Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Blanca encarregou-se de preparar um senhor jantar. Passou boa parte de tarde na cozinha supervisionando tudo. Enquanto isso, Fernando trancou-se no escritório para resolver problema da empresa. Ultimamente, a empresa não estava arrecadando lucro algum, e sem nenhuma explicação lógica. Quanto mais cedo Christopher e Dulce recebessem e a presidência, menos seria a chance de a empresa vir a falir.

Christopher não botava muita fé na sua administração. Não tinha nenhuma experiência. Como esperavam que ele salvasse a empresa em um piscar de olhos? E mais, como esperavam que agüentasse um casamento arranjado e sem amor? Em meio a esses pensamentos, terminou de ajeitar a gola da camisa. Christopher vestia um terno esporte azul-marinho com uma camisa social branca por baixo. Estava terminando de passar gel em seu cabelo quando sua mãe entra no quarto.

Alexandra: Estás pronto, querido?

Christopher: Quase mamãe. Deixe-me terminar de passar gel em meu cabelo.

Alexandra: Tudo bem. Mas apresse-se, teu pai quer lhe falar antes de irmos.

Christopher: E tu sabes do que se trata?

Alexandra: Você já vai saber. Apresse-se – fala, fechando a porta do quarto e encaminha-se para a sala.

Movido pela curiosidade, Christopher tratou de terminar o mais rápido possível. Quando chegou à sala, seu pai e sua mãe estavam sentados e conversavam bem baixinho. Aproximou-se e Carlos levantou-se indo a sua direção.

Carlos: Christopher, estás preparado?

Christopher: Preparado? Preparado para quê? – pergunta, franzindo a testa.

Carlos: Para pedir a mãe de Dulce oficialmente!

Christopher: QUê? Como assim? Mas nós já estamos noivos, não? – indaga atônito.

Carlos: Estão, mas tens que oficializa-lo com um anel, é obvio! – falando isso, Carlos retira do bolso uma pequena caixinha de veludo preto. Quando a pegou, estendeu-a para Christopher – Abra-a.

O garoto recuou um pouco, mas mirando a face fechada do pai, pegou a caixinha e a abriu. O anel era esplendoroso. Com uma gota de rubi e diamantes ao redor, feito a ouro branco puro, o anel alucinaria ate a mais humilde criatura. Seu pai sempre tivera um bom gosto e desta vez não o decepcionou. O anel em si já passava uma idéia de compromisso serio, de enlace, de união. E Christopher não se sentia a preparado para isso

Christopher: Mas pai... Não me sinto preparado para isto. Quando colocar este anel no dedo de Dulce, significará que estarei preso para sempre... – diz Christopher angustiado.

Carlos: Ora, Christopher! Deixe de falar asneiras! Tu sabes que teu casamento é definitivo! Tu deves entregar o anel após o jantar. E vamos logo, já estamos atrasados.

*Enquanto isso, na casa de Dulce... *

Dulce: Não, não e não! Recuso-me a sair deste quarto!

Blanca: Dulce Maria! Deixe de criancice! Sabes muito bem que tu tens que ir! Por isso, vista-se agora que os convidados já estão chegando e teu pai não gostará de saber que ainda não estás pronta! – exclama, saindo do quarto da filha.

Dulce: Droga! – reclama.

A garota realmente não queria ver Christopher tão cedo. Ainda mais, depois do que ocorreu no parque. Como fora fraca! Não acreditava que o tinha beijado! Não conseguiu manter uma distancia razoável de segurança dele. Mas também, como poderia? Como poderia resistir àquela voz rouca sussurrando em seu ouvido? Como resistir àquelas mãos, àqueles olhos? Espantada com seus pensamentos, resolveu tira-los da mente e ir vestir-se. Seu vestido era tomara-que-caia branco com rosa e uma fita na cintura realçando suas curvas, mas como seu pai era bastante rigoroso vestiu um bolero de crochê nos ombros cobrindo o colo e os ombros. Colocou um salto alto e uma maquiagem leve, apenas realçando seus olhos, o que estava na moda. Vestiu umas luvinhas de crochê combinando com seu bolero e pendurou nas orelhas pequenos brincos de safira. Já pronta, Dulce desce e dirigi-se à cozinha.

Dulce: Que horas, Nany? – pergunta, tirando da geladeira um copo de leite e, seguida, bebe-o.

Nany: 7:43.

Dulce: Nany, tu viste Felpudo? Desde ontem que não o vejo – a garota acaba tendo um pensamento e da um salto – Meu pai não o levou embora, levou?

