Fanfic: Segredos Obscuros (Adaptada) | Tema: Vondy
Dulce mantinha as mãos junto às coxas com força para não deixar transparecer que tremiam, nem quanto estava nervosa.
- Como assim, você me libertará? Sou seu prisioneiro, Dulce? – perguntou ele. Usou o primeiro nome dela com zombeteira familiaridade, como se tentasse instigá-la a um novo desafio.
- O que eu quis dizer está bastante claro. Sim, salvei sua vida e, quando você estiver bem o bastante, seguirá o seu caminho e eu, o meu – respondeu ela com o que esperava soar como indiferença. Na realidade, estava completamente abalada. Virou-se para preparar o chá, incapaz de continuar a observá-lo.
Céus, ele era magnífico! O fogo iluminava seus cabelos, contrastando com os traços fortes e marcantes do rosto, e com a barba por fazer. Quanto aos olhos, ela vira a cor ainda no calabouço, mas ele obviamente não estivera totalmente desperto. Não notara na ocasião a sensualidade naqueles bonitos olhos de um azul intenso e profundo.
Dulce nunca estivera a sós com um homem, mas Rhys havia falado com freqüência da natureza animalesca deles. Afinal, ela não passara os últimos anos trancando a sua porta para se proteger do desejo de um embriagado Drystan?
E agora ela mesma se colocara numa situação em que se via completamente a sós com um estranho, que embora estivesse fisicamente fraco, tinha uma expressão nos olhos que mostrava sua força. Quando ele se recuperasse poderia fazer o que quisesse com ela, violentá-la, matá-la, largar seu corpo onde ninguém jamais o encontraria. Não fazia ideia de quem ele era, ou de onde vinha, e censurava a si mesma por sua tolice, um misto de instinto maternal por uma pessoa indefesa e de noções bobas de afeição por um homem adormecido a fizeram o ajudar.
A água ferveu. Com mãos trêmulas, ela preparou o chá e serviu-o o mais depressa que pôde, tomada pela súbita necessidade de deixar o espaço confinado da cabana.
- Preciso buscar algo, não vou demorar.
Ela recostou-se na carroça, ofegante.
O que havia feito?
Não houve tempo para recobrar a compostura. Lóchrann apareceu à porta, quase preenchendo toda a abertura com sua figura alta e ombros largos. Apoiou-se no batente, obviamente fraco, mas estava determinado a obter respostas. Ainda nu, segurava uma manta de peles em torno dos quadris.
Dulce arregalou os olhos. As pernas dele eram compridas e musculosas, o abdômen firme, o peito largo. Viu-o curvar os lábios de leve e os olhos continham um ar inquiridor.
- Com certeza você já viu tudo o que Deus me deu, Dulce. Por que fica então corando, encabulada?
- Fiz o papel de enfermeira, não de libertina.
- Não estou diminuindo a maneira como cuidou de mim, estou vivo e sou grato pelo jeito como me tratou.
Dulce desviou os olhos. Ele tinha razão. Vira cada pedacinho de seu corpo, e até o tocara, algo que a envergonhava. Mas quando estivera inconsciente, não o achara tão desconcertante.
- Cubra-se.
- Com prazer. Onde estão as minhas roupas? – Ele tocou o peito, logo acima do corte. – E eu também usava um medalhão numa corrente.
Dulce vasculhou a traseira da carroça e apanhou o camisolão, as meias e o manto que furtara do pai. Entregou-os a Lóchrann sem fitá-lo nos olhos.
- Essas roupas não são minhas.
- Você estava nu quando eu o encontrei. – ela sabia que suas palavras desencadeariam mais perguntas, mas não havia outra explicação a dar. – E não vi nenhum medalhão.
Ele pareceu frustrado, confuso.
- Onde, afinal você me encontrou, Dulce?
Ela hesitou. A verdade era horrenda, se a contasse ele sentiria repulsa dela. Como todos os homens do vilarejo. Mas mentiras eram para covardes.
- Você foi levado ao nosso velho casarão, despido e considerado morto.
- Quem me levou para lá?
Dulce respirou fundo e fechou os olhos antes de responder:
- Os ladrões de cadáveres.
Meninas, desculpem a demora novamente, sei que isso é chato, estava sem tempo, mas tentarei postar uma vez na semana, ok? Irei postar outro capítulo. Comentem se puderem.
Autor(a): Soyezinha
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Christopher lutou contra a forte tontura e as pernas fraquejaram tanto que tremeram com o esforço de sustentá-lo. Ladrões de cadáveres. Sim, já ouvira a respeito. Eles tiravam corpos de criptas e túmulos a fim de vendê-los. Ele correu os olhos pela paisagem, notando sob o céu cinzento as colinas secas e sem vida, as &a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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evelyncachinhos Postado em 10/05/2019 - 10:11:53
Aaaaa Continua pff
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safira_ Postado em 28/06/2016 - 15:57:10
Ei posta mais,amooo muito essa fic
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emyvondysavinon Postado em 27/06/2016 - 19:12:42
EIIIII!!! Posta mais POR FAVOR! Odeio quando abandonam ainda mais uma fanfic boa dessa!!
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emyvondysavinon Postado em 04/06/2016 - 10:49:39
Posta Mais!!! Abandona Não!!!
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juhcunha Postado em 26/02/2016 - 00:01:44
Posta mais
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talila Postado em 14/02/2016 - 18:18:44
leitora nova!!! Estou apaixonada por essa fic, ela e maravilhosa diferente de td q ja li, AMANDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!CONTINUA.......
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♛Lyce♛ Postado em 18/01/2016 - 10:51:57
Tudo bem,o importante é vc posta eu amo essa fic sou viciada. Continua eu sempre vou está aqui esperando mais um cap maravilhoso.
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juhcunha Postado em 17/01/2016 - 21:51:06
Ate que fim posta maisss quero beijo vondy logo
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millamorais_ Postado em 11/12/2015 - 14:38:53
Ahhh que bom que apareceu, já tava ficando preocupada, achando que ia abandonar a fic rsrs continuoa
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♛Lyce♛ Postado em 11/12/2015 - 12:23:59
Eu estava com.tantas saudades dessa fanfic amo demais,Christopher já estava pensando em abandonar tudo e ficar com Dulce Rsrsrsrsrsrsrs que poder de sedução e esse que ela desconhece?amei,quero vê o relacionamento dos dois como vai ser daqui em diante,me diz ela vai contar o que o pai dela fazia com os mortos?pq eu estou mega curiosa,continua gatinha.