Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Mirava aquele semblante cansado de Christopher. Os olhos dele refletiam sobre o seu. Ele mirava-a carinhosamente. Em poucos segundos ele a envolveu em seus braços. Ela somente sorriu abobada. O calor do corpo dele a transmitia paz. Ela apertou com força o corpo dele contra o seu. A sensação de que seus sentimentos nunca seriam correspondidos a invadiu e a fez soltar-se de Christopher. 

Christopher: O que aconteceu? – franziu o cenho.

Dulce: Nada. Senti um pouco de frio agora.  

Christopher a envolveu em seus braços mais uma vez com o intento de lhe passar o frio. 

Christopher: Está melhor?

Dulce: Sim. 

Uma hora se passara. E Dulce e Christopher não trocaram mais palavras. Mas o pensamento de Dulce estava lotado de palavras a serem ditas para ele. A começar por três em especial. Aquelas três palavras que tanto ansiara para um dia dizer a pessoa certa, verdadeiramente. Eu te amo. Tão simples e ao mesmo tempo tão complicadas. Palavras tais que causavam uma sensação de mariposas no estomago de Dulce. 

Dulce: Chris...

Christopher: Oi.

Dulce: Tenho que te dizer algo.

Christopher: Pois diga... – virando-se para ela.

Dulce: É que...

Christopher: Que? – arqueou uma sobrancelha.

Dulce: Bem, é que a falta de ar que eu sinto e todos esses outros problemas não são de agora. – tragou a saliva – Eu já sofria com isso antes. Eu não sei bem como te explicar o que é... – olhou para os lados – Mas eu quero que você vá comigo ao medico quarta-feira. A Nany já marcou e...

Christopher: Não precisa pedir Dulce. O que eu puder fazer para te ajudar eu farei. Quero o teu bem.

Dulce: Obrigada. – mirou o chão.

Christopher: O que foi? – levantando o rosto dela com a mão.

Dulce: Nada. – franziu o canto da boca.

Christopher: Não diz que foi nada, porque eu sei que tem alguma coisa. – pegou o rosto dela em suas mãos – Seus olhos dizem tudo.

Dulce: Sou tão transparente assim? – sorrindo.

Christopher: Podemos dizer que sim. – sorriu – Diga o que foi.

Dulce: Quero te pedir uma coisa. – envergonhada.

Christopher: Peça.

Dulce: Me abraça.  C

hristopher a envolveu com os dois braços, puxando o corpo dela para o seu. Dulce enterrou o rosto no pescoço dele. Christopher levantou o rosto dela com as mãos e mirou os olhos dela como se disse algo em algum outro idioma. Um idioma que só pessoas apaixonadas entenderiam. E Dulce entendeu o que Christopher quis dizer com aquele olhar.  

Dulce capturou seus lábios e iniciou um largo beijo. Ele a princípio ficou sem saber o que fazer, mas era inegável a atração que sentia por aquela mulher.O beijo não era calmo. As bocas tocavam-se com voracidade. À medida que já se faziam sem ar foram afastando-se aos poucos, permanecendo-os ainda colados um ao outro. Dulce fazia-se sentada no colo dele. Ele acariciava seu rosto e tirava uma mecha do cabelo que insistia em cair no seu olho. Dulce: Preciso de sua boca junto a minha. Do seu corpo colado ao meu. Te necessito por inteiro.  – passando os dedos ao redor dos lábios dele. Ele capturou os lábios dela mais uma vez. Agora eram mais pacíficos. Dulce podia experimentar mais uma vez o gosto de Christopher. Era o sentimento que falava mais alto naquela hora. Estava amando. Era a mulher mais feliz naquele momento. Sentiu a mão de Christopher na sua cintura. E agora nenhum resquício de frio estava presente.  

Assim que soltaram-se e olharam para o mar avistaram o Iate já mais próximo de terra firme. 

