Fanfics Brasil - αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ


Capítulo: 62? Capítulo

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Eduardo recebe os papéis num sorriso, mas à medida que começa a ler, sua expressão começa a mudar. Primeiro a perplexidade, depois a confusão era expressa no rosto já suado de Eduardo.



Eduardo: Ond... Onde você conseguiu esses papeis? – pergunta Eduardo numa calma controlada, mas seus olhos soltavam faíscas.

 

Dulce: Não importa como eu consegui. Eduardo, o que você esteve fazendo com o dinheiro da empresa?

 

Eduardo passa as mãos no cabelo nervoso.  

 

Eduardo: Dulce, não sei quem está fazendo isso, mas eu não fiz nada. Eu estou controlando o dinheiro da empresa como sempre fiz... Eu trabalho para o seu pai há anos, jamais faria nada...

Dulce: NÃO MINTA! – grita Dulce – Não minta para mim! Eu sei da verdade! Eu quero saber por que você fez isso! POR QUÊ?

Eduardo encara Dulce, perplexo.

Eduardo: Dulce, eu não estou mentindo. Juro. Mas eu sei quem está roubando a empresa. É o Christopher, ele quer se vingar do pai e...

Dulce: PÁRA! PÁRA! Pára de contar mentiras! - Dulce faz um gesto exasperado com as mãos. A raiva estava na superfície. – Não envolva Christopher nas suas mentiras! Não adianta incriminar ninguém! A polícia já está a caminho! Não há como fugir! Eu só quero saber por que você fez isso! – a voz de Dulce estava bastante alta.

O rosto de Eduardo parou nenhum músculo se moveu quando Dulce mencionou a polícia. E para o horror de Dulce seu rosto que converteu em fúria pura e gotas de suor desciam pelo seu rosto quando ele se aproximou perigosamente de Dulce.

Eduardo: Ora, sua... – Eduardo não conseguiu terminar, tamanha a sua fúria. Seus pensamentos estavam travados, e para o desespero de Dulce, Eduardo rodeou seu pescoço com as mãos e a levantou do chão.  

Dulce por instinto levou suas mãos às de Eduardo tentando folgar o aperto, mas parecia em vão. Seus pés já não tocavam o chão e suas costas estavam encostadas à janela de vidro.

Eduardo: Você quer saber por que eu estive roubando a empresa? Quer saber? – urrava Eduardo, ao mesmo tempo em que apertava ainda mais o pescoço de Dulce – Porque eu cansei de viver nas sombras! Eu sempre estive ao lado de Fernando e Carlos nos negócios mais importantes da empresa, e o que eu ganhava? NADA! ABSOLUTAMENTE NADA! Nenhum um vintém sequer! Vivi sempre recolhendo as migalhas que eles deixavam para mim! Só que eu não sou homem de viver de migalhas! Eu quero mais! MAIS! Eu quero receber o que eu mereço! E esse dinheiro é meu por direito! – Dulce já arquejava e seus pulmões estavam completamente sem ar – Agora vem a metidinhazinha da Saviñon mirim brincando de detetive! E ainda tem a audácia de chamar a polícia! Bom, sinto muito dizer, minha cara, que você não vai viver para me ver indo para a cadeia! Você vai morrer, me ouviu? Vai morrer! – Dulce achava que era impossível que ficasse mais difícil de respirar, mas se enganara. Eduardo apertou ainda mais e Dulce já tinha lagrimas nos olhos.

A dor era agonizante e tortuosa. Por mais que tentasse se liberar, era uma tentativa em vão. Suas mãos se aferravam nas mãos de Eduardo, mas era inútil. Por mais que puxasse o ar ele não vinha, e a mente de Dulce turvava. As lagrimas caiam dos olhos de Dulce, não por morrer, mas por não poder ver Christopher uma ultima vez. Não o veria e nunca mais teria a esperança de que talvez ele ainda viesse a amá-la...  

XxXxX: MAOS PARA O ALTO! NÃO FAÇO NENHUM MOVIMENTO QUE NOS OBRIGUE A ATIRAR! VOCÊ ESTÁ NA NOSSA MIRA!

Dulce reuniu as ultimas forças que tinha e olhou para o lado em que a voz vinha. Se pudesse suspirar de alivio, era o que faria. Mesmo com a visão embaçada, podia ver a polícia apontando suas armas na direção de Eduardo. E sentiu as mãos que lhe rodeavam o pescoço afrouxando até que não sentia mais nada lhe sufocando.

Caiu no chão e colocou as mãos em volta do pescoço dolorido. Puxava o ar com muita força e aos poucos, reuniu um pouco de energia para se levantar.

Sentiu umas mãos em volta do seu ombro e por instinto se esquivou. Mas percebeu que era um policial.


XxXxX: Não se preocupe, senhora. Já está a salva. A senhora está bem? – perguntou o policial preocupado.

 

Dulce: Estou... Preciso ir... – diz Dulce cambaleando até a porta. – Os papéis estão na maleta preta...

 

XxXxX: Certo, mas a senhora não está bem e...

 

Dulce não ouviu mais, pois saíra da sala. Era verdade que quase não estava se agüentando, mas precisava dizer a Christopher.

 

Como que uma visão, viu Christopher saindo do elevador e indo a sua direção.
 

Christopher: Dulce, o que...

Dulce: Christopher, é Eduardo! É Eduardo o culpado! É ele quem... – parou para pegar um ar que era escasso nos pulmões.

Christopher: Do que você está falando Dulce? – pergunta Christopher com raiva.

Dulce o olha por uns instantes não entendendo a raiva de Christopher, mas ignora e continua com esforço:

Dulce: É Eduardo quem está roubando a empresa! – Dulce se aproxima e tenta colocar as mãos nos ombros dele, mas ele a rechaça.

Christopher: Não minta Dulce! Chega de mentiras! – Christopher se afasta, gritando.

Dulce pára onde está e o olho confusa.

Dulce: Mentiras? Do que você está falando? – pergunta num fio de voz, já sentido que não se agüentaria por muito tempo.

Christopher: Eu sei que é você quem está fraudando a empresa – Christopher urra para Dulce – EU SEI QUE VOCÊ É UMA LADRA!  

Dulce olha horrorizada para Christopher. Não acreditava no que estava ouvindo. Como assim ladra?

Dulce: Christopher, eu não roubei nada! Foi Eduardo que...

Christopher: Claro que não foi ele! Você é uma ladra mentirosa Dulce! Como pode ser tão...

XxXxX: NÃO CHRISTOPHER, NÃO!

Dulce e Christopher se viram para a voz que saía do elevador. Alfonso entrou na sala onde ficava a secretaria de Eduardo.

Alfonso: Você entendeu tudo errado Christopher! Não existe nenhuma Claudia Campbell! Não existe nenhum 6.000.000 de libras na conta de Dulce. Aquele papel era uma mentira! Aquela cópia foi digitada por alguém que queria prejudicar a Dulce! A Dulce não roubou nada! – gritou Alfonso para Christopher.


Christopher olhou para Alfonso por alguns instantes tentando assimilar a informação.

 

Christopher: Então quem...

 

Alfonso: O Eduardo! A polícia está aqui para prendê-lo.

 

Christopher: Prender Eduardo? Mas quem chamou a polícia? – mas Christopher e Alfonso sabiam da resposta. Os dois olharam para Dulce e no mesmo instante, Christopher se arrependeu amargamente do que fez.

 


Dulce estava pálida e tinha os olhos vermelhos de chorar. Estava tremendo compulsivamente e se segurava na parede para não cair.

 

Christopher: Dulce, eu...

 

Mas se interrompeu, pois Dulce balançou a cabeça freneticamente. Reunindo as forças que lhe restavam, começou a andar. Mas parecia que Eduardo ainda lhe apertava a garganta. Estava com dificuldade para respirar. E a falta do café da manhã não ajudava em nada. Estava até sem forças para tentar puxar o ar. Mas queria sair dali logo. E se possível, nunca mais ver Christopher na vida.
 

Christopher: Dulce, me perdoe... Eu... Dulce, você está bem?

Dulce arfava, seu corpo implorava por ar, mas ela não conseguia pensar, só queria sair dali.

Alfonso: Dulce? Ela não está conseguindo respirar! – exclama Alfonso para Christopher e eles já se aproximavam dela quando ela negou com a cabeça. Alfonso parou, mas Christopher continuou.

Christopher: Dulce, você precisa ir para um hospital! Deixe-me aproximar de você! – gritou quando Dulce entrou no elevador – Deixe-me te ajudar!

Dulce o olhou e num fio de voz, sussurrou:

Dulce: Sai daqui! – apertou um botão qualquer, e as portas do elevador se fecharam. Depois disso, ela não viu mais nada.

Christopher urrou e bateu com toda a sua força na porta do elevador.

Christopher: DULCE! – berrou – Poncho a Dulce está passando mal e está trancafiada nesse maldito elevador!

Alfonso: Eu sei Christ...

XxXxX: Sr.Uckermann?

Christopher e Alfonso se viraram para a porta da sala de Eduardo onde alguns policias mantinham Eduardo algemado e um outro policial de estatura baixa e gordo veio na direção de dois.

XxXxX: O senhor é Christopher Uckermann? – pergunta apontando para Christopher que assente – Sou o detetive Andrade. Acabamos de prender o Sr.Eduardo Clint por desvio

de dinheiro e por tentativa de homicídio...

Christopher/Alfonso: Tentativa de homicídio? – pergunta os dois na mesma hora bestificados.

Andrade: Sim, pegamos em flagrante o Sr.Eduardo tentando enforcar a Sra.Dulce Maria Uckermann.  

Christopher sente todo o peso da culpa percorrer pelo seu corpo e se alojar no meio do coração. Sabia o tremendo erro que cometera com Dulce e morria de vergonha por isso. Tinha consciência de que machucara Dulce no mais intimo do seu ser. Porem naquele exato momento só queria matar o homem que quase sufocara até a morte a sua vida, Dulce.

Christopher: Seu desgraçado! – urra de raiva e parte para cima de Eduardo que recebe, com toda a força que Christopher pôde depositar no punho, um soco no rosto e no estomago. Porem, Christopher não pôde socar mais, pois os policias e Alfonso o seguraram para não avançar mais.

Alfonso: Não Christopher! Já chega! Ele já vai ter o que merece! – diz Alfonso enquanto o levava para o canto da sala.

Christopher: Poncho! Você tem noção do que esse canalha fez? Ele roubou a empresa e me colocou contra a Dulce! – fala Christopher, com um desejo incontrolável de quebrar a cara de Eduardo.

Alfonso: Desculpe amigo, mas quem te colocou contra Dulce foi você mesmo. – diz Alfonso com sinceridade.

Christopher olha surpreso e enfezado para Alfonso, mas depois suspira triste.

Christopher: Eu fui asqueroso e imperdoavelmente arrogante, não foi? – pergunta Christopher com a cabeça baixa.

Alfonso: Sinto lhe dizer, mas foi. Em toda a extensão da palavra. E sem querer parecer muito pessimista, apenas realista, o seu casamento está sob um fio.

Christopher: Obrigado pela sinceridade. – agradece irônico – Mas por que diabos você não me sobre Claudia Campbell logo?

Alfonso: Eu tentei! Eu deixei um recado com Ana para que quando você chegasse, visse falar comigo imediatamente!

Christopher parou estático lembrando-se vagamente de Ana ter lhe dito algo semelhante. A culpa pesou mais ainda.  

Christopher: E como você descobriu a farsa dos gerentes do banco?

Alfonso: Ao contrario de você, eu não achei que a Dulce fosse capaz de roubar a própria empresa, por isso resolvi falar com essa Claudia Campbell...

Christopher: Como você se lembrava do nome do gerente? – interrompe.

Alfonso: Porque eu sou advogado e tenho que lembrar desse detalhes. E também achei estranho. Eu conheço o gerente do banco e ele é Flavio Fletcher e eu não me lembrava de haver uma outra gerente chamada Claudia Campbell. Então me disseram que não existia ninguém com aquele nome trabalhando no banco. E você deixou algo de vital importância escapar das suas mãos. Algo que você foi idiota o bastante para não perceber.

Christopher: O quê? – pergunta impaciente, não gostando das ofensas.

Alfonso: A Dul não trabalhava na empresa há anos trás para poder ficar fraudando a empresa. Ela só trabalha há mais ou menos onze, quase doze meses.

Christopher achou que não podia ficar pior do que já estava. Mas viu que se enganara, pois estava chegando ao ponto de sentir nojo dele mesmo.

Andrade: Sr.Uckermann? Precisamos que o senhor nos acompanhe para prestar depoimento e assinar o pedido de acusação. E também precisaremos da sua esposa também.

Christopher: Dulce! – olha para o painel do elevador e vê aonde ele parara.

Christopher sai correndo pelas escadas e desce direto para o saguão da empresa.

Dulce aos poucos voltava à consciência. Só sentia que seu corpo era levantado de algo de superfície dura e depois, depositado em algo macio. Também sentiu que seu pescoço era imobilizado e em seu rosto algo cobria seu nariz e sua boca. Mentalmente, abençoou quem quer tivesse feito aquilo, pois, como que por milagre, começou a respirar; ainda fracamente, mas já respirava. 

Cônscia de que era levada para uma ambulância, concentrou-se em sugar e expelir o ar. Todavia, ainda mantinha os olhos fechados. Sabia que se abrisse os olhos, tudo voltaria. “Você é uma ladra mentirosa Dulce! Como pode ser tão...” Tão o quê? Tão infantil por ter acreditado que um dia Christopher poderia amá-la? Tão estúpida por ter acreditado que Christopher confiava nela? Ou tão idiota por ainda saber que seu amor, por mais terrivelmente machucado que estivesse, ainda estava lá, inegavelmente real, gravado no corpo, na alma e no coração?  

*  *  * 

Christopher chegou ao saguão da empresa com a respiração ofegante. A preocupação com Dulce fora tão grande que ele nem mesmo lembrou-se que iria descer doze andares de escada. 

Christopher: Dulce! – gritou ao perceber a agitação no saguão – Carmélia, você viu a Dulce? Ela entrou no elevador, e eu acho que ela desmaiou, porque não estava bem...

Carmélia: Sr.Uckermann, sua esposa está sendo colocada agora mesmo numa ambulância lá fora e... - a recepcionista da empresa não termina a frase, pois Christopher sai em disparada para fora. 

Christopher no mesmo instante em que atravessa as portas de entrada avista a ambulância. Imediatamente, vai em direção a ela. 

Christopher: Dulce! Dulce! O que aconteceu com ela? – pergunta ao pára–médico que estava colocando os aparelhos vitais em Dulce. – Eu vou junto com ela!

Pára-médico: O senhor é o que dela? – pergunta a Christopher deixando outra pessoa colocar os aparelhos em Dulce.

Christopher: Sou o marido dela! – grita Christopher – O que aconteceu? – repete.

Pára-médico: Senhor, se não se acalmar, não permitiremos que vá conosco na ambulância.

Christopher: Ta, tudo bem. Desculpe – Christopher entra na ambulância e vê Dulce deitada, aparentemente inconsciente, com o medidor da respiração e do coração ao lado. – O que aconteceu? – pergunta pela terceira vez.

