Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Dulce acordou com lagrimas nos olhos. Estupidamente esperou que no meio da noite Christopher voltasse para o quarto. Esticar o braço e sentir apenas o vazio ao lado da cama era um soco no estomago e uma facada no coração. Triste, levantou-se da cama e foi ao banheiro fazer sua higiene pessoal.

Mas, ao mirar-se no espelho a tristeza deu lugar a raiva. Era ela que não recebia confiança! Era ela cujo amor não era correspondido! Era ela que tinha que conviver com o fantasma de Fernanda! Era ela que estava de TPM, bolas! Escovando os cabelos com força, decidiu que não sairia de casa. Não sairia do quarto, para ser mais exata. Apenas sairia para coisas básicas, comer, por exemplo.

Colocando seu robe, desceu as escadas. E disfarçadamente procurou por Christopher. Constatou que ele não estava na casa.  

Dulce: Ótimo! Aposto que passou a noite fora de casa! Foi para a gandaia, deixando-me à mercê de ladrões e tudo o mais. Ele sabe muito bem que a Nany não está aqui aos domingos! – resmunga. – Muito bem! Pois espero que tenha tido uma ótima noite – grita para a porta da frente. – Porque eu não tive! – completa.  

Dulce vai para a cozinha e olha com raiva para a geladeira.  

Dulce: Perfeito! Alem de estar de TPM e provavelmente ser corna, vou ter de passar fome! – vai para a geladeira e abre a porta – Ovos, leite, bacon, presunto, peru... Iogurte... Pão... Queijo... Hum... Acho que dá para tentar uma omelete. – diz – Passar fome é que não vou.  E começa a batalha entre Dulce e a cozinha. Dulce procura em todas as portas por uma panela que ela achava que tinha uma aparência de frigideira.  Dulce: Hum... Omelete é feito de quê? – pergunta-se. Olha para os ingredientes que possuía à mão. – Acho que se misturar o bacon com o peru, o presunto e o queijo deve dar alguma coisa parecida com omelete... – dito isso, quebra os ovos e joga-os na frigideira. Ao mesmo tempo, separa outra panela para fritar o pero e o bacon. Enquanto esperava assar os ovos, o bacon e o peru, Dulce cortava o presunto e o queijo. Porém, ela esquecera-se de colocar a manteiga nas panelas – Func... Func... Que cheiro é esse? – olha em volta e seu olhar pára nas panelas – Meu Deus! Os ovos! – corre até a frigideira – Não! Droga! Queimaram! – vai até a lixeira e joga-os fora – O cheiro ainda continua? Mas que diab... – olha para a panela do bacon e do peru – NÃO! – corre para o fogão onde o cabo da panela estava pegando fogo – MEU DEUS! APAGA! – desesperada, Dulce enche um copo d’água e despeja sobre o fogo – AI, MEU DEUS! – ainda não tao aliviada, apesar do fogo já ter apagado, tenta pegar a panela pelo cabo, mas acaba se queimando – MERDA! – com muita raiva, pega o copo de vidro com o qual tentou apagar o fogo e o jogou em direção à porta da cozinha.  Porém, foi no mesmo instante em que Christopher aparecia na cozinha.  

Christopher: AAAAIIIIII!!!! – berra Christopher ao sentir que algo duro e pesado batia fortemente contra sua cabeça. Bate com as costas na parede e desce ao chão até ficar de cócoras – Mas o que...? – Christopher interrompe-se ao mirar a cozinha.  

Estava uma baderna completa. Panelas para todos os lados, pedaços de comida espalhados pela mesa e pelo chão, leite derramado sobre o balcão e que respingava no chão, a geladeira possuía uma cor rosada e um cheiro doce que Christopher desconfiava seriamente que fosse seus iogurtes e... Não. Christopher não acreditava no que estava vendo. O cabo da panela reduzido pela metade.

Christopher: Por mil demônios! O que diabos está acontecendo aqui, Dulce? Você foi assaltada? – pergunta transtornado.

Por um momento Dulce fica com uma vontade histérica de rir. Mas com toda a força do corpo, consegue se conter e responder:

Dulce: Não Christopher. Estava tentando cozinhar.

