Fanfic: Um Amor de Bebê s2 AyA adaptada (Terminada)

Elijah passou a mão cheia de açúcar nos cabelos, criando uma mecha prematura de fios grisalhos.

-Mas... mas... você é um solteirão! É o maior playboy de Freemont Springs!

-Você continua solteiro. Por que não assume o posto de playboy?

Elijah olhou para Anahí.

-   Ouviu o que ele disse? Não vai falar nada?

Digo que isso é tudo que eu podia querer. Como seria fácil deixar as palavras saírem de sua boca. Aceitar a pro­posta de Alfonso e cair em seus braços fingindo ter encon­trado realmente tudo de que necessitava.

Mas ele não falara de amor.

-Eu... não sei o que dizer.

-Anahí. - Alfonso encontrou a mão dela e tocou-a com um misto de ternura e proteção. - Eu quero...

Elijah balançou a cabeça.

-   Não entendo o que está tentando fazer, Alfonso.

Ele envolveu o amigo num olhar furioso.

-Talvez não seja de sua conta.

-Só estou tentando impedir um amigo de cometer um grande engano.

Alfonso ignorou o comentário.

.- Anahí - chamou-a novamente enquanto acariciava seus dedos. - Não acha que é uma boa ideia? Sabe que podemos nos dar bem.

A pele queimava em contato com os dedos quentes, es­palhando um calor intenso que ameaçava chegar ao coração. Podiam se dar bem. Na cama, onde a paixão explodia. E ela o amava.

Mas Alfonso não a amava.

Nem a amaria. Não se aceitasse o que ele estava propondo.

-   Diga que vamos continuar casados - ele pediu.

A voz soou firme, apesar do tremor que a sacudia por dentro.

-   Não posso.

Alfonso ouviu a porta do quarto de Poncho fechar-se às costas de Anahí. E olhou para Elijah.

-A culpa é toda sua!

-Tem razão.

-Estragou tudo.

-Então não devia ter anunciado sua grande ideia na minha frente. Acredita que foi só um acidente? Queria que eu fizesse o papel da voz da razão.

Alfonso cerrou os punhos.

-   Desculpe-me, meu caro Sigmund Freud, mas quero
que saia daqui imediatamente. Fora!

Elijah levantou-se devagar.

-Para que possa pressioná-la novamente? Eu disse que não devia magoá-la, Alfonso. Não tem esse direito.

-Agora entendo - murmurou furioso. - O problema é ela. Anahí.

-Exatamente! - E empurrou a cadeira contra a mesa com força. - Acha que estou preocupado com você? E ela quem vai acabar sofrendo, seu idiota! Não percebe que sua esposa está apaixonada por você?

O fogo que ameaçava queimá-lo por dentro transformou-se e um incêndio de proporções devastadoras.

-Eu sei - reconheceu em voz baixa.

-Então liberte-a, homem. Deixe-a livre para encontrar alguém que seja capaz de amá-la também.

-Não posso - Alfonso gemeu. - Simplesmente não posso.