Fanfic: Um Amor de Bebê s2 AyA adaptada (Terminada)

Apesar de ter recebido caixas de fraldas descartáveis, roupas e alimento infantil em função do artigo publicado no jornal, sabia que a única coisa que Alfonso recebera por conta da publicidade fora constrangimento. A padaria de Bea e Millie atraíam um grande segmento da população de Freemont Springs, e os clientes comentavam sobre o deses­pero de Alfonso Wentworth para recuperar sua reputação de solteiro inatingível.

E fora através desses mesmos clientes que descobrira que, apesar da informação que oferecera, a família Went­worth ainda não localizara Sabrina.

—Bem — Bea levantou-se e chegou mais perto do retrato —ainda acho que Alfonso Wentworth devia encontrar uma boa mulher e acomodar-se.

—Sabe muito bem que não estou interessada nele... — calou-se, notando uma evidência incriminadora escapando de debaixo do travesseiro sobre a cama ainda desfeita.

O casaco de pele de carneiro de Alfonso Wentworth.

Em pé, controlou-se e não fez nenhum movimento para aproximar-se da cama. Bea certamente veria o casaco, e há alguns dias Anahí jurara tê-lo devolvido.

Pretendia mesmo devolvê-lo, especialmente depois de a amiga tê-la encontrado enrolada nele enquanto amamenta­va o bebê. Anahí o vira sobre uma poltrona na primeira noite que passara em casa depois de sair da maternidade, e o jogara sobre os ombros durante a mamada das duas da madrugada. Através da flanela fina da camisola sentira o conforto oferecido pela pele macia.

Chegou mais perto da cama, movendo-se bem devagar. Se Bea soubesse que ainda tinha o casaco, ninguém mais a demoveria da intenção de aproximá-la de Alfonso.

Olhou para a jaqueta mais uma vez. Seria melhor em­purrá-la para baixo do travesseiro, ou jogá-la no chão do outro lado da cama?

—   Fale-me um pouco mais sobre esse novo lugar que encontrou para morar. — Bea virou-se de repente. — Disse que alugou metade de um duplex?

Anahí fez um grande esforço para não olhar para o casaco.

—Foi muita sorte — disse. Era verdade. Apartamentos aratos na próspera Freemont Springs eram quase inexistentes. — O sr. Stanley parece ser uma boa pessoa.

— Oh, sim, desde que não faça barulho, economize energia eletrica e não produza mais que um saco de lixo por semana.

Anahí suspirou. Havia essa preocupação. O homem impu­sera algumas regras que ela e o bebê teriam de respeitar. Só lamentava que fraldas descartáveis não pudessem ser compactadas como latas de alumínio.

O suspiro de Bea foi um eco do dela.

—  Você precisa de um homem, e não me refiro a Ralph Stanley.

Um homem? Não podia pôr em risco o coração mais uma vez, não depois de ter sido abandonada por Evan de maneira tão fria e irresponsável.

—  Já tenho o único homem de que preciso. Ele tem três semanas de idade e está dormindo como um anjo. — Era impossível não sorrir quando falava sobre o filho.

Bea também sorriu.

—  Seu bebê é mesmo um anjo. — E aproximou-se do berço.

Anahí deu mais alguns passos na direção da cama. A man­ga do casaco de Alfonso Wentworth podia ser vista sob o travesseiro, e seus dedos encontraram o tecido frio e im­permeável que cobria a pele de carneiro.

—  O que temos aqui?

A voz de Bea a fez pular. Assustada, virou-se para a mulher, usando o próprio corpo para impedi-la de ver o casaco. Entre os dedos de sua amiga e protetora havia uma chupeta.

Bea olhou para Anahí e balançou a cabeça.

—  Meu marido nunca gostou da ideia de dar chupetas aos nossos filhos.