Fanfic: Um Amor de Bebê s2 AyA adaptada (Terminada)

O ombro roçou o dela. De repente Anahí se deu conta de que Alfonso estava perto demais. Embora houvessem concordado com um casamento assexuado e temporário, naquele momento, com a porta fechada, o corpo roçando o dela, sua presença sugeria intimidade e calor.

—   Sobre... sobre o meu quarto... — Tinha de deixar claro que pretendia dormir ali. Evelyn a levara para conhecer os aposentos de Alfonso, do outro lado do corredor, e não conseguira fazer mais do que sorrir antes de fugir apressada
da atmosfera máscula e perfumada da suite dominada por uma imensa cama de casal.

Tinha de deixar claro que não pretendia dividir com ele aquela cama.

—   O que é aquilo?

A voz de Alfonso a assustou. Ele havia se afastado do berço para examinar a superfície da pequena escrivaninha colocada perto da janela. Em cima dela havia uma pilha de exemplares da revista Business Week e Wall Street Jour­nal daquele dia.

Satisfeita por poder abandonar temporariamente a dis­cussão sobre as acomodações noturnas, Anahí sentou-se na cama ao lado do berço e afagou os cabelos do filho.

—   Trouxe um material de leitura que preciso estudar.
Alfonso examinou rapidamente os exemplares.

—   Você assina esse tipo de publicação? — E franziu a testa. — E incrível como não a conheço. Não sei quase nada a seu respeito.

Aquela seria uma excelente oportunidade para dizer que tudo que ele precisava saber era que não a teria em sua cama. No entanto, quando abriu a boca, Anahí começou a contar coisas sobre sua vida que não pretendia revelar.

—   Estava cursando uma universidade estadual em Los Angeles. — Até que Evan, pai de Poncho e aluno do último ano de Administração de Empresas, se negasse a assumir a responsabilidade pelo bebê. Evan acreditava tanto em estatísticas que se negou a aceitar o fato de terem sido pegos na minúscula faixa de probabilidade de erro do método anticoncepcional que utilizavam. — Estou a três semestres da graduação. Contabilidade. — Devia ter escolhido outro curso, algo relacionado a contos de fadas, por exemplo. Por­que apesar da infância solitária, ou talvez por causa dela, acreditara neles até ouvir Evan revelar que não a amava de fato. E como se não bastasse ele a acusara de tentar envolvê-lo com uma armadilha barata. Que belo príncipe!