Fanfics Brasil - 016 Preciso de Você || Vondy (Concluída)

Fanfic: Preciso de Você || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy


Capítulo: 016

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— Eu prefiro ser o banqueiro — disse ele.


Eu fiz uma careta. Eu era sempre o banqueiro. Mas ele era meu convidado depois de tudo. Entreguei-lhe a bandeja de dinheiro.


— E eu sou sempre o sapato — continuou ele.


Bem, isso era inaceitável.


— Eu sou sempre o sapato — eu o informei.


— Oh não, uh uh. Eu sou sempre o sapato.


— Por que você quer ser o velho, sapato de aparência suja afinal? Você não quer ser o carro de luxo? — Eu levantei uma sobrancelha para ele, tentando enganá-lo enquanto segurava o carro para cima e levava minha mão em direção a ela em uma apresentação sublime.


— Não. O sapato representa o trabalho duro. E o trabalho duro leva a riqueza. Eu sou sempre o sapato.


Eu levantei minhas sobrancelhas.


— Por que você quer ser o sapato?


— Porque o sapato parece ser modesto. Ninguém espera que o sapato velho venha atrás e ganhe tudo. Todo mundo mantém um olhar atento sobre o carro de luxo... mas não no sapato. Esse cara, ele voa direito sob o radar, ou caminha conforme o caso pode ser. — Eu pisquei.


Christopher riu, parecendo satisfeito.  — Eu gosto dessa resposta. Mais vamos rolar o dado e ver quem fica com ele.


Eu sorri.


— Certo.


Rolei primeiro o dado. Quatro.


Christopher rolou depois. Três. Ele riu.


— Tudo bem. Você é o sapato. Justo.


Uma hora mais tarde, havíamos sobrevivido a uma quebra da bolsa, estávamos profundamente envolvidos em vários negócios de terras, e eu tinha passado, mais vezes do que eu tinha me mantido caminhando. Christopher estava ganhando e eu não estava feliz. Eu pousei em outra de suas ferrovias malditas.


Ele riu e meus olhos pousaram nos seus.


— O que é tão engraçado?


— Eu nunca teria imaginado que você fosse tão competitiva, Dulce Saviñon. — Ele sorriu, bastante satisfeito com ele mesmo.


— Hrrmph — Eu grunhiu, contando o dinheiro para as ferrovias.


— Monopólio dica: sempre compre as ferrovias em primeiro lugar.


Apertei os olhos para ele.


— Você ainda não está ganhando tanto para começar a me dar um conselho de estratégia vencedora, senhor. — Fiz uma pausa. — Eu nunca compro as ferrovias. Ferrovias são chatas.


— Bem, você deveria. Em comparação com as outras propriedades, o fluxo de receita das ferrovias é mais constante ao longo do tempo. Possuir todos os quatro deles é uma vaca leiteira. Você pode usá-los para financiar seus outros monopólios.


Olhei para ele, fazendo uma pausa. Inclinei a cabeça. Eu sabia que ele estava trabalhando para a bolsa de estudos, mas eu não tinha percebido o quão inteligente Christopher realmente era. E de repente me bateu que ele não poderia ficar aqui. Ele tinha que sair se iria utilizar sua inteligência. Algo que parecia como profunda tristeza encheu-me, eu estava confusa. Ser inteligente não era uma coisa triste, especialmente com a falta dela acontecendo em Dennville, Kentucky.


— Eu não deveria estar dando-lhe todas essas dicas, mas, obviamente — ele passou a mão sobre a placa indicando o fato de que ele estava ganhando — você pode usá-los.


Eu ri.


— Bun/dão — eu murmurei. Ele riu também.


Uma hora depois disso, eu estava completamente falida e praticamente fervendo. Christopher não poderia manter a diversão fora de seu rosto. Era enlouquecedor.


Realmente, porém, eu não tinha me divertido tanto há muito tempo.


— Tudo bem, admito. Você oficialmente já me limpou fora e pendurou-me para secar. Parabéns. — Eu peguei a placa e joguei os pedaços na caixa quando Christopher riu.


— Se você tiver sorte, eu vou te dar uma revanche.


— Hmmph.


Houve uma batida na porta do meu trailer e eu olhei para cima, confusa.


— Quem é? — Disse.


