Fanfic: αмσя тяα∂ι¢ισиαℓ

Dulce estava perdida. Quando saiu da empresa, não sabia que rumo tomar. Olhou para os lados. Sentiu-se em pânico. Nunca tivera tanto medo, receio e raiva na vida. A quem recorreria? Seus próprios pais tiraram o mais precioso que tinha na vida: a esperança de poder realizar seus sonhos, realizar sua vida. Em meio da escuridão, lembrou de duas pessoas que poderia contar. Sempre. As duas pessoas que não a maltrataria, não a controlaria, não destruiria seus sonhos. Anahí e Maite. Lembrar os rostos das melhores amigas a reconfortava. Sabia que com elas poderia ter o tempo que fosse preciso para chorar, pensar, desabafar. Então, correu para o primeiro carro de aluguel que viu e saiu em disparada para a casa de Anahí.

Alguns segundos depois, sai Christopher também deslocado. Estava muito mal. E não permitiria que seus amigos o vissem tão vulnerável assim. Não podia. Preferiria buscar ajuda apenas quando estivesse com algo concreto na cabeça pois tudo estava embaralhado em sua mente. Antes de mais nada precisava ficar sozinho e pensar, pensar, pensar. Mas para onde iria? Não voltaria para casa tão cedo. Não queria correr o risco de encontrar-se com seus pais. Então na sua cabeça só veio um lugar onde poderia ficar em paz: no Central Park. Foi caminhando absorto em seus pensamentos ate chegar ao local. Talvez por ironia do destino mas acaba sentando-se no banco onde pela primeira vez conversou com Dulce.

Flashback:

“ Anahí, Poncho e Christopher aproximam-se do banco.

Anahí e Poncho ficam em outro banco, namorando um pouco.

Christopher: Dulce Maria Saviñon!

Dulce: Ela mesma por quê?

Christopher: Christopher Uckermann, não me reconhece da sua festa de 15 anos? – beijando o dorso da mão de Dulce.

Mai: Dul, eu vou caminhar um pouco! – sai antes que ela respondesse.

Dulce: Não lembro muito – se afastando dele – apenas de nome, sei que seus pais são sócios dos meus na Uckermann e Saviñon!

Christopher: Sim, mas eu lembro de você muito bem! – se acercando cada vez mais – porque esquecer uma menina...

Nany: DULCE MARIA! Vamos!”

Fim do Flashback

Naquele dia os olhos da garota brilharam como nunca. Os encantou. Na verdade, ela toda o encantou. Porem não gostava desse encanto. Não queria ser encantado. Encantos são para contos de fadas. E sua vida estava longe de ser um conto. Como poderia voltar a ter um relacionamento serio? Como poderia CASAR-SE, que era o pior de tudo?! Não estava pronto para isso. Não estava seguro se gostaria passar o resto de sua vida preso a Dulce e responsável por uma empresa em ruínas. Trazer a empresa de volta aos seus tempos de ouro seria difícil. Mais difícil ainda seria voltar a olhar nos olhos de Dulce e ter que toma-la como esposa pelo resto da vida. Por mais encantos que a garota jogasse sobre ele, não poderia apagar o passado. Foi humilhado pela única garota que pensou que amava e confiava. Mas como um verdadeiro Uckermann, soube dar a volta por cima. Entretanto, essa volta custou caro. Nunca mais conseguiu confiar em ninguém mais. E hoje mais uma vez provou que não podia confiar nem em seus próprios pais. Eles armaram e planejaram sua vida toda às escondidas. Será que nunca poderá confiar mais em alguém? Estava condenado a viver desconfiado e só no mundo? Como poderia manter um casamento com uma garota que só conhecia faz algumas semanas? Como poderia manter uma família com apenas 17 anos?

Sentiu um no na garganta e no peito. Mas não! Homens não choram! Chorar é para fracos e covardes. Não deixaria cair nenhuma lagrima sequer. Enfrentaria o problema, ou tragédia, como sempre fez. O transformaria em lição. Faria com que o problema o deixasse mais forte e esperto. Aprenderia com ele. Mas tinha uma questão que ele não sabia como resolver: como iria olhar para os olhos de Dulce novamente? Decidiu ver os amigos. Já se sentia com a cabeça mais em ordem. Mas antes resolveu passar em sua aula de judô para aliviar a tensão do seu corpo.

*Enquanto isso, na casa de Anahí... *

Dulce acabara de entrar no quarto de Anahí. Ela estava totalmente abalada pelo ocorrido. Não tinha como se casar com Christopher.

Anahí: Dul, o que aconteceu? – perguntou ao ver o rosto da amiga vermelho.

Dulce: Não consigo dizer nada – sentando na cama da amiga.

Anahí: Dulce, calma. Quer um copo com água?

Dulce apenas assentiu.

Anahí: Um minuto.

Em pouco tempo Anahí já estava de volta no quarto. E Dulce pegou logo o copo com água e tomou, colocando-o em cima da mesinha.

Anahí: Dá para me explicar agora...o que aconteceu com você? Até que eu saiba você estava em uma reunião...

Dulce: Não me fala dessa reunião! – se levantando e com um tom de voz estressado – ela já deu o que tinha de dar!

Anahí: Me explica Dul, assim eu não posso te apoiar em nada. Absolutamente N.A.D.A – gesticulando com as mãos.

Dulce suspirou fundo e começou a contar toda a historia, até a parte do casamento.

Dulce: Resumindo: meu pai e o sr. Uckermann querem que eu me case com o Christopher para salvarmos a empresa...

Anahí: Não creio... Tu não podes fazer isso? E sua mãe? A sra. Uckermann?

Dulce: Não estão de acordo, mas o papai e o sr. Uckermann sabem muito bem exercer o poder que tem sobre os filhos, no caso eu e o Christopher...

Anahí: Quer dizer que você não tem saída?

Dulce queria responder que sim. Mas, não, não tinha nenhuma saída para que não se casasse com apenas 17 anos. Muito nova, com uma enorme responsabilidade.

Dulce: Não, não tenho nenhuma saída! – falou tristemente.

Anahí: Tu já pensasses que vais perder toda a adolescência?

Dulce já tivera pensado nisso.

Dulce: Eu já pensei nisso...mas não tenho alternativa! Rebelar-me? é a mesma coisