Fanfic: ♥ UMA PROVA DE AMOR (VONDY) ♥ TERMINADA

Piscou, o cérebro faminto de sono não percebeu que estavam do lado de fora do quarto da irmã, a porta fora cerrada tão silenciosamente que ela nem ouviu.

— O bebê — murmurou, balançando a mão decididamente descoordenada, na direção do berçário, — eu quero...

— O bebê está bem — assegurou Christopher. — Tenho estado com ela desde a última hora que você passou com Anahi.

Última hora? Dulce piscou novamente. Christopher passou uma hora inteira com o bebê? A cena reproduzida na sua mente simplesmente não correspondia, de modo algum, ao homem o qual ela pensava que conhecia.

— Observei a enfermeira cuidar dela, depois me deixaram segurá-la por um tempo...

Alguma coisa recobriu o semblante dele, uma onda de emoção desenfreada, que enfatizaVa o círculo de dor que lhe contornava a boca.

A culpa assaltou o coração angustiado de Dulce com um súbito aperto agarrado. Este homem acabou de perder o irmão amado mas, ao passo que ela se quedou com egoísmo. Absorvida nos apuros da irmã, Christopher ficou ocupado demais alentando os outros para lidar com a própria sensação de perda.

Estava vivendo em brumas desde que chegou aqui, mas Christopher dividiu seu tempo entre reconfortar a mãe ou uma das duas irmãs, todas abaladas pelo luto, e dar assistência a Dulce.

Agora aqui estava ele, fazendo o que fazia melhor: encarnando o forte varão Uckermann. Mas dentro dos olhos dele, Dulce viu a desolação sob os cílios lustrosos. Também testemunhou outra imagem dolorosa dele, se esquivando para longe com o intuito de ir ao berçário segurar a minúscula garotinha. o único elo de ligação que lhe restava com o irmão. O coração doeu novamente, tudo doía, tanto por Christopher quanto por si mesma.

— Oh, Christopher — murmurou, enquanto o impulso a fazia dar um passo para mais perto dele, com palavras de solidariedade que estremeciam na sua garganta.

— Aqui — segurava ele. — Vista isso...

Entregou-lhe o casaco. Dulce olhou aquilo fixamente, ciente de que acabara de levar outra porta fechada com estrépito na sua cara de novo. E por que não? — inquiria a si própria friamente, à medida que engolia aquelas palavras de consolo, e sentia o tremor que as acompanhava descer tiritando até os pés.

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plix