Fanfic: Um Amor de Bebê s2 AyA adaptada (Terminada)

A cama de solteiro desaparecera do quarto do bebê. Alfonso notou a mudança imediatamente. Em seu lugar surgiram um enorme baú de brinquedos e uma cadeira de balanço... e o cavalo de madeira que o transportara em mais aventuras ima­ginárias do que podia recordar. Quando Biackie perdera o encanto por não poder mais embalá-lo como antes, tornara-se o confidente de seus segredos infantis, companheiro de planos de vingança contra o irmão mais velho, Jack, e finalmente, nos anos que antecederam a adolescência, uma espécie de cabide para as roupas que detestava guardar no armário. Com dois dedos, Alfonso cumprimentou o velho e querido amigo. E sorriu. Poncho amaria Biackie.

—   Não está entendendo! — Anahí insistiu em voz baixa, segurando-o novamente pelo braço para levá-lo à suite prin­cipal, onde ele dormia.

Oh, não!

Podia sentir o cheiro da irmã no ar. Joseph Wentworth podia ordenar que os criados tirassem do sótão velhos brin­quedos e mudassem móveis de lugar, mas somente Josie teria escolhido o arco-íris de camisolas de seda espalhadas sobre a cama.

Sua cama!

De repente o quarto parecia menor, como se as paredes ameaçassem sufocá-lo.

Podia quase ouvir a voz do avô. Queria um casamento, meu rapaz? Pois agora tem um casamento de verdade!

Joseph e Josie não podiam saber que ele e Anahí jamais haviam estado na mesma cama. Não podiam advinhar que na noite de núpcias a noiva dormira na cama estreita do quarto do filho, em vez de deitar-se a seu lado e entregar-se como convinha a uma esposa amorosa.

Seria errado contar as camisolas?

—   O que vai fazer a respeito disso? — Anahí perguntou irritada.

Eram nove.

Ele a encarou. E notou que ainda respirava com dificul­dade. O que fariam?

Desistiriam.

Seguro. Fácil. Joseph já devia suspeitar da verdade.

Um casamento falso. De onde havia tirado essa ideia?

A verdade custaria o adiamento de seus planos, mas ainda poderia garantir o futuro de Anahí e Poncho. Decidido, abriu a boca para anunciar sua decisão...

E soube que ela não aceitaria o dinheiro. Não depois de vinte e quatro horas de casamento fracassado.

—   E então? O que vamos fazer? — ela repetiu a pergunta.
Os olhos brilhavam e havia um rubor ardendo em seu rosto.

Como o desejo que aquecia seu sangue. Como o anel que pesava em seu dedo, uma promessa doce e sedutora.

—   Vamos dormir juntos — disse.