Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Dulce subia ao quarto bufando. Se pudesse não sairia mais do quarto naquela noite. E estava pensando seriamente em não descer quando bateram a porta.

Dulce: Quem é? E o que quer? – pergunta irritada.

Blanca: Filha! Que modos são esses? Abra essa porta!

Dulce abre a porta à contragosto.

Dulce: Desculpe-me mamãe. Mas não estou com muito bom-humor agora.

Blanca: Pois trate de arranjar algum. Temos algo de extrema importância a falar-te. Ou melhor, Christopher.

Dulce: O que esse garoto quer?

Blanca: Desce. Agora.

Dulce: Ai! Ta bom – sai do quarto pisando forte.

Quando Dulce estava descendo o ultimo degrau, ela tropeça em seu vestido e quase cai, se não fosse por Christopher que estava encostado no corrimão da escada. Ele a segura em seus braços. Dulce estava perplexa com o reflexo do garoto e fixa seu olhar no dele. O mesmo faz Christopher. Não sabiam exatamente que tipo de brincadeira o destino estava pregando-lhes, mas estavam temerosos com as conseqüências. Perderam-se num olhar tão profundo como se adentrassem num imenso oceano sem fim. Dulce sentiu-se tão segura nos braços fortes e precisos de Christopher como nunca se sentira antes. Sentia seus corpos trocarem um calor intenso. Assustados com a sensação soltaram-se como se tivessem levado um choque.

Christopher: Er... Você esta bem? – pergunta desajeitado.

Dulce: Si-sim... Obrigada. – responde do mesmo modo.

Blanca: Crianças... Dirijam-se à sala se estar. Christopher tem que anunciar algo.

Dulce vai muito intrigada e Christopher altamente nervoso. Já estava vendo a reação de Dulce, e com certeza não seria nada boa.

Quando chegam à sala, Carlos e Fernando levantam-se.

Carlos: Bom, acho que chegou a hora...

Dulce: Dá para vocês dizerem logo do que se trata. Todos sabem menos eu!

Fernando: Dulce! Acalme-se! Olhe os modos na frente dos convidados!

Dulce: Ta! Mas dá para desembucharem logo de uma vez?

Christopher estava no canto da sala, observando tudo. Estava retirando forças e coragem de algum lugar para seguir em frente. Tinha que fazê-lo, passasse o que passasse.

Carlos: Christopher?

Christopher acorda de seus pensamentos e dá uma olhada em geral na sala, todos os convidados já o miravam. Teria que anunciar na frente de todos. Para seu olhar em Dulce e a olha bem nos olhos. Dulce por outro lado, não entendia nada. Só estava com uma sensação muito, mas muito ruim. Sabia que nada de bom viria. E teve sua confirmação quando olhou para Christopher, que mantinha um olhar de aflição.

Christopher: é agora ou nunca... – suspira e vai em direção a Fernando. – Sr. Saviñon?

Fernando: Pois não Christopher? – já sabendo do que Christopher queria.

Christopher: Bem... – olha para Dulce, vai em sua direção e pega sua mão. Esta por sua vez, deixa-se levar por não estar entendendo nada. – Sr. Saviñon... gostaria de pedir a mão de sua filha em casamento...

Nesse momento Christopher tem seu coração apertado pois sente a mão de Dulce gelar-se na sua. Sabia que era uma bomba para ela tanto quanto para ele.

Dulce jurava não ter escutado direito. Mas quando sentiu a mão de Christopher apertar a sua como apoio, percebeu que não era ilusão. “Mas como?” perguntava-se. Não entendia para quê aquela palhaçada. Só podia ser coisa de seu pai e do Sr. Uckermann.

Dulce: Como? – perguntou bem baixo.

Fernando: Christopher, sei que cuidarás muito bem de minha filha e não deixarás que nada lhe falte, a protegerá de todos os males que a vida lhe propuser, então sabendo de tudo isso eu te concedo o direito de desposa-la.

