bandeja de dinheiro.
— E eu sou sempre o sapato — continuou ele.
Bem, isso era inaceitável.
— Eu sou sempre o sapato — eu o informei.
— Oh não, uh uh. Eu sou sempre o sapato.
— Por que você quer ser o velho, sapato de aparência suja afinal? Você não quer ser o carro de luxo? — Eu levantei uma sobrancelha para ele, tentando enganá-lo enquanto segurava o carro para cima e levava minha mão em direção a ela em uma apresentação sublime.
— Não. O sapato representa o trabalho duro. E o trabalho duro leva a riqueza. Eu sou sempre o sapato.
Eu levantei minhas sobrancelhas.
— Por que você quer ser o sapato?
— Porque o sapato parece ser modesto. Ninguém espera que o sapato velho venha atrás e ganhe tudo. Todo mundo mantém um olhar atento sobre o carro de luxo... mas não no sapato. Esse cara, ele voa direito sob o radar, ou caminha conforme o caso pode ser. — Eu pisquei.
Christopher riu, parecendo satisfeito. — Eu gosto dessa resposta. Mais vamos rolar o dado e ver quem fica com ele.
Eu sorri.
— Certo.
Rolei primeiro o dado. Quatro.
Christopher rolou depois. Três. Ele riu.
— Tudo bem. Você é o sapato. Justo.
Uma hora mais tarde, havíamos sobrevivido a uma quebra da bolsa, estávamos profundamente envolvidos em vários negócios de terras, e eu tinha passado, mais vezes do que eu tinha me mantido caminhando. Christopher estava ganhando e eu não estava feliz. Eu pousei em outra de suas ferrovias malditas.
Ele riu e meus olhos pousaram nos seus.
— O que é tão engraçado?
— Eu nunca teria imaginado que você fosse tão competitiva, Dulce Saviñon. — Ele sorriu, bastante satisfeito com ele mesmo.
— Hrrmph — Eu grunhiu, contando o dinheiro para as ferrovias.
— Monopólio dica: sempre compre as ferrovias em primeiro lugar.
Apertei os olhos para ele.
— Você ainda não está ganhando tanto para começar a me dar um conselho de estratégia vencedora, senhor. — Fiz uma pausa. — Eu nunca compro as ferrovias. Ferrovias são chatas.
— Bem, você deveria. Em comparação com as outras propriedades, o fluxo de receita das ferrovias é mais constante ao longo do tempo. Possuir todos os quatro deles é uma vaca leiteira. Você pode usá-los para financiar seus outros monopólios.
Olhei para ele, fazendo uma pausa. Inclinei a cabeça. Eu sabia que ele estava trabalhando para a bolsa de estudos, mas eu não tinha percebido o quão inteligente Christopher realmente era. E de repente me bateu que ele não poderia ficar aqui. Ele tinha que sair se iria utilizar sua inteligência. Algo que parecia como profunda tristeza encheu-me, eu estava confusa. Ser inteligente não era uma coisa triste, especialmente com a falta dela acontecendo em Dennville, Kentucky.
— Eu não deveria estar dando-lhe todas essas dicas, mas, obviamente — ele passou a mão sobre a placa indicando o fato de que ele estava ganhando — você pode usá-los.
Eu ri.
— Bun/dão — eu murmurei. Ele riu também.
Uma hora depois disso, eu estava completamente falida e praticamente fervendo. Christopher não poderia manter a diversão fora de seu rosto. Era enlouquecedor.
Realmente, porém, eu não tinha me divertido tanto há muito tempo.
— Tudo bem, admito. Você oficialmente já me limpou fora e pendurou-me para secar. Parabéns. — Eu peguei a placa e joguei os pedaços na caixa quando Christopher riu.
— Se você tiver sorte, eu vou te dar uma revanche.
— Hmmph.
Houve uma batida na porta do meu trailer e eu olhei para cima, confusa.
— Quem é? — Disse.
— É Buster.
— Buster... — Eu disse, apressando-se para a porta e abri-la, uma rajada de ar gelado me fez recuar. — Venha aqui. — Buster era meu vizinho, um dos mais antigos na colina, um estranho, mas um cara bondoso que nos trazia uma cesta de ruibarbo no verão.
