Fanfic: ♥ UMA PROVA DE AMOR (VONDY) ♥ TERMINADA

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Por um momento, pensou que Dulce iria recusar. Ela olhou de volta para a irmã, com lágrimas cintilantes arrastando uma película sobre os olhos, o que dilacerou Christopher em frangalhos por dentro, porque sabia que aquelas lágrimas demonstravam o início da conformação.

Uns poucos segundos após, Dulce permitiu que Christopher concluísse a separação, permitiu que cercasse a sua cintura com o braço e a auxiliasse a se pôr de pé. Agora os outros afluíam na direção dela, se aglomerando a sua volta com os braços estendidos para abraçá-la, murmurando frases lacrimosas de condolências; a mãe de Christopher com uma aparência deplorável, as irmãs chorosas e os maridos de rostos sóbrios, cada um teve a sua vez.

Dulce aceitou os abraços de dentro de um casulo de perplexidade aturdida, e agarrou firme a mão de Christopher.

Anahi se foi. Poncho e Anahi. Seria certo usar seus nomes juntos assim, agora?

Levantou os olhos até Christopher, que permanecia grande e soturno como um guardião ao seu lado; o belo rosto travado de novo, a boca cruel, os olhos cálidos. Não era o tipo de rosto para o qual se fizesse tal pergunta, pensou Dulce e deixou que ele a conduzisse pela porta, deixando a irmã cercada pelas pessoas que sempre a amaram indistintamente. Havia consolo nisso, de algum modo..

— O bebê — disse ela, no corredor.

— Agora não.

Christopher respondeu e a manteve em movimento... afastando-a rumo aos elevadores, depois para baixo e, através do vestíbulo no andar térreo, direto para a luz do sol da tarde alta lá fora. Estava frio e Dulce tremeu. Viu que Pedro estava lá, com uma aparência solene ao abrir a porta dianteira do grande automóvel prateado.
Christopher conduziu Dulce para dentro, e então a seguiu. Quase tão rápido quanto a porta se fechou atrás de si, Christopher estendeu as mãos para alcançar a dela, trazendo Dulce para os seus braços.

Permaneceram assim durante o tempo que Pedro levou para transportá-los até o apartamento, Dulce frouxamente recostada nele, perdida em alguma parte em meio às brumas de choque, enquanto Christopher lhe oferecia o que acreditava instintivamente que ela precisava — a sua força silente.

Continuou a apertá-la junto a si, conforme cruzavam o vestíbulo do bloco do apartamento; a manteve envolta nos seus braços enquanto subiam pelo elevador. Quando chegaram ao apartamento, Dulce repentinamente se soltou e se encaminhou direto para o quarto. Christopher precisou gastar uns poucos instantes para deter aquilo que ameaçava se libertar de dentro dele, depois seguiu Dulce, com a intenção de se assegurar que estava bem, antes de deixá-la a sós com o seu pesar.

Porém, as coisas não funcionaram bem assim. Uma espiada em Dulce ali prostrada, encolhida no meio da cama e Christopher foi logo chutando os sapatos fora, arrancando o paletó e a gravata, e se juntando a ela.

O modo como Dulce aceitou seus braços enquanto a tragavam foi realmente patético, e tornou quase impossível não verter lágrimas com ela quando começou a chorar silenciosamente. Assim que Dulce finalmente se aquietou, Christopher estendeu as mãos e puxou fora a colcha, cobrindo a ambos.

— Eu não... — ela esboçou um protesto.

— Você está tremendo de frio — interrompeu Christopher. —Fique aqui comigo, assim, por um tempinho. Logo que você se aquecer um pouco, eu saio e deixo você em paz.

— Eu não quero que você saia.

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