— É Buster.


— Buster... — Eu disse, apressando-se para a porta e abri-la, uma rajada de ar gelado me fez recuar. — Venha aqui. —  Buster era meu vizinho, um dos mais antigos na colina, um estranho, mas um cara bondoso que nos trazia uma cesta de ruibarbo no verão.


— Olá, mocinha — disse ele, sorrindo e puxando o capuz para baixo.


— O que você está fazendo aqui com esse tempo, Buster?


— Só vim para deixar um presente de Natal. — Ele olhou para Christopher.


— Buster, você conhece Christopher Uckermann? Ele vive abaixo da Hill...


— Eu certamente conheço. Oi, filho. Como está sua mãe?


— Olá, senhor. Uh, ela está bem. Não sai muito, você sabe.


Buster franziu a testa.


— Não, não acho que ela faz. — Ele olhou para Christopher por apenas uma batida de tempo. O quê foi aquilo? Olhei para Christopher e ele estava com as mãos nos bolsos e estava olhando para o chão.


— Ah, então, aqui está. — Buster estendeu algo embrulhado em papel de seda branco. Eu tomei dele.


— Você não tinha que fazer isso. — Eu sorri desconfortavelmente, deslocando em meus pés. Eu sabia exatamente o que isto era e eu não queria abri-lo na frente de Christopher. Mas Buster estava ali olhando tão satisfeito e expectante, então eu desembrulhei o tecido e ergui o pedaço de madeira talhada, tentando o meu melhor para não encolher. Eu não pude evitar o calor que senti, fazendo o seu caminho até o meu pescoço, no entanto. Buster talhava peças pornográficas. Até onde eu sabia, ele estava fazendo o seu caminho através do Kama Sutra. Este talhou uma mulher ajoelhando-se na frente de um homem, dando-lhe um boque/te enquanto ele puxava o cabelo dela, a cabeça jogada para trás em ecstasy.


Bem.


— Uau, Buster. Isto é... Muito... Romântico.


Christopher fez um som de asfixia estranho na parte de trás de sua garganta e começou a tossir.


Buster sorriu com ar sonhador.


— Isso é — disse ele. Mas, então, seu rosto ficou preocupado. — Como está Blanca? — Perguntou ele, referindo-se a minha mãe.


— Ela está no hospital novamente.


Ele assentiu com a cabeça.


— Eu imaginei. A vi arrancar daqui com sua faixa. Eu vim correndo e cruzei com a Maite — disse ele, colocando o ‘t’ no final das palavras como todas pessoas da montanha faziam. — Pobre menina estava no chuveiro. — Ele balançou a cabeça. — Fico feliz que eles estão a tratando.


Bem, isso era uma maneira de colocá-lo. Eu apenas assenti.


— Oh hey, eu tenho uma coisa para você, também — eu disse, alcançando uma lata pequena sob a árvore de Natal.


Eu entreguei a Buster e ele sorriu.


— Chá de lavanda. O meu favorito. Você é uma joia, senhorita Dulce.


Eu ri.


— De nada. — Sinceramente, eu fazia chá de lavanda para ele sempre que podia, e não apenas no Natal, porque eu sabia que ele adorava. Portanto, não foi nada muito emocionante. Mas ele foi muito doce para agir como se fosse.


— Bem, vocês dois tenham um Feliz Natal. — Ele puxou o capuz para cima e sorriu para Christopher e então me beijou na bochecha, lábios frios e secos.


— Você também — eu disse.


Deixei Buster lá fora e, em seguida, olhei para Christopher, a arte suja entalhada na minha mão.


— Eu tenho uma coleção deles — eu disse. Christopher jogou a cabeça para trás e riu. Me juntei a ele. — Eu juro, aquele velho tem um parafuso solto. Mas, eu o amo.


Christopher balançou a cabeça, ainda rindo.


— Posso ver isso?


Entreguei-lhe as figuras e ele olhou atentamente para elas, virando-as.


— Droga, Buster tem habilidades loucas de talhar. — Ele não parava de olhar por um minuto, parecendo lembrar de repente que eu estava olhando para ele. Seu rosto ficou sério. Ele limpou a garganta.