Christopher sabia que acima de tudo, não deixaria que Dulce passasse por alguma coisa que a fizesse sofrer, se pudesse evitar. Porem, não poderia evitar que sofresse por motivos do coração, já que este estava guardado apenas para Dulce e sabia que não tinha permissão para entrar no coração da garota.

Dulce não sabia ate onde aquilo iria chegar. Seu pai tinha ido longe demais. Para quê fazer isso na frente de todo a sociedade alta londrina?

Christopher: Bom.. er.. que bom – sorri amarelo e vira-se para Dulce – Dulce – seu coração estava palpitando pela boca. Enfia a mão no bolso do terno e tira uma caixinha – Dulce, gostaria de casar-te comigo? – pergunta de uma vez como se estivesse tirando um peso sobre as costas. Agora só faltava esperar aflitamente pela resposta de Dulce.

Dulce gela. Não estava preparada. Sabia que iria casar-se com Christopher, porem não tinha aceitado em alto e bom som que ia se casar com Christopher para os outros e ate para ela mesma.

Dulce: Er... eu... bom... – sente um cutucão nas suas costas que provavelmente foi Anahí que deu – Eu aceito – diz por fim.

Christopher, que tinha prendido a respiração nos últimos minutos, solta com alivio o ar. Não saberia o que fazer se Dulce tivesse o rechaçado. Embora que isso fosse muito pouco provável, já que Fernando a mataria se tomasse tal decisão, mas nunca se sabe o que passa pela cabeça e coração de Dulce. Nesse momento, Christopher retira o anel da caixinha e o desliza vagarosamente pelo dedo anelar da mão direita da mão de Dulce. Esta fica encantada com o anel, nunca vira um anel de beleza igual. Christopher percebe que a safira presente no anel reluzia de um brilho intenso na mão de Dulce. Assim que terminou de colocar o anel na garota, depositou um suave beijo em sua mão que possuía uma pele terrivelmente macia.

Dulce sentiu-se estremecer só com o pequeno beijo que Christopher deu. Corou ao perceber a quantidade de pessoas que estavam presenciando aquela cena.

Carlos: Bom... Brindemos aos noivos! – exclamou e ergueu sua taça de champanhe, seguido aos demais presentes na sala.

Quando Dulce deu seu gole, Christopher aproximou-se dela, que recuou. Porem ele continuou a aproximar-se e depositou um beijo em sua bochecha. Ela deveras não esperava tal ato. Apenas ficou parada, deixando que ele beijasse sua face. Quando terminou o beijo, ele foi ate o ouvido dela e sussurrou:

Christopher: Desculpe-me por isso. – e se retirou.

Dulce queria ter o dom de prever o futuro. Queria saber como será viver com Christopher embaixo do mesmo teto. O dono do olhar penetrante que ela conhecera. Ela tinha medo de conhecer melhor Christopher.

“Alexandra: Minha querida – abraça a Dulce – Eu sei que não é fácil. Se pudéssemos, Blanca e eu faríamos qualquer coisa para evitar que isso acontecesse. Christopher também esta tão assustado quanto você. Mas infelizmente não podemos. Com o tempo, vocês irão acostumar-se com a companhia um do outro e quem sabe, tornem-se amigos? Ou melhor, acabem apaixonando-se um pelo outro?”

Lembrou-se do que Alexandra disse a ela. Sim, as coisas não estavam sendo fáceis. Christopher também não estava confortável diante do casamento. Seria muito difícil acostumar-se com a presença masculina em casa. Na casa dos dois. Seria tão difícil quanto ter que olhá-lo todos os dias. Os primeiros dias seriam os mais difíceis. Apaixonando-se? Nunca. Não seria tão fraca quanto hoje de tarde no Central Park. Foi interrompida de seus pensamentos por Anahí e Maite que lhe tocaram no ombro.

Anahí: Dul? – Dulce virou-se para a amiga. Tinha um olhar perdido nos seus pensamentos. Dul, o que aconteceu?

Dulce: Eu fui fraca hoje à tarde. Não consegui resistir a ele nem por alguns minutos, quanto mais por uma vida. Não sei se agüentarei essa vida nova que me espera.