Christopher: Cozinhar? – pergunta – COZINHAR? – grita – Por acaso isso você chama de cozinhar? Você está destruindo o que chamamos de cozinha! Dulce, por Deus, olhe isso aqui! Há pedaços de queijo grudado no teto! – diz bastante exaltado.  Dulce olha ao seu redor e constatou que seus planos para seu café da manha não saíra bem com imaginara.  

Christopher: E, maldição, por que me jogaste um copo na cabeça? – pergunta com raiva – Olhe! – toca no hematoma – Está sangrando!

Dulce olha para o hematoma que se formava e uma onda de culpa a inunda.  

Dulce: Ó, Christopher! Perdoa-me! – o abraça bem forte – Desculpe! Joguei o copo devido à raiva que estava sentindo naquele momento – lagrimas começam a se formar nos olhos de Dulce – Primeiro, eu queimei os ovos, depois eu vejo que o cabo da panela estava pegando fogo. Desesperada apago-o com um copo de água que enchi – relata caindo em prantos – E quando eu vou pegar a panela para ver se ainda sobrara algo comestível, eu me queimo. Simplesmente não agüentei. – soluça – Tinha que descontar em alguma coisa.

Christopher: E minha cabeça foi a primeira coisa que lhe veio à cabeça? – Dulce dá um soluço forte fazendo Christopher se arrepender – Psiiiu... Pronto, passou... – a embala – Não está doendo mais... Não estou nem sentindo mais a dor... – a afaga em seus braços.  

De repente, uma imagem de que Christopher teria abraçado uma mulher, do mesmo modo que ele fazia agora com ela na noite anterior, lhe veio à mente. Uma raiva que brotara do interior, transbordou pela superfície e se extraviou nas mãos de Dulce.  

Dulce: Seu cachorro! Seu cafajeste! – dá uma tapa com força no rosto de Christopher – Saia de perto de mim! – se desvencilha dos braços dele – Como você ousa me tocar?  

Christopher fica em estado de choque com a mudança brusca de humor e com a tapa que recebera.

Christopher: Mas o que é que eu fiz? – pergunta sem entender nada.

Dulce: Não seja mentiroso! Seu cafajeste! – se levanta – Eu sei muito bem onde você passou a noite! – grita, andando em voltas pela cozinha.

Christopher: Onde eu passei a noite? – repete – Eu passei na cama, ora bolas... – diz Christopher.

Dulce: NA CAMA COM OUTRA! – berra.  

“Faça bastante carinho e não lhe diga nada, mas nada mesmo, que a faça pensar que há um segundo significado...”. A frase de Anahí ressoou na mente de Christopher.  

Dulce: Você deve achar que eu sou muito burra! – comenta Dulce andando em círculos pela cozinha – MAS EU NÃO SOU! – berra e joga o rolo de papel toalhas na direção de Christopher que por reflexo, se esquiva rapidamente.

 “... e se ela lhe jogar algo na cabeça, é só para aliviar a tensão...”.  

Dulce: Eu já tinha lhe avisado Christopher! – continua berrando e andando em círculos – Desde o começo! Eu não suporto ser feita de palhaça! Se você quer se divertir, ótimo! Bom, pra você! Mas eu não permito que seja às minhas custas! – e continua berrando inúmeras coisas.  

“... se ela chorar bastante não ligue, se ela tiver ataques de raiva, dê-lhe uma flor ou um beijo...”.

Christopher apenas relembrava das palavras de Anahí e Maite. Elas acertaram em cheio em cada palavra. Dulce estava tendo um ataque.  

Não mais ouvindo as reclamações de Dulce, levantou-se ainda meio tonto pela pancada e pegou a sacola que trouxera da cidade. Acordara-se bastante cedo para ir à cidade. Não sabia de onde Dulce tirara a idéia de que não dormira em casa. 

Parou um instante para olhar Dulce. Estava linda. Seu rosto estava corado pela raiva, seu cabelo encantadoramente desalinhado e seu robe abrira sensualmente mostrando a sexy e delicada renda do seu sutiã. Mais que rapidamente, a agarrou em seus braços, prendendo o corpo dela contra o seu, impossibilitando-a de mover os próprios braços.