Fanfic: ♥ UMA PROVA DE AMOR (VONDY) ♥ TERMINADA

— Essa casa não vai ser uma outra Villa Uckermann, vai? — Dulce interrogou dubiamente.

— Espere e verá. — Christopher sorriu, e aquele era um dos sorrisos de dentes brancos, provocantes e espontâneos, que arrebatavam o coração vulnerável de Dulce.

Ela parecia vulnerável hoje. Sentia-se macia e serena, e inacreditavelmente feminina. Foi a sensação mais esquisita, embora morna e tranqüila. Até seu encontro com o médico, ela estava uma pilha de nervos de tanta excitação e medo. Estava apavorada, mas agora se sentia alegre também.

— Você está tão bonita hoje — Christopher murmurou com a voz rouca.

Poderia notar como estava sentindo?

Dulce teve que presumir que sim porque, mesmo quando pensava que odiavam um ao outro, Christopher ainda podia sintonizar em cada pensamento e cada emoção dela, como se pertencessem a ele. E talvez fosse isso mesmo.

Atravessaram uma alameda até a entrada de chão batido que os conduziu ao longo dos pastos, os quais deram lugar ao mais perfeito vale, com bosques e pradarias, e um córrego estreito. A primeira vista da casa, Dulce engasgou.

— Como você encontrou isso? — perguntou, sem fôlego.

— Ela me pertence. — Lançou para Dulce um sorriso torto. — Me foi deixada de herança pelo meu avô materno.

— A sua mãe morava aqui?

— Não se mostre tão chocada — zombou. — Ela não era uma Uckermann até que casasse com um — relembrou a Dulce, sarcasticamente. — Ela era uma Cassillas; eram grandes fabricantes de vinhos — completou. — Possuíam grandes propriedades de terras nestes arredores, e produziam um dos melhores vinhos da Toscana. Quando a indústria teve que se modernizar, para acompanhar o fabricantes de vinho do Novo Mundo, meu avô decidiu que era velho demais para uma mudança tão radical, e por isso vendeu os vinhedos, mas preservou a casa com um amplo pedaço de terra a circundá-la. Quando éramos crianças, todos nós amávamos ficar aqui, porque nos permitia uma espécie de liberdade que nunca nos seria permitida no centro de Florença.

Dulce podia compreender por quê. Este belo lugar era um refúgio para crianças.
Então lá estava a casa.

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