Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Dulce apenas fica calada. Christopher estava muito estranho o que tinha feito? Talvez ela estivesse subestimando a inteligência de Christopher. Tinha quase certeza de que Christopher não engolira a desculpa de ontem. Mas o que poderia fazer? Não queria pena. Se tinha um defeito que Dulce odiava em si era o orgulho. Mas fazia de tudo para que não afetasse tanto sua vida. Porém não suportaria de maneira nenhuma compaixão de Christopher. Além do mais, seu problema já estava quase resolvido. Iria ao medico no final do mês e tudo teria seu fim. Christopher não saberia e não teria pena dela. E ela se veria livre desse tormento que sempre a seguiu quando era criança. Dulce só esperava também que Christopher tivesse acreditado na história do incêndio. Ele ficaria paranóico. Se tinha notado nesses últimos dias de convívio com ele era que Christopher era muito perfeccionista e não suportava coisas mal resolvidas. Se ele descobrisse que uma pessoa, uma mulher para ser mais exata, quisera matá-la, não dormiria té que a encontrasse. Tinha esse estilo protetor. Sorriu ao pensar nisso. Christopher apesar de cabeça dura, desconfiado e orgulhoso tanto quanto ela, era uma pessoa maravilhosa. Lembrou-se da conversa que teve com Alexandra no dia do seu noivado oficial.

Flashback

[...]
Dulce: Mas mamãe... É tão difícil... – fala já com os olhos mareados.
Alexandra: Minha querida – abraça a Dulce – Eu sei que não é fácil. Se pudéssemos, Blanca e eu faríamos qualquer coisa para evitar que isso acontecesse. Christopher também esta tão assustado quanto você. Mas infelizmente não podemos. Com o tempo, vocês irão acostumar-se com a companhia um do outro e quem sabe, tornem-se amigos? Ou melhor, acabem apaixonando-se um pelo outro?
Dulce: Nunca! – da um salto – Não o conheço, não temos nada em comum, ele é muito prepotente, é impossível alguma relação entre nós. Desculpe-me dona Alexandra, mas é isso o que penso do seu filho.
Alexandra: Não se preocupe querida – sorri – Eu conheço a minha cria, sei exatamente como ele é. Mas não se engane, Christopher é menino de ouro. Sei que sou desconfiada para falar, mas é verdade. Só basta um pouco de paciência para descobrir o Christopher que meu filho tanto oculta.
Dulce: Pode ate ser, mas é muito improvável. – solta com um suspiro.

Fim do Flashback  

“Menino de ouro”, pensou. Menino? Riu. A muito tempo Christopher deixara de ser um menino. Talvez antes se casarem ela ainda agisse como um adolescente. Porém ficou muito surpresa nos dias que se sucederam ao casamento. Christopher não agia como um pirralho, nem como aquele garoto que dava em cima de todas. Apesar de ter apenas 17 anos, agia e pensava com muita maturidade. O que acontecera para que ele mudasse tao repentinamente? “Só basta um pouco de paciência para descobrir o Christopher que meu filho tanto oculta.”. Deveras estava muito cedo para descobrir o que o Christopher ocultava tao misteriosamente. Mas nesses ultimos dois meses de casados, viu que Christopher era completamente diferente do que imaginara. O problema era: sabia que o que conhecia sobre ela era muito pouco. Christopher era muito reservado, se fechava com muita facilidade. Precisaria de muita paciência para conhecê-lo completamente.

Christopher: Em que tanto pensas? - mira o semblante pensativa da esposa.

Haviam se passado dez minutos desde que fizera essa mesma pergunta há um tempo atrás e não obtivera resposta. Se conteve de chamá-la e ficou observando seus olhos. Eram tao perfeitos, tao profundos. Deleitava-se em olhá-los. A mudança de cores eram constantes. Queria saber se Dulce tinha conhecimento da perfeição que tinha na face.  

Dulce: Hã? - acorda do devaneio.
Christopher: Em que tanto pensas? - repete a terceira vez.
Dulce: Ah – sorri – Em nada demais. Essa manhã foi pesada. Fiquei vagando no meu mundo nesse intervalo. Nossa... pelo visto, vaguei demais. Já chegamos no restaurante?
Christopher: Já – sorri – Escolhi um restaurante perto da empresa, para não nos demorarmos muito. Ainda tenho que ler os papeis da fatura da empresa.
Dulce: É... Também tenho muito a fazer. Sabe, Christopher, estava olhando os rendimentos da empresa e os saldos no banco da empresa, tem alguma coisa muito estranha... Está faltando alguma coisa que não se encaixa... A empresa está vendendo perfeitamente bem, todavia não está lucrando nada. Nem os 50% que são necessários para os gastos internos da empresa.
Christopher: Tem certeza? - pergunta com o senho franzido.
Dulce: Absoluta. - sentam-se numa mesa e ela pega o menu.
Christopher: Bom, vou dar uma olhada nisso. Agora vamos comer. Chega de falar da empresa por enquanto. - pega seu menu e fazem seus pedidos.

