Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Dulce: Er... Pronto, já esclarecemos os pontos mais perturbadores em nossas vidas, acho que até algum dia...

Christopher não a deixou terminar a frase. Uma força sobre natural fez com que ele passasse sua mão pela pele rosada da garota e os seus rostos se aproximassem. O cheiro de Dulce inalava em Christopher. Um perfume doce o embriagava. As respirações mesclavam fazendo-os respirar o mesmo oxigênio, literalmente. Não tinham se quer espaço para pensar. Os corações dos dois estavam mais acelerados do que uma pessoa correndo. Dulce não podia negar que Christopher era muito atraente e, quando queria, muito simpático e gentil. Mas talvez o medo de errar fez com que ela acabasse com o jogo de sedução que Christopher criara naquele momento.

Dulce: Não... podemos... – fala em meio à voz cortante, ainda sem forças para afastar Christopher dela.

Christopher: Somos solteiros, livres e desimpedidos, não tem ninguém que nos impeça... – passando o polegar na bochecha rosada de Dulce.

Dulce não podia lutar contra o inimigo. Quando fazia ensino médio o professor de Filosofia a disse uma frase que a marcou para sempre. “Quando não podes com o inimigo, junte-se a ele.” Era realmente o que deveria fazer naquele momento? Foi o que fez... Deixou-se seduzir por Christopher, e em poucos minutos suas bocas estavam juntas em um beijo, que transmitia muitos sentimos não identificados. Talvez por serem novos demais não conhecessem o verdadeiro significado do amor, e da paixão. Talvez nem da amizade? Quem sabe... Eles não têm nem a metade da idade de seus pais e, julgaram que passaram por muitas mais coisas do que eles quando tinham 17 anos. Porém, em meio a vida de adolescente você não sabe distinguir o que se passa com você com a ajuda de um adulto responsável, você não sabe se está mesmo amando ou é apenas atração física.

Dulce se afasta de Christopher e olha para ele com os olhos mareados. Não conseguia pronunciar sequer uma palavra. Apenas se jogou nos braços dele e apoiou a cabeça no ombro de Christopher. Este estranhou a atitude da menina.

Quando Anahí, Poncho, Maite e Christian se aproximavam do local vira a cena e ficaram tocados. Nunca imaginariam Dulce chorando no ombro de Uckermann.

Anahí: Acho que eles estão se dando melhor do que nós esperávamos... – disse abraçada a Poncho.
Maite: Talvez fizeram algum acordo, não creio que um dia eles irão se dar bem... – ainda sem dar o braço a torcer na situação que perderia a amiga para um casamento.
Poncho: Eu acho que os dois nutrem um sentimento escondido, onde precisa apenas de um empurrãozinho para que eles vejam que encontraram o amor de suas vidas...
Fercho: Eles formam um belo casal... Parece que nasceram um para o outro.
Quem sabe Anahí, Poncho e Fercho estivessem mesmo certos? Maite pela primeira vez pode estar enganada a respeito da sua amiga. Pode-se dizer que pelo fato de Dulce tivera sido sua primeira amiga quando chegou a Londres, ela sentia um pouco de ciúmes de Dulce. Mas o tempo, e o amor podem curar ciúmes e grandes perdas. Maite perdera os pais aos doze anos e não suportaria ter outra perda em sua vida. E a partir desse dia morava em Londres com tios segundos.

Anahí se aproximou de Dulce e Christopher. Logo começou a alisar o cabelo da amiga que soluçava constantemente.

Anahí: O que houve com ela? – pergunta em um sussurro.
Christopher: é melhor que ela te explique. Quer que eu a leve para casa?
Anahí: Não precisa Chris, ela e a Mai vão lá pra casa, mas mesmo assim obrigada! – pegando na mão de Dulce que olhava atônita para os dois. – Vamos Dulcinha!

Anahí saiu puxando Dulce pela mão. Logo chegou onde Maite, Poncho e Fercho estavam. Deu um beijinho em Poncho e saiu com Maite.

Poncho e Fercho se aproximaram de Christopher, que ainda tinha uma cara de bobo, e mantinha uma das mãos sobre seus lábios.

Poncho: O que foi?
Fercho: A Dulce tinha um olhar perdido...
Christopher: Nós nos beijamos... – ainda absorto em pensamentos. – Você sabe o que isso significa?! Nos beijamos...
Poncho: Ucker, Ucker, você não está realmente interessado na Dulce não? – pergunta desconfiado.
Christopher: Que pergunta mais idiota Poncho. Já me viu realmente interessado em uma mulher?
Poncho: Esse nome te lembra algo: Fernanda. – fala deixando um suspense no ar.
Christopher: Okay, okay! Eu posso ter a amado, mas foi ela que me fez abri os olhos. – fala não querendo admitir que Poncho estivesse certo.
Fercho: Eu ainda digo que nem todas as mulheres são do jeito que você pensa Ucker, elas podem ser mais amáveis e gentis do que pensamos, ou melhor, do que você – aponta para ele – pensa.
Christopher: Vocês tiraram o dia para me dar sermões foi? – passando a mão no cabelo em sinal de impaciência. – Já não basta meus pais, agora os amigos também? Foi só um beijo do momento, não significa necessariamente que eu estou gostando dela.

Poncho: Eu mesmo que não vou mais me meter nessa sua confusão com a Dulce, nem com seus pais e muito menos com os Saviñon não quero me meter em brigas “familiares” – Christopher fez uma cara de desprezo – Sim Ucker, quer queria ou não eles vão fazer parte da sua família também. – Christopher assentiu.
Christopher: Cara, você foi mordido por algum bicho?
Fercho quis rir da situação, mas logo percebeu que não era o momento. Percebeu que mesmo Poncho tendo pego pesado de mais ele estava certo.
Poncho: Sim, o bicho da verdade.
Dito isso Poncho sai pisando fundo. Christopher não estava entendo nada, ou talvez não quisesse entender. Sua mente estava ficando cada vez mais escura desde aquela manhã em que soube que teria que tomar conta da empresa com apenas 17 anos. E de uma família.

Christopher olhou para o lado e viu Fercho o olhando. O que ele não daria para está naquele momento a só! TUDO! Mas não poderia simplesmente mandar Fercho embora.

Fercho: Cara, eu já estou indo. Vejo que precisas de tempo... – olhou novamente para o amigo, e este apresentava uma expressão de preocupação – muito tempo! Agora vê se aproveita bem esse tempo para ver o que realmente tu queres da sua vida! – dá uma tapinha nas costas do amigo e sai.

Christopher não pronunciou uma palavra sequer. Não tinham ao menos força para ir para sua casa. Apenas deixou seu corpo cair no lugar onde tinha sentado com Dulce, abaixo de uma árvore. Que por ironia do destino se localizava em frente ao banco onde ele e Dulce conversaram pela primeira vez.