Pára-médico: Ainda não sabemos ao certo. Só que ela teve uma parada respiratória e que por conseqüência, seu cérebro ficou desoxigenado, ocasionado a perda dos sentidos. O senhor sabe de algo que explique essa falta respiratória? – pergunta o pára-médico enquanto colocava o soro na veia de Dulce.

Christopher: Dulce tem uma falha na traquéia, não sei bem como é isso, só sei que ela tem isso desde criança e que faz mais ou menos um ano que ela não continua com o tratamento. – diz Christopher sentando-se ao lado de Dulce.

Pára-médico: Isso explica muita coisa – diz o pára-médico, e depois os dois continuam em silencio. 

Christopher olha para Dulce. Estava mais pálida do que quando estava no setor de contabilidade e quando Christopher segurou sua mão, viu que estava mais gelada do que podia imaginar. A dor que o atravessou era insuportável, era como tentasse segurar com força a ponta de uma faca com as duas mãos. Machucara Dulce e machucara a si mesmo. E estava fazendo um esforço sobrenatural para não pensar nas conseqüências que traria para o seu casamento. 

Dulce achou estar sonhando. Por um momento pensou em ter ouvido a voz de Christopher, mas ignorou. Porém não pôde ignorar quando sentiu sua mão ser acolhida numa outra, só que maior e áspera. Não evitou a curiosidade e abriu os olhos. 

Se não tivesse sentindo a dor no seu pulso quando colocaram o soro na sua veia, teria achado que era sonho. Estava ali, Christopher sentado ao seu lado, segurando a sua mão. A primeira reação de surpresa foi substituída por emoção, mas rapidamente deu lugar à raiva.  

Tirou sua mão bruscamente surpreendendo à Christopher e logo Dulce lhe lançou um olhar cortante e gélido. 

Christopher: Dulce! Dulce! Como se sente? – pergunta Christopher eufórico ao constatar que Dulce tinha recobrado os sentidos. – Dói alguma coisa? – pergunta Christopher ao tentar segurar novamente a mão de Dulce. Mas pára ao ver que ela cerrara as mãos em punhos, impedindo que ele as segurasse.

Pára-médico: Por favor, senhor. Não a force falar, ela não está em condições.

Christopher: Ok – murmura, ao sentir na pele o cortante olhar de Dulce. 

O restante do percurso foi num silencio constrangedor para Christopher e Dulce. Christopher bastante envergonhado e Dulce com muita raiva. Dulce recebeu um sedativo e adormeceu até que finalmente chegaram ao hospital.  

 *  *  * 

Dulce aos poucos foi acordando. Um cheiro de éter e de álcool logo invadiu suas narinas. Mesmo com as pálpebras fechadas, sentia a luz forte batendo nos olhos. Para que não sentisse logo o impacto, foi abrindo-os lentamente.  

Percebeu que o quarto era predominantemente branco, e tinha poucos móveis. À sua frente, havia uma televisão e um jarro de flores apenas. Ao olhar para os lados, seu estomago se contraiu. Vários aparelhos se conectavam a ela graças à vários fios. O pânico percorreu pelo seu corpo, puro e agonizante. Foi nesse instante em que a porta se abriu. 

 

Christopher: Oi Dul. – fala Christopher enquanto fecha a porta do quarto. 

Dulce apenas o olha friamente. O pânico fora colocado de lado enquanto Dulce o olhava aproximando-se da sua cama. Dulce sabia que por mais que o amasse, não seria capaz de fingir que nada houvesse acontecido. 

Ele tragou a saliva e, dessa vez, baixou a guarda ao ver o olhar sem o brilho que tanto costumava ver nos olhos dela. Estava nervoso, não sabia o que dizer. Por isso procurou na mente e falou a primeira coisa que lhe ocorreu: 

Christopher: Precisamos ir à delegacia. – disse não ousando encostar em Dulce.