Nany: Não, menina! Hoje o levei para o veterinário. Como ele passa a maior parte do tempo aqui na cozinha e no jardim, ele poderia contrair alguma doença.

Dulce: E ele tem alguma coisa? – preocupada.

Nany: Relaxe. Ele não tem nada. é um gato muito saudável e esperto. – responde e sorri – Mas tive que tranca-lo no quarto, pois não seria prudente deixa-lo solto tendo visitas à casa.

Dulce: Tudo bem. Obrigada Nany.

Nany: Ah! As famílias Portillo e Perroni e alguns convidados de teus pais já chegaram. Daqui a pouco chegarão as famílias Uckermann, Herrera, Chavez e mais alguns outros convidados.

Dulce: Nossa! Vem todo mundo? Pra que tanta gente, Nany?

Nany: Acho que essa pergunta, tu deves fazer a teus pais.

Dulce: Hum... Ta ok. Obrigado por ter levado Felpudo ao veterinário – da um beijo na face de Nany e dirige-se a sala.

Dulce não sabia o que deveria sentir ao certo. Estava com tanta aflição, que tudo lhe bloqueava os pensamentos. Daqui a duas semanas era o Baile de Inverno, onde seria acompanhada por Christopher, e daqui a quatro semanas não acordaria mais no seu quarto que dormira desde a sua infância, acordaria agora em um outro, cujo qual teria que compartir com seu futuro marido. Isso lhe causava um embrulho no estomago. Teria que pensar seriamente sobre o compartilhamento da cama!

Seus pensamentos foram interrompidos bruscamente pelo seu pai que se esbarrou nela na porta do escritório.

Fernando: Dulce! Não deverias ficar postada em frente às portas!

Dulce: Desculpe-me pai!O que fazias ai dentro?

Fernando: Tentando resolver uns problemas da empresa...

Dulce: E conseguiste?

Fernando: Não – diz desapontado.

Dulce: Quer que lhe ajude?

Fernando: Não, agora não! Tu terás muito tempo pela frente. – sorri e lhe acaricia os cabelos – Onde esta a tua mãe? Ainda não se aprontou? Todos os convidados vão chegar e tua mãe ainda estará aprontando-se!

Dulce: Calma papai! Deixe-a em paz! Toda mulher precisa de um certo tempo para arrumar-se. Por falar nos convidados, por que tanta gente tem que vir? Bastaria apenas que dona Alexandra viesse para acertar os detalhes do casamento...

Fernando: Claro que não. Tenho que conversar urgentemente com Carlos. E alem do mais, tu tens que ver teu noivo. Vocês conhecem-se muito pouco. Será de bom grado a todos que não se casem como estranhos.

Dulce: Mas papai! Eu já vou casar-me com um estranho! Não o posso conhecer de uma hora para outra! Por Deus pai! Seja sensato! – exclama desesperada.

Fernando: Dulce! Controle-se! E já chega de melodrama! Eu e sua mãe já suportamos demais suas lamurias nesses últimos meses. Já está na hora de aceitar o fato de que vai se casar querendo ou não!

Dulce: Eu odeio-te papai! – grita e sai correndo em direção à seu quarto onde sabia que suas amigas a aguardavam.

Quando chega a seu quarto...

Anahí: Dul! Por que estas chorando?

Dulce: Ai Any! Briguei com papai de novo, pra variar!

Maite: E por qual motivo Dul?

Dulce: O mesmo de sempre! O casamento!

Dulce sentiu que sua raiva transbordava o corpo. Não queria gritar com o pai, mas não conseguiu. Não suportava mais o jeito intolerante do pai. Por mais que amasse o pai, sabia que não era perfeito e que ele tinha defeitos intragáveis. Por isso a grande dificuldade de convivência com seu pai. Não sabia como sua mãe o agüentava. Pensando nisso, perguntou-se: será que Christopher possuía o mesmo gênio que o seu pai? Isso a angustiou mais que o suportável. Não sabia nada, simplesmente nada, sobre ele. Não suportaria o casamento. Já via seu casamento em rumo ao fracasso. Se já não o era. Percebeu que com as lagrimas, sua maquiagem borrara. Quando estava retocando-a, ouve batidas em sua porta.

Dulce: Entre.

Blanca: Filha, estás bem?

Dulce: Estou sim, mamãe.

Blanca: Já soube da tua briga com teu pai.

Dulce: E o que ele disse?

Blanca: Ficou muito irritado, pois lhe gritaste, entretanto essa raiva só durou uns poucos minutos.

Dulce: Ué... Por quê?

Blanca: Os Uckermann chegaram.