Fanfic: Um Amor de Bebê s2 AyA adaptada (Terminada)

Culpa de Jack... Irmãos mais velhos não deviam morrer aos trinta e cinco anos. Não num ataque terrorista, numa explosão de um navio petroleiro na costa de Qatar.

Culpa do avô. Disposto a descobrir os detalhes em torno da morte de Jack, Joseph Wentworth seguira para Washington, e nesse momento devia estar destruindo as últi­mas partículas de alegria natalina dos infelizes membros do governo que não haviam sido sensatos o bastante para escapar antes de serem encontrados por ele.

Culpa de Josie. Por precaução, Alfonso incluiu o nome da irmã recém-casada na lista dos responsáveis por sua infelici­dade. Juntos, todos haviam permitido que a responsabilidade pela companhia de petróleo da família caísse sobre seus ombros.

Depois da morte de Jack, Alfonso tentara afastar-se de­finitivamente da empresa, mas o avô conseguira manipulá-lo mais uma vez. Alguns comentários sobre "os poucos anos de vida que lhe restavam" e a "falta que Jack fazia à família", e Alfonso descobrira-se novamente sentado atrás daquela maldita escrivaninha.

O pior de tudo era que todos sabiam que Joseph ainda dispunha de pelo menos vinte e cinco anos de vida, e todos seriam dedicados à Wentworth Oil Works. E se nunca des­cobrissem a razão da morte de Jack, se nunca localizassem o bebê que ele havia concebido antes de morrer, Joseph precisaria da empresa para sobreviver.

E Alfonso precisava escapar dela. Com Jack morto, e Josie casada com o rancheiro Max Cárter, a única coisa que queria era cuidar da própria vida e perseguir seu sonho. Um homem não podia construir um estábulo cheio de quar­tos de milha campeões de um escritório na cobertura do Edifício Wentworth.

Alfonso manobrou a caminhonete para sair do hospital e consultou o relógio. Nove e quarenta e cinco. Pelo menos estava mais perto da meia-noite. Dentro de pouco mais de duas horas começaria um novo ano, e nesse ano novo es­perava que o avô voltasse a se concentrar nos negócios da família, em vez de viver em função de uma tragédia.

Se ao menos Sabrina, a tal grávida, aparecesse...

Grávida.

Anahí invadiu sua mente com aquele sorriso doce, o rosto delicado marcado pela dor e os olhos azuis cheios de medo e esperança.

Não era de sua conta.

O problema não era dele.

Seu lugar era em casa com um copo de uísque na mão e o controle remoto da tevê na outra.

Mas o cérebro se recusava a assumir o controle de suas ações, e quando percebeu já estava voltando para perto da entrada de emergência.

Alguma inteligência rara no Travis County Hospital pin­tara faixas coloridas no chão para guiar os visitantes pelo labirinto de corredores que levava às diversas alas. A ca­minho da maternidade, Alfonso passou diante da lancho­nete pela quarta vez e acabou encontrando a psiquiatria.

Mantenha a cabeça baixa, disse a si mesmo, desviando os olhos da enfermeira que o observava com curiosidade e concentrando-se nas tiras coloridas que cobriam o chão. Era loucura seguir a desconhecida daquela maneira. Desafiar o destino não era uma prova de bom senso.

As paredes pintadas em rosa e azul indicaram que final­mente havia encontrado o lugar certo. Uma mulher vestida de branco permanecia sentada atrás de uma mesa, e ela ergueu as sobrancelhas ao vê-lo entrar na área deserta.

comentem por favorrr1!!!!!