Maite: Dul, seja forte! Quem não ira agüentar vê-la com esse olhar assim vamos ser eu e Any! Não queremos nossa amiga triste – acariciando o cabelo de Dulce.

Dulce: Eu já estou triste. Estou arrasada. E depois de hoje. Agora. Tudo parece mais claro. Antes não consegui assimilar as informações. Casamento. Empresa. Casa. Uma família. Tenho apenas 17 anos. Agora que a ficha caiu. Eu vou me casar. Eu tenho que me casar. – fala com lagrimas nos olhos.

Anahí e Maite já conseguiam conter suas lagrimas. Choravam junto à amiga.

Dulce: Não chorem! – limpando as lagrimas de Maite e Anahí.

Anahí: Então também não choras! Me dá isso aqui! – pegando a taça de Champanhe da mão de Dulce. Vamos conversar lá no jardim! Está bem mais arejado.

Maite: Concordo com a Any! Vamos! – puxando a mão da amiga.

*No jardim da casa dos Saviñon*

Christopher estava sentado em um banco de madeira com Fercho e Poncho.

Christopher: Ainda não acredito no que eu fiz...

Poncho: O anel de Dulce realmente era lindo!

Fercho: Tenho que concordar com o Poncho! Foi o seu pai que comprou?

Christopher: Sim, vim saber que iria fazer isto hoje na hora de sair. – fala olhando para o chão.

*Do outro lado do jardim*

Anahí, Maite e Dulce conversavam sobre coisas fúteis.

Dulce: Temo que esta seja uma das ultimas conversas sobre coisas fúteis. – falou olhando para Anahí e Maite com um olhar melancólico nos incríveis olhos castanhos.

Anahí: Não te preocupas Dul, temos a vida inteira para conversarmos.

Dulce: Não temos. Ainda não percebeste vou me casar. Vou ter que cuidar de uma casa. Da empresa.

Maite: Dulce, para de pensar no futuro. Você tem algumas semanas para continuar vivendo sua vida normalmente.

Dulce: Não tem como viver sua vida normalmente sabendo que daqui a algumas semanas irá casar-se.

Quando Dulce terminou de dizer isto a mãe de Anahí aproximou-se.

Marichelo: Olá Dulce! Como estás? – sentando ao lado de Anahí.

Dulce: Bem – mente – Melhor impossível.

Marichelo: Que bom! Sabes onde tua mãe está?

Dulce: Creio que ela esta na sala com Alexandra.

Marichelo: Claro! Eu estou indo para lá. O assunto dos homens está me irritando.

Anahí: Mamãe sempre irritada com os assuntos dos homens.

Marichelo: Se case e verás como é tedioso. – olhando para a filha.

Anahí: Não preciso me casar. Tenho o Poncho comigo para me entediar.

Todas riram do comentário de Anahí.

Mas algo fez os pensamentos de Dulce voarem para outro lugar, ou melhor, outra pessoa. Christopher.

Pensava como seria o seu dia-a-dia com ele. Tão gentil e amável. E ela tão fria e calculista. Não queria passar esta impressão a ele. No fim do túnel o caminho se bifurcava. Desafios a esperavam na nova fase de sua vida. Espinhos... Estes seriam muitos. Mas quem sabe no final, tudo se transformaria em um conto de fadas. Onde os desafios eram transformados em flores e os espinhos e algodão?

Marichelo: Então eu vou indo lá dentro. Beijos queridas.

Anahí: Okay Mamãe.

Dulce: Tia Marichelo...

Marichelo: Oi linda.

Dulce: A Any pode dormir aqui em casa? A Maite vai dormir aqui.

Marichelo: Vou falar com tua mãe e Luis (pai da Anahí). Tudo indica que ela poderá dormir aqui.

Dulce: Obrigado tia!

Marichelo levantou-se do banco e seguiu para dentro da casa.

Dulce: Tua mãe é um anjo Any!

Maite: Concordo. Ela é um doce de pessoa...