— Olá, mocinha — disse ele, sorrindo e puxando o capuz para baixo.
— O que você está fazendo aqui com esse tempo, Buster?
— Só vim para deixar um presente de Natal. — Ele olhou para Christopher.
— Buster, você conhece Christopher Uckermann? Ele vive abaixo da Hill...
— Eu certamente conheço. Oi, filho. Como está sua mãe?
— Olá, senhor. Uh, ela está bem. Não sai muito, você sabe.
Buster franziu a testa.
— Não, não acho que ela faz. — Ele olhou para Christopher por apenas uma batida de tempo. O quê foi aquilo? Olhei para Christopher e ele estava com as mãos nos bolsos e estava olhando para o chão.
— Ah, então, aqui está. — Buster estendeu algo embrulhado em papel de seda branco. Eu tomei dele.
— Você não tinha que fazer isso. — Eu sorri desconfortavelmente, deslocando em meus pés. Eu sabia exatamente o que isto era e eu não queria abri-lo na frente de Christopher. Mas Buster estava ali olhando tão satisfeito e expectante, então eu desembrulhei o tecido e ergui o pedaço de madeira talhada, tentando o meu melhor para não encolher. Eu não pude evitar o calor que senti, fazendo o seu caminho até o meu pescoço, no entanto. Buster talhava peças pornográficas. Até onde eu sabia, ele estava fazendo o seu caminho através do Kama Sutra. Este talhou uma mulher ajoelhando-se na frente de um homem, dando-lhe um boque/te enquanto ele puxava o cabelo dela, a cabeça jogada para trás em ecstasy.
Bem.
— Uau, Buster. Isto é... Muito... Romântico.
Christopher fez um som de asfixia estranho na parte de trás de sua garganta e começou a tossir.
Buster sorriu com ar sonhador.
— Isso é — disse ele. Mas, então, seu rosto ficou preocupado. — Como está Blanca? — Perguntou ele, referindo-se a minha mãe.
— Ela está no hospital novamente.
Ele assentiu com a cabeça.
— Eu imaginei. A vi arrancar daqui com sua faixa. Eu vim correndo e cruzei com a Maite — disse ele, colocando o ‘t’ no final das palavras como todas pessoas da montanha faziam. — Pobre menina estava no chuveiro. — Ele balançou a cabeça. — Fico feliz que eles estão a tratando.
Bem, isso era uma maneira de colocá-lo. Eu apenas assenti.
— Oh hey, eu tenho uma coisa para você, também — eu disse, alcançando uma lata pequena sob a árvore de Natal.
Eu entreguei a Buster e ele sorriu.
— Chá de lavanda. O meu favorito. Você é uma joia, senhorita Dulce.
Eu ri.
— De nada. — Sinceramente, eu fazia chá de lavanda para ele sempre que podia, e não apenas no Natal, porque eu sabia que ele adorava. Portanto, não foi nada muito emocionante. Mas ele foi muito doce para agir como se fosse.
— Bem, vocês dois tenham um Feliz Natal. — Ele puxou o capuz para cima e sorriu para Christopher e então me beijou na bochecha, lábios frios e secos.
— Você também — eu disse.
Deixei Buster lá fora e, em seguida, olhei para Christopher, a arte suja entalhada na minha mão.
— Eu tenho uma coleção deles — eu disse. Christopher jogou a cabeça para trás e riu. Me juntei a ele. — Eu juro, aquele velho tem um parafuso solto. Mas, eu o amo.
Christopher balançou a cabeça, ainda rindo.
— Posso ver isso?
Entreguei-lhe as figuras e ele olhou atentamente para elas, virando-as.
— Droga, Buster tem habilidades loucas de talhar. — Ele não parava de olhar por um minuto, parecendo lembrar de repente que eu estava olhando para ele. Seu rosto ficou sério. Ele limpou a garganta.
Eu coloquei o presente debaixo da minha árvore de pequeno porte e me virei para Christopher, sua expressão intensa e aquecida. Minha pele arrepiou e corou com o calor. Peguei na barra do meu casaco. Eu não sabia como lidar com essa tensão entre nós. Éramos amigos. Certo?
— É melhor eu ir para casa, você sabe, no caso da minha mãe precisar de mim.
Eu balancei a cabeça.
