Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Fim do Flashback 

Como fora burro! Deveria ter percebido que esse homem estava em todos os lugares! Mas o que esse homem queria? O que ele queria com Dulce? Nessa rápida fração de segundos, seus pensamentos forma bloqueados com a terrível visão de Dulce caindo para fora do iate. 

Christopher: DULCE!!! – berrou. 

Sem pensar duas vezes, sai correndo em direção ao homem alpino que acabara de jogar Dulce ao mar. Sua raiva estava bombeando por todas as suas veias.  Mas para sua surpresa, o homem correu para o outro lado do navio e pulou no mar. Christopher mesmo sem entender, foi para a murada e olhou para o mar. Não havia mais agitação. Nem um sinal de Dulce. Seu coração apertou de uma forma tao dolorosa que sentiu lágrimas transbordar em seus olhos. Sem querer pensar no pior, pulou na água desesperado.  

Vasculha pela água à procura por Dulce. Por sua sorte o sol de começo de tarde estava forte e podia ver claramente por dentro das águas. Seu olhar buscou por todos os lados. Nadando um pouco mais pro fundo, vislumbrou a sombra do corpo de Dulce afundando para o fundo do mar.  

Com desespero já quase ao limite, nadou o mais rápido que pode e pegou a mão de Dulce. Imediatamente, segurou seu corpo desfalecido e voltou para a superfície. Olhou para o rosto de Dulce e viu que estava pálido.

Christopher: Dulce! Dulce acorde, por favor! – pede para o rosto desfalecido em seus braços – Socorro! – berra para o iate – Socorro! – mas ninguém o ouvia. Já em pânico olhou em volta. A praia não estava muito longe. Sem pensar, nadou com Dulce até a costa da praia. Agradeceu aos céus por não terem ido muito longe da praia.  

A natação durou cinco minutos. E Christopher já estava pensando no pior com a perde preciosa de tempo. Enfim, chegou à praia e depositou o corpo de Dulce na areia. 

Christopher: Dulce acorda! Dulce acorda, por favor! – pergunta dando umas tapinhas no rosto de Dulce que não acordava. 

Sem receber respostas de vida, junta seus lábios nos dela, ao mesmo tempo em que tampa seu nariz e começa a fazer respiração boca a boca. Colocava toda sua concentração nisso, querendo doar todo o seu ar para Dulce se possível. Com desespero, percebeu que não podia ficar sem Dulce. Essa hipótese era dolorosa e impensável.  

Começou, logo, a fazer pressão no peitoral dela. Lagrimas já brotavam de seus olhos ao perceber que Dulce não respondia a suas tentativas de ressuscitá-la. 

Christopher: Dul... Por favor... Não me deixe... – e tentou pela ultima vez fazer uma respiração boca a boca. 

Ao perceber que Dulce não acordava, suas lagrima se intensificaram e soluços se faziam na sua boca. Enterrou sua cabeça na curva do pescoço dela e chorou. Chorou sem medo e sem reservas. Um choro muito amargo e azedo que inundou toda a sua alma. Como que por milagre, os dedos de Dulce começam a percorrer as costas de Christopher. E num segundo depois, Dulce já se sentava e cuspia água freneticamente. 

Christopher: Dulce! – exclama com uma onda de alivio percorrendo por todo seu corpo que chegou a ser dolorosa – Dulce! Você está bem? – e abraça. 

Dulce apenas cuspia água e tossia. Após vários minutos tossindo, Dulce sente uma exaustão em seu corpo e se deita na areia para descansar. 

Christopher: Dul? – se alarma – Dulce, está tudo bem? – coloca as mãos em seu rosto.

Dulce: Sim... – diz com a voz um pouco fraca – Está. Só estou um pouco exausta. Tive que fazer muita força para respirar...

Christopher: Sim... – e se deita por cima dela sem fazer força, para que seu peso não a esmagasse – Dulce, você me deu um belo de um susto... – diz contemplando seu rosto, que por um momento achou que não o veria nunca mais. Dulce sorri. 

Dulce: Sustos fazem bem para o coração – olha para ele divertida.

Christopher: Achei que ia te perder – desliza seu dedo indicador por seu queixo. Dulce o olha pensativa. 

Dulce: Você não irá me perder tão fácil.

Christopher: Eu espero que não – e toma seus lábios com sofreguidão. 

Dulce sentiu-se no paraíso. Os lábios de Christopher buscavam os seus com desespero e quase com angustia. Não sabia que Christopher havia sofrido tanto com o acontecido.  

Sentia-se imensamente grata por ele. Sempre a salva de tudo. Sempre estava com ela nos momentos certos, na hora exata. Mas não era só por gratidão por qual seu coração batia rápido todas às vezes em que o via, em que sentia seu cheiro, em que mirava seus olhos... Era algo a mais... 

E quando apartaram por um momento os lábios e se miraram, Dulce descobriu. Com um impulso que não lhe deu tempo algum para defesa, nenhuma idéia de resistência, Christopher mergulhou no fundo de seu coração. Amava-o. Com todos os defeitos e incertezas, amava-o com o mais profundo amor que podia sentir. A descoberta deixou Dulce em um vertiginoso êxtase que brindava com seu amor. Amar Christopher era mágoa na certa e precisar dele, inegável desastre. Mas a sensação de seu amor fazia-se presente em cada bombeamento de seu coração. Apenas em senti-lo, já a completava. Seu amor por Christopher já bastava. Sentia-se a mais afortunada das mulheres. Amava Christopher. Sem razão e sem sentido. O amor com todos os seus jogos a enlaçou no mais complicado e tentador amor.