Christopher: Olha! Eles já estão voltando. Assim que o Iate parou em terra firme Dulce correu para o encontro de Anahí e Maite. Logo atrás vinham Blanca e Fernando. 

Anahí: Dul! Preocupou-nos ouviu? Nunca mais faças isso! – enxugando as lagrimas – E você também Christopher! Deveria ter nos avisado!

Dulce: Ai amiga. Eu não queria estragar sua festa. Desculpa.Anahí: Não estragou a festa, Dul. Apenas queria que você estivesse lá. Mas já estamos aqui outra vez.

Maite: Se não fosse pelo amigo do pai da Any, que afirmou que você e Christopher pularam para a água, estaríamos que nem loucos procurando-os naquele Iate. – abraçando forte Dulce.

Dulce: Ai não é para tanto. Ouviu-se um grito e uma pessoa correndo em direção a Dulce. 

Blanca: Ai meu bebe. Você esta bem? – beijando o rosto de Dulce – Está com frio? Tem certeza que não precisa de nada? – falando rapidamente.

Dulce: Tenho certeza mamãe. – sorrindo – Estou bem. Só queríamos um pouco de aventura. – gargalhando.

Blanca: Dulce Maria! Você está enlouquecendo?

Fernando: Eles são dois loucos, Blanca. Deixem-os em paz. – reclamou com a mulher, arrancando uma gargalhada sonora dos presentes - O importante é que já estão todos bem

* * *

Assim que Dulce e Christopher entraram em casa, Dulce só fez uma coisa, esparramou-se no sofá do jeito que estava. 

Christopher: Dulce! Você ainda está um pouco molhada.

Dulce: Não quero saber – virando-se para o outro lado do sofá – Estou cansada da viajem e morta de dor de cabeça e dor no corpo todo – espirra – e com um possível resfriado. Era o que me faltava.

Christopher: Por isso mesmo. Tens que tomar um banho quente e dormir. Enquanto tu tomas o banho eu preparo um café forte, sem açúcar, para você.

Dulce: O QUE? – arregalando os olhos – Nem morta eu tomo um café sem açúcar. 

* * *

Meia hora depois Dulce estava sentada na cama e tomava um café forte, sem açúcar. 

Dulce: Não acredito que estou tomando isso! – fazendo careta.

Christopher: Por Deus Dulce! É o melhor para você.

Dulce: Ainda bem que eu tenho um marido para cuidar de mim. – sorrindo. 

A língua de Christopher travou no mesmo segundo. A pessoa que mais brigou para que tal casamento não acontecesse não podia estar falando aquilo. Ou podia? 

Dulce: Está me escutando? – arqueou uma sobrancelha.

Christopher: Desculpa estava pensando aqui.

Dulce: Às vezes você é tão misterioso. Os dois caíram na gargalhada juntos. 

Christopher: O cansaço anda afetando você. É melhor ir dormir.

Dulce: Concordo. – ajeitando-se na cama e apagando o abajur. 

Mas ela sentiu Christopher levantar-se da cama. 

Dulce: Não vai dormir aqui? – acendendo o abajur outra vez.

Christopher: Vou, mas antes vou beber água.

Dulce: Estou te esperando. 

Christopher apenas maneou a cabeça em um e seguiu para a cozinha.  Já de volta ao quarto Christopher entrou na esperança que Dulce já estivesse dormindo. Mas a encontrou muito bem acordada, com o abajur aceso e um panfleto de algum concerto em mãos. 

Christopher: Ainda acordada? – dirigindo-se ao outro lado da cama.

Dulce: Disse que te esperaria. – sorrindo – Na verdade nunca gostei de dormir sozinha.

Christopher: E com quem você dormia? – arquea uma sobrancelha.

Dulce: Com o Felpudo. – sorrindo.C

hristopher: Um gato não é tecnicamente uma companhia para se dormir.

Dulce: Pois bem, agora tenho a você.