Fanfic: Efeito dos Namorados *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capítulo Dois

De pé ao lado de Poncho na fila da cafeteria, Anahí estava hiper ciente da imensa presença ao lado dela, o calor que expandia fora de seu corpo, o odor másculo e de serragem na sua pele.

Ela olhou abaixo em suas botas, notou novamente a camada de pó, e tentou compreender por que um mecânico cheirava como um carpinteiro. Agora que eles estavam do lado de fora da sala de aula, um silêncio desconfortável caiu entre eles.

Ela procurou por algo inteligente pra dizer.

- Dia ocupado?

Oh, isso era brilhante.

- Eu parei de trabalhar na garagem cedo, uma das vantagens de ser proprietário, e ajudei um amigo em uma reforma de construção. Ele está acrescentando um quarto à sua casa.

Poncho escovou sua luva e motes de serragem tremularam fora dele como manchas de ouro.

- Tomou mais tempo que eu pensei. Eu me limparia primeiro, mas eu não quis atrasar a reunião com você.

- Sinto muito afastá-lo de seu trabalho.

- Não, eu não sinto.

"Eu não sinto."

Ele repetiu seu pensamento em voz alta e seu coração sacudiu no eco inesperado. Anahí girou em direção a ele, olhando para cima até encontrar seus olhos.

Pesadas pálpebras, sensuais, olhos verdes que olhavam nela com interesse definido.

- Eu estou contente por ter encontrado você, e não só para conversar sobre meu filho. - Ele riu. - Eu estou forçando a barra, não é?

Ela balançou a cabeça, seu olhar ainda a enredando.

Acabei de balançar minha cabeça? Eu acabei de dar a ele um sinal pra se aproximar?

- Não. Eu... É bom. O café. E a conversa. - Uma risadinha nervosa estourou de sua boca nas frases formais, que era tudo que podia administrar.

Seu sorriso largo mostrou uma resposta de bonitos dentes brancos e um flash de covinha em sua bochecha esquerda. Ele apertou sua mão contra suas costas, a levando pra frente, e Anahí percebeu que a fila na frente deles andou.

Ficou tão focada em seu rosto, que ela teria ficado parada no lugar para sempre se ele não a cutucasse. O ponto de contato entre eles queimava como fogo, mesmo após retirá-la.

Sua reação era desproporcional para um mero toque, mas não podia controlar a resposta imediata do seu corpo para este homem magnífico.

"Eu sou tão patética."

Depois que pediram - ela, um mocha cappuccino, ele, expresso - eles esperaram em silêncio pelo café. Anahí olhou fixamente para os biscoitos e bolachas, para uma pilha de CDs de uma banda local, a tabela de preços na parede.

Olhou fixamente para tudo, porém o que realmente queria olhar fixamente era para os peitorais duros como pedra, esticados em sua camiseta cinza na altura dos olhos, se ela girasse ligeiramente para sua esquerda.

Poncho a escoltou para uma mesa para dois, próxima à janela, a guiando com uma mão nas suas costas.

Oh, ele podia manter aquela mão lá para sempre que ela não estava preocupada.

Ele deixou seu café na mesa e puxou sua cadeira com cortesia antiquada.

- Obrigada.

Anahí pôs sua bolsa de lado e se acomodou na cadeira, ajustando sua saia e desejando que tivesse mais que uns minutos sozinha em seu carro para verificar sua maquiagem e cabelo no espelho retrovisor.