Eu coloquei o presente debaixo da minha árvore de pequeno porte e me virei para Christopher, sua expressão intensa e aquecida. Minha pele arrepiou e corou com o calor. Peguei na barra do meu casaco. Eu não sabia como lidar com essa tensão entre nós. Éramos amigos. Certo?


— É melhor eu ir para casa, você sabe, no caso da minha mãe precisar de mim.


Eu balancei a cabeça.


— Sim. Certo. É claro. — Eu olhei para o relógio, notando que era quase dez horas.


Christopher parecia incerto.


— Você tem certeza que vai ficar bem? — Ele perguntou enquanto rapidamente colocava suas meias e pisava em seus sapatos.


— Sim. — Eu sorri. — Eu estou bem agora. Obrigada. — Eu olhei para baixo, sentindo-se tímida novamente por algum motivo. — Muito obrigada.


Ele balançou a cabeça, seus olhos se desviando para os meus lábios antes que ele os empurrasse de volta para os meus olhos novamente. Nós dois mudamos de uma vez, em direção à porta para deixá-lo sair, e ele foi para sua jaqueta que agora estava seco. Ele puxou-a.


Eu abri a porta.


— Tome cuidado em seu caminho para casa a pé — eu disse suavemente. — Está escorregadio, e... 


— Linces — disse de uma só vez e depois riu.


Christopher ficou sóbrio.


— Eu vou ter cuidado, prometo — ele disse, com os olhos demorando-se novamente.


— Tudo certo.


— Tudo certo.


Ele levou os dois passos para baixo até que estava de pé na neve.


— Tranque a porta atrás de mim. Quando eu ouvir um clique, vou.


Eu balancei a cabeça.


— Boa noite, Christopher.


— Boa noite, Dulce.


Eu fechei a porta e cliquei a fechadura no lugar. Caminhei lentamente de volta para o sofá, trazendo o cobertor em torno de mim, enquanto eu estava sentada olhando fixamente para a nossa pequena árvore de Natal. O trailer de repente parecia muito silencioso e solitário. E havia algo errado, algo estava incomodando a minha mente. Eu me senti tensa. Eu precisava fazer alguma coisa, e não conseguia descobrir o que era. Antes que eu pudesse, porém, meus olhos ficaram com sono. Deitei-me e em questão de minutos, estava dormindo.


Eu não acordei novamente até que a luz da manhã de Natal estava brilhando através das janelas do nosso trailer, um coro de passarinhos de inverno estava cantando sua saudação.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 136



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  • ktya_camposdm Postado em 15/04/2021 - 22:54:22

    Amei essa fanfic. Chorei e me emocionei muito com ela😍😍

  • manu_amaral Postado em 24/01/2018 - 05:13:41

    Mds, nunca li uma fanfic como essa, inclusive me ajudou muito em muitas questões minhas, ela é uma fanfic incrível..

  • stellabarcelos Postado em 03/05/2016 - 07:06:12

    Beca que fanfic incrível! Tô apaixonada por tudo! Quanto amor! Chorei em várias partes! Mil vezes Parabéns e obrigada por ter adaptado!

  • nathycandy Postado em 24/11/2015 - 08:43:24

    Ouuuuuu meu amorrrrrrr.....já acabou... .fiquei sumida por esses tempos.....mas vim aqui me atualizar....ameiiiiii o fim....e chorei pois não queria que acabasse....mas como vc falou todas tem um fim e esse foi perfeito!!!

  • barken_vondy Postado em 23/11/2015 - 22:50:41

    Lindo final, adorei que eles formaram uma familia juntos ;D foi mt linda a historia parabens

  • Melicia Postado em 21/11/2015 - 19:19:39

    Gostei muito da fic, obrigado por posta-la. Adorei o final, eles tendo filhos, foi lindo.

  • LetíciaVondy Postado em 21/11/2015 - 15:05:51

  • LetíciaVondy Postado em 21/11/2015 - 15:04:49

    Amei muito a fic obg :) vou esperar a proxima concerteza

  • Dulce Amargo Postado em 20/11/2015 - 18:56:11

    Mil parabéns pela fanfic +_+

  • Lêh Postado em 20/11/2015 - 18:29:08

    é por que esse site bulina comigo, o bom foi que sofri menos kkk.. gente essa historia é perfeita, muito linda.. parabéns


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