Fanfic: Um Amor de Bebê s2 AyA adaptada (Terminada)

Anahí levou o talão de cheques em sua visita à cidade, mas aparentemente as lojas de Freemont Springs haviam sido avisadas sobre seu novo status. Os alimentos e os uten­sílios domésticos que comprou no supermercado foram cre­ditados na conta dos Wentworth.

Às seis da tarde tinha uma caçarola fervendo no forno, salada verde e cerveja na geladeira. Talvez não fossem essas as preferências de Alfonso, mas era tudo que Anahí sabia preparar. E sabia que ele apreciaria o esforço.

Também mudara um pouco a pequena saleta contígua à cozinha. O sofá de vinil rachado fora coberto por uma colcha artesanal que encontrara na loja de artesanato local.

Também havia sido lá que encontrara o quadro emoldu­rado e a tapeçaria simples de cores vibrantes. Na parede, os acessórios haviam dado vida nova à sala sem atrativos.

Uma vasilha com maçãs vermelhas e verdes ocupava o centro da mesa da cozinha. Sua velha televisão preto-e-branco estava num canto da saleta, sobre um caixote de madeira coberto por um xale. Anahí sorriu novamente. O lugar havia adquirido um ar mais aconchegante e atraente.

Pelo menos para ela. Sabia que Alfonso estava acostu­mado com ambientes mais finos e elegantes, decorados por profissionais famosos e com peças raras e caras, mas estava certa de que ele saberia reconhecer seu esforço.

Deslizou as mãos pela camisa e ajeitou-as dentro da calça jeans. Aproveitara a oportunidade para exercitar-se um pouco, e ainda teria a chance de mostrar a Alfonso que não era uma inútil. Com os dedos, ajeitou os cabelos que emolduravam o rosto iluminado por um toque de rímel, blush e batom.

Poncho, limpo e alimentado, parecia satisfeito por poder apreciar o cenário da cadeira infantil colocada sobre um dos balcões da cozinha.

O som de um motor anunciou a chegada de Alfonso.

Preparou-se para recebê-lo com um sorriso, mas ele não parecia estar bem-humorado. Depois de fitá-la por alguns instantes, resmungou alguma coisa em resposta ao cumpri­mento entusiasmado com que fora recebido.

Não elogiou o ambiente. Não sentiu o cheiro da comida. Não beijou a testa de Poncho. Apenas desapareceu no cor­redor que levava ao quarto ocupado por ele.

Anahí ouviu o som do chuveiro. Desligou o forno e arrumou a mesa. Ele retornou, fitou-a novamente por alguns instan­tes, olhou a mesa arrumada para dois e desapareceu nova­mente. Ao passar pela geladeira, serviu-se de uma cerveja.

Nenhum comentário sobre a casa limpa e arrumada e o jantar quente servido na hora.

Anahí serviu-se e conversou com o bebê enquanto comia. Ainda estava comendo quando Alfonso voltou à cozinha para apanhar outra cerveja. Dessa vez ele desapareceu pela porta da frente levando meia dúzia de latas.

Anahí olhou para Poncho. Ele sustentou seu olhar.

Ouviu o som da porta da caminhonete e o ruído do motor, mas o automóvel não saía do lugar.

-   O que ele pode estar fazendo? - perguntou intrigada.
Poncho parecia ignorar a resposta.

Anahí lavou o prato, devolveu a salada ao refrigerador e a caçarola ao forno ainda quente. Depois fez um rápido resumo mental do dia e do que havia acontecido até aquele momento.

-   Sabe de uma coisa? - disse, notando que o bebê começava a cochilar. -Alfonso não vai ficar sentado naquela caminhonete sozinho.