— Sim. Certo. É claro. — Eu olhei para o relógio, notando que era quase dez horas.
Christopher parecia incerto.
— Você tem certeza que vai ficar bem? — Ele perguntou enquanto rapidamente colocava suas meias e pisava em seus sapatos.
— Sim. — Eu sorri. — Eu estou bem agora. Obrigada. — Eu olhei para baixo, sentindo-se tímida novamente por algum motivo. — Muito obrigada.
Ele balançou a cabeça, seus olhos se desviando para os meus lábios antes que ele os empurrasse de volta para os meus olhos novamente. Nós dois mudamos de uma vez, em direção à porta para deixá-lo sair, e ele foi para sua jaqueta que agora estava seco. Ele puxou-a.
Eu abri a porta.
— Tome cuidado em seu caminho para casa a pé — eu disse suavemente. — Está escorregadio, e...
— Linces — disse de uma só vez e depois riu.
Christopher ficou sóbrio.
— Eu vou ter cuidado, prometo — ele disse, com os olhos demorando-se novamente.
— Tudo certo.
— Tudo certo.
Ele levou os dois passos para baixo até que estava de pé na neve.
— Tranque a porta atrás de mim. Quando eu ouvir um clique, vou.
Eu balancei a cabeça.
— Boa noite, Christopher.
— Boa noite, Dulce.
Eu fechei a porta e cliquei a fechadura no lugar. Caminhei lentamente de volta para o sofá, trazendo o cobertor em torno de mim, enquanto eu estava sentada olhando fixamente para a nossa pequena árvore de Natal. O trailer de repente parecia muito silencioso e solitário. E havia algo errado, algo estava incomodando a minha mente. Eu me senti tensa. Eu precisava fazer alguma coisa, e não conseguia descobrir o que era. Antes que eu pudesse, porém, meus olhos ficaram com sono. Deitei-me e em questão de minutos, estava dormindo.
Eu não acordei novamente até que a luz da manhã de Natal estava brilhando através das janelas do nosso trailer, um coro de passarinhos de inverno estava cantando sua saudação.
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CAPÍTULO 9 POV CHRISTOPHER Estava nevando. Eu estava na janela olhando para o que poderia ter feito outra pessoa suspirar, de admirar a paisagem limpa, branca. Nem sempre nevava no Natal. Alguns diriam que este foi especial. Não eu. Natal. Melancolia rolava através de mim e eu fiz o meu melhor para socá-lo. Era apenas mais um dia no calend&aacut ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 136
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ktya_camposdm Postado em 15/04/2021 - 22:54:22
Amei essa fanfic. Chorei e me emocionei muito com ela😍😍
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manu_amaral Postado em 24/01/2018 - 05:13:41
Mds, nunca li uma fanfic como essa, inclusive me ajudou muito em muitas questões minhas, ela é uma fanfic incrível..
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stellabarcelos Postado em 03/05/2016 - 07:06:12
Beca que fanfic incrível! Tô apaixonada por tudo! Quanto amor! Chorei em várias partes! Mil vezes Parabéns e obrigada por ter adaptado!
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nathycandy Postado em 24/11/2015 - 08:43:24
Ouuuuuu meu amorrrrrrr.....já acabou... .fiquei sumida por esses tempos.....mas vim aqui me atualizar....ameiiiiii o fim....e chorei pois não queria que acabasse....mas como vc falou todas tem um fim e esse foi perfeito!!!
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barken_vondy Postado em 23/11/2015 - 22:50:41
Lindo final, adorei que eles formaram uma familia juntos ;D foi mt linda a historia parabens
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Melicia Postado em 21/11/2015 - 19:19:39
Gostei muito da fic, obrigado por posta-la. Adorei o final, eles tendo filhos, foi lindo.
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LetíciaVondy Postado em 21/11/2015 - 15:05:51
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LetíciaVondy Postado em 21/11/2015 - 15:04:49
Amei muito a fic obg :) vou esperar a proxima concerteza
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Dulce Amargo Postado em 20/11/2015 - 18:56:11
Mil parabéns pela fanfic +_+
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Lêh Postado em 20/11/2015 - 18:29:08
é por que esse site bulina comigo, o bom foi que sofri menos kkk.. gente essa historia é perfeita, muito linda.. parabéns