* * *  Ana: Senhora Uckermann? - fala a voz estridente de Ana pelo telefone – A senhorita Anahí ao telefone. Deve completar a ligação?
Dulce: Pode Ana – responde Dulce com os olhos fechados e os dedos nas têmporas fazendo pequenos círculos. “Preciso contratar uma secretária para mim. Não vou suportar mais ouvir essa voz fanhosa todos os dias..”, pensa.
Ana: Certo senhora.

Dulce aperta mais os olhos e pega o telefone.

Anahí: Dulce? - fala a voz conhecida da amiga.
Dulce: Any! Como você está? Já melhorou da virose? - pergunta sentindo sua dor de cabeça aliviar um pouco.
Anahí: Já- responde contente – Foi horrível. Passei três dias de cama! E o pior é que fiquei bastante tempo sem ver meu Poncho! É claro que eu não ia permitir que ele me visse naquele estado deploravel.
Dulce: Ai, Any... Só sua cabeça mesmo... Mas então, a que devo essa ligaçao?
Anahí: Dul! - exclama – Você não vai acreditar!
Dulce: O quê? - já morrendo de curiosidade.
Anahí: Não sei se conto por telefone...
Dulce: Conte Anahí Giovanna!
Anahí: Não... É melhor contar pessoalmente!
Dulce: Ain Any... Você faz isso de maldade....
Anahí: Você pode me receber agora Dul?  Dulce olha para a pilha de papéis em cima da mesa e olha para a mesa de Christopher a sua frente. Ele estava muito compenetrado lendo as faturas da empresa. Não era uma hora muito oportuna para visitas, mas estava precisando de um break.

Dulce: Posso Any. Pode vir.
Anahí: Certo. Daqui a quinze minutos estou aí.
Dulce: Estou te esperando. Tchau.
Anahí: Tchau – e desliga.

Dulce suspira cansada. Sua respiração falha por alguns segundos. No mesmo instante já fica preocupada. “Não, esse tormento não pode estar acontecendo outra vez”, pensa angustiada. Imediatamente liga para casa.

Dulce: Nany? - escuta a voz da governanta.
Nany: Dulce? Está tudo bem? Está com falta de ar de novo? - pergunta já preocupada.
Dulce: Não Nany – não era exatamente uma mentira, só ficara sem respirar por alguns segundos – Estou bem. Só estou ligando para saber se já marcou a consulta com o medico? - pergunta baixo para que Christopher não escutasse.
Nany: Já... Próxima semana, quarta-feira às 3 da tarde.
Dulce: Certo... - anota na sua agenda o compromisso – Era só isso. Tchau. Beijo.
Nany: Beijo – e desliga.
Dulce: Christopher?

Christopher levanta os olhos dos papéis e se depara com o rosto cansado de Dulce.

Christopher: Está cansada, não está?
Dulce: Um pouco. Any está vindo para aqui. Vou aproveitar essa visita para um descanso. Algum problema?
Christopher: Não, nenhum. Se quiser pode ir direto para casa.
Dulce: Não, de maneira nenhuma. Vou terminar meu trabalho como todo mundo. Christopher sorri e se encosta na cadeira.

Christopher: Tudo bem, mas qualquer coisa, vá para casa ok?
Dulce: Certo. - se levanta e vai colocando seu blazer.
Christopher:Por falar em Any... Ponho vai começar a trabalhar aqui semana que vem.
Dulce: Vai? Como você sabe?
Christopher: Falei com ele semana passada. Ele me disse que tinha umas coisa a resolver e viria próxima semana.
Dulce: Certo.
Ana: Senhora Uckermann, a senhorita Anahí está aqui. - a voz nasal de Ana corta a sala pelo telefone.

Dulce fecha os olhos e responde.

Dulce: Diga que já vou sair.

Christopher vê a cena e sorri.

Christopher: Voz agradável não? - sorri.
Dulce: Ô, muito – diz irônica – Bom, agora já vou, daqui a trinta ou quarenta minutos eu volto. Tchau. - e sai pela porta.

Dulce vê sua amiga parada olhando para Ana de maneira não amigavel.

Dulce: Any! - e abraça a amiga.
Anahí: Dul! Que saudades!
Dulce: O mesmo digo eu! Cadê a Mai?
Anahí: Está em uma confeitaria nos esperando. Vim aqui com a missão de te capturar.
Dulce: Não precisa, bobona – sorri – E eu ia mesmo sugerir que fôssemos a algum lugar.
Anahí: Entao vamos.

* * *