Dulce: Eu preciso ir a delegacia. – ela lentamente começou a tirar o soro do braço e dos demais fios que lhe furavam a pele, sem que Christopher percebesse. O pânico voltara. – Se você for é capaz de me denunciar não é? – ela sorriu irônica e viu que ele virou de costas para ela. Dulce aproveitou para tirar os tubinhos que lhe possibilitavam a respiração. 

Christopher: Mas o detetive Andrade... – ainda de costas para ela.

Dulce: Que se dane! – ela gritou com fúria e se levantou num salto da cama, fazendo com que Christopher virasse surpreso. 

O movimento brusco a deixou tonta e quando Dulce colocou os pés no chão o ambiente começou girar. O ar, novamente, faltou nos pulmões. Antes de tudo ficar preto ela sentiu dois braços envolvendo seu corpo, impossibilitando-a de cair no chão. 

* * * 

Dulce aos poucos voltou à consciência. Enquanto seu cérebro tentava assimilar as informações do que havia acontecido, seus olhos tentavam acostumar-se com a claridade. Ela olhou ao redor e viu que ainda estava no quarto meticulosamente branco. E viu que estava novamente ligada aos fios. Podia-se escutar o burburinho do lado de fora do quarto. Mas dentro do quarto o silencio imperava. 

Christopher estava ao lado da cama. Visivelmente preocupado. Quando viu que ela já estava acordando-se uma felicidade o inundou. Ela estava viva. Por um momento aterrorizante, ele achou que o corpo de Dulce que caíra em seus braços desfalecido, nunca mais fosse acordar. 

Christopher: Não se mexa. Vou chamar uma enfermeira. 

Ela olhou para ele, e o olhar de quem não estava entendo nada se fechou, dando espaço para olhos sem nenhuma emoção, sem nenhuma vivacidade. Dulce sentia-se morta por dentro, morta pelas palavras proferidas por Christopher. 

Ele entendeu. Não precisa de palavras para entender o que se passava por dentro de Dulce, afinal fora ele que causara tudo, não foi?  

Christopher: Por Deus! Pare de me olhar assim. – desesperado. 

Ele sentou-se em uma cadeira que tinha perto da cama. Enterrou o rosto nas mãos, enquanto deixou os braços apoiados no joelho. 

Christopher: Por que você tem que ser tão fria Dulce?  - ele levantou o rosto das mãos e mirou-a mais uma vez.

Dulce: Por que você me chamou de tudo aquilo? – provocou-o. – Por que teve que me humilhar tanto? 

Christopher podia ver ressentimento na voz dela. Com certeza estava muito magoada. 

Christopher: Não se responde uma pergunta com outra pergunta.

Dulce: Eu respondo do jeito que eu quiser. – ela elevou o tom de voz.

Christopher: Desculpe-me – abaixou a cabeça mais uma vez para as mãos – Mas eu não sabia que ia te magoar tanto.

Dulce: AH! – ela soltou um risinho irônico – É claro Christopher, você ser chamada de ladra – ela fungou de leve, já podia sentir as lágrimas brotarem nos seus olhos ao lembrar-se das palavras ditas por ele – pela pessoa que você ama não magoa mesmo. – ela levou a mão até os olhos e limpou algumas lágrimas que insistiram em descer – Apesar de tudo, de tudo que você fez eu ainda te amo. Do mesmo jeito da noite passada, quando eu disse tudo o que eu tinha a dizer e estava preso na minha garganta. 

Christopher sentiu todos os pelos do seu corpo se arrepiar. Ela o amava. Ela ainda o amava. Não tinha posto tudo a perder... 

Ele se levantou da cadeira e se dirigiu até a janela do quarto. Abriu a cortina e mirou o centro de Londres, com seu transito tão apressado como sempre, com pessoas andando de um lado para o outro. Seu emocional estava tão agitado quanto o centro da cidade. Ele levantou o rosto a fim de ver o rosto da mulher que amava. Viu mágoa, desapontamento, dor e por mais que Christopher achasse que não merecia, o amor.  

Dulce: Um dia eu disse que toleraria qualquer coisa nesse casamento, menos que você faltasse o respeito comigo. E nesses últimos 11 meses, quase 12, foi o que mais aconteceu. – ela inclinou o rosto para vê-lo, estava tão abalado quanto ela – Afinal qual foi o propósito de todo esse teatro matrimonial? 

Ela queria ouvir dele a resposta.            

Christopher: A empresa? – respondeu receoso ao ver a fúria nos olhos dela.

Dulce: Exatamente. E eu acho que já conseguimos tudo o que queríamos, acho que tudo isso chegou ao fim Christopher. – suspirou – Eu quero o divorcio.  Os olhos de Christopher não podiam arregalar-se mais. Ela não podia estar falando a verdade, não, não podia. Não agora que ele tomara coragem para falar que também a amava. Não agora que ele podia corresponder-lhe em todos os sentidos...Ele dirigiu-se até ela na cama. 

Christopher: Você não pode. Você me ama. – disse como se fosse a ultima saída – Você não vai conseguir viver sem mim.  

Ele sabia que estava arriscando tudo. Sabia que era a ultima carta do baralho. Mas não tinha outra saída... 

Dulce: Eu te amo, mas não tenho nenhum umbigo com você. – ela virou o rosto para o outro lado – E amores podem ser esquecidos. – suspirou – Bom, eu pelo menos vou conseguir. Mesmo se você não esqueceu Fernanda, eu vou esquecê-lo.

Christopher: Eu não posso esquecer Fernanda. – ele faz uma pausa e vê o brilho de uma lágrima nos olhos de Dulce – Eu não posso esquecer Fernanda porque eu não nunca a amei – ele segurou os ombros de Dulce nas mãos fazendo com que com a parte superior do corpo dela ficasse suspensa em sua direção, enquanto a outra parte repousava na cama. Seus rostos estavam perigosamente próximos, e suas bocas a milímetros uma da outra – Eu t...


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Autor(a): lih_rbd

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 426



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  • vanessanessavondy Postado em 24/11/2014 - 15:53:01

    amoooooooooo,mais queria ver ela COMPLETISSIMA

  • aninhadyc Postado em 17/07/2012 - 13:16:44

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  • aninhadyc Postado em 17/07/2012 - 13:16:39

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  • mirellyvondy Postado em 21/06/2011 - 16:57:58

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    Sera que alguem pode se apaixonar por um vampiro?
    Será que um vampiro pode se apaixonar por alguém?
    E se ele gostar dela?
    E se ela gostar dele?
    Dul,uma garota comum e normal como todas as garotas,morava no México com sua mãe,seus pais eram separados,haviam se separados por que sua mãe estava grávida e queria se mudar para um lugar mais quente,como México,chamonix era uma cidade muito fria e tinha medo de algo acontecer com ela ou com o bebe,mais seu pai se recusou a ir,entao,ela peguou dulce e foi sozinha para o México,no nascimento do irmão Liam,sua mãe não resistiu e morreu,dulce e o bebe foram morar com o pai em chamonix.Uckermann um homem serio e guardado vive em uma família grande de 5 irmaos,um pai e uma mãe,morava em Paris até o irmão mais novo ter feito coisas que comprometeram a família,entao ele se muda para charmonix com a família,para ele,o que seria tranqüilidade muda completamente ao conhecer alguém que mudara sua vida.
    RASTROS DE AMOR
    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=11416

  • es Postado em 03/05/2011 - 13:14:14

    Galera, leiam a minha webnovela Vem Que Tem. Vocês vão gostar muito mesmo. Encontrem ela na categoria comédia ou no meu perfil! Valeu!

  • misterdumpet Postado em 04/02/2011 - 19:18:03

    Não percam! Dia 05/02 estreia: Samira, em tempos de guerra.
    O que vale mais: a vida ou a honra? Samira te responderá

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  • saulo Postado em 25/11/2010 - 12:42:20


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