Fanfic: Um Amor de Bebê s2 AyA adaptada (Terminada)

Alfonso ligou o rádio e ouviu pelo menos uma dúzia de can­ções de Randy Travis e Reba antes de voltar para casa. Ao entrar, acrescentou mais algumas linhas à lista de pecados.

Primeiro perturbara a paz e a serenidade de uma jovem inocente com sua ideia de um casamento de conveniência.

Depois passara a desejar a jovem inocente de maneira quase insana.

E agora a assustara com sua luxúria descontrolada.

Iria encontrá-la, provavelmente trancada no quarto, e pediria desculpas, o que devia ter feito desde o início, em vez de falar todas aquelas coisas, e finalmente iria tran-car-se em seu quarto, onde passaria todo o resto de sua vida de casado.

Anahí era uma forma difusa sobre o sofá da saleta.

Alfonso parou, tentando calcular a extensão do dano que causara. Aparentemente, não estava assustada o bastante para ir refugiar-se em seu quarto. Mas estaria chorando? Droga! Odiava esse tipo de situação.

Peça desculpas, Wentworth. E depois deixe-a em paz.

-   Anahí?

Ela apoiou os pés no sofá e abraçou os joelhos.

-Quero...

-Não diga mais nada - suplicou a voz fraca e rouca.

-Mas eu preciso - Alfonso insistiu, dando alguns pas­sos à frente. - Tenho o dever...

-Acha que sou uma boa mãe?

-   O quê? Você é a melhor mãe que já conheci!
Anahí apoiou a testa sobre os joelhos.

-   Não sei se uma boa mãe sente as coisas que tenho sentido.

Alfonso sentou-se no braço do sofá.

-Que coisas, Anahí? - Queria tocá-la, oferecer conforto e carinho, mas temia perder o controle. - Se está falando sobre as coisas que eu disse, quero que...

-Não. - Ela balançou a cabeça e uma onde de perfume suave emanou de seus cabelos.

Alfonso respirou fundo.

Peça desculpas, Wentworth. E depois vá se trancar em seu quarto.

-   Não creio que uma mãe deva... - ela começou.

Desejar mutilar o homem com quem se casou? Alfonso decidiu tomar a iniciativa.

- Anahí, quero pedir desculpas por tudo que disse. O fato de desejá-la não...

-Também sinto desejo. Por você.

O coração bateu tão forte que ele teve medo de perder o ar.

-O quê?

-   Talvez uma mãe não deva ter esse tipo de sentimento. O natural seria que eu estivesse totalmente voltada para Poncho . Mas olho para você e...

Ela entendeu mal, Wentworth. Está vulnerável nesse mo­mento da vida.

-Ouvi quando disse que gostou de compartilhar da cama comigo, Anahí, mas estava se referindo apenas à presença de outro ser humano, ao calor de um corpo perto do seu... Está sozi...

-Não diga isso - ela cortou com veemência. - Não é esse o ponto.

-O que está tentando dizer? - Gostaria de ter força suficiente para conter o ímpeto de tocá-la, mas a mão mo-veu-se como se tivesse vontade própria para afagar os ca­belos claros e brilhantes.

Ela não tentou se afastar.

-   Não sei. A verdade, acho. Não consigo esquecer aquele primeiro beijo.

Era isso. Alfonso escorregou para o sofá e tomou-a nos braços. Não precisavam mais das palavras. Anahí fitou-o e esperou enquanto ele se aproximava devagar, os lábios en­treabertos anunciando o beijo.

Um beijo que aconteceu como ambos esperavam.

Alfonso sentiu o sabor com que tanto sonhara e apertou-a com força, impaciente e voraz. Anahí correspondia com a mesma intensidade, o mesmo ardor.