Fanfic: ♥ UMA PROVA DE AMOR (VONDY) ♥ TERMINADA

Um telefone começou a tocar em algum lugar, resgatando Christopher das trevas daquele segundo de pesadelo, para descobrir que estava parado no banheiro, olhando fixo para os azulejos de cerâmica que recobriam o piso, para onde escoava a água do seu corpo, formando uma poça ao redor dos pés.

Christopher ergueu a cabeça e avistou sua face no espelho. Não era ele. Era como olhar para um estranho. Um homem sem cor e sem calidez.

Apenas Dulce poderia fazer isso com ele. E a pedira em casamento novamente?
Puxando um roupão de banho, obrigou-se a caminhar sobre pernas que pareciam insolitamente enrijecidas, como se houvesse acabado de correr uma maratona. Talvez o fizera — correu uma maratona através da agonia, mentiras e decepção.

Christopher deixou a jaqueta na cadeira, perto do elevador. O celular estava dentro de um dos bolsos, e a passos largos transpôs o apartamento para pegá-lo. A chamada era de Thomas, seu assistente. Enrugou a testa pelo tardar da hora e sentiu um estalo duro de irritação, porque se Thomas ainda se encontrava no escritório, então provavelmente estava tendo muito trabalho ao tentar acompanhar o seu nível durante a sua ausência.

Estava para terminar a ligação quando Dulce apareceu. Vestia aquele exíguo pijama azul sob uma fina tira de algodão azul, que pendia aberta a sua frente. O rosto enfezado e brilhante, o cabelo enrolado no alto da cabeça, deixando o pescoço esguio exposto. Os olhos eram como hematomas escuras engastadas num fundo de porcelana branca, e a boca parecia miúda, apertada e... rosa.

A fome rosnou dentro dele, acompanhada de uma autocomiseração que envolvia a si mesma como uma faixa de aço em torno do peito dele. Voltou as costas para Dulce para escutar, num silêncio implacável, o que quer que Thomas lhe perguntava. O pobre-diabo soava embaraçado e enfraquecido. Christopher conhecia ambos os sentimentos. Dulce ainda estava ali; Christopher imaginou o que ela queria.

— Apenas me deixe por essa noite. Thomas — ordenou tranqüilamente. — Os negócios não vão descer pelo ralo se você for para casa dormir um pouco.

Terminou a ligação e jogou o celular na jaqueta, depois teve que flexionar os ombros antes de poder convencer a si mesmo a se virar e encarar Dulce outra vez.

— Sinto muito por me intrometer — desculpou-se rigidamente. — Mas nós deixamos minhas compras no carro e eu preciso pendurar a minha roupa...

Um telefone começou a tocar em algum lugar, resgatando Christopher das trevas daquele segundo de pesadelo, para descobrir que estava parado no banheiro, olhando fixo para os azulejos de cerâmica que recobriam o piso, para onde escoava a água do seu corpo, formando uma poça ao redor dos pés.

Christopher ergueu a cabeça e avistou sua face no espelho. Não era ele. Era como olhar para um estranho. Um homem sem cor e sem calidez.

Apenas Dulce poderia fazer isso com ele. E a pedira em casamento novamente?
Puxando um roupão de banho, obrigou-se a caminhar sobre pernas que pareciam insolitamente enrijecidas, como se houvesse acabado de correr uma maratona. Talvez o fizera — correu uma maratona através da agonia, mentiras e decepção.

Christopher deixou a jaqueta na cadeira, perto do elevador. O celular estava dentro de um dos bolsos, e a passos largos transpôs o apartamento para pegá-lo. A chamada era de Thomas, seu assistente. Enrugou a testa pelo tardar da hora e sentiu um estalo duro de irritação, porque se Thomas ainda se encontrava no escritório, então provavelmente estava tendo muito trabalho ao tentar acompanhar o seu nível durante a sua ausência.

Estava para terminar a ligação quando Dulce apareceu. Vestia aquele exíguo pijama azul sob uma fina tira de algodão azul, que pendia aberta a sua frente. O rosto enfezado e brilhante, o cabelo enrolado no alto da cabeça, deixando o pescoço esguio exposto. Os olhos eram como hematomas escuras engastadas num fundo de porcelana branca, e a boca parecia miúda, apertada e... rosa.

A fome rosnou dentro dele, acompanhada de uma autocomiseração que envolvia a si mesma como uma faixa de aço em torno do peito dele. Voltou as costas para Dulce para escutar, num silêncio implacável, o que quer que Thomas lhe perguntava. O pobre-diabo soava embaraçado e enfraquecido. Christopher conhecia ambos os sentimentos. Dulce ainda estava ali; Christopher imaginou o que ela queria.

— Apenas me deixe por essa noite. Thomas — ordenou tranqüilamente. — Os negócios não vão descer pelo ralo se você for para casa dormir um pouco.

Terminou a ligação e jogou o celular na jaqueta, depois teve que flexionar os ombros antes de poder convencer a si mesmo a se virar e encarar Dulce outra vez.

— Sinto muito por me intrometer — desculpou-se rigidamente. — Mas nós deixamos minhas compras no carro e eu preciso pendurar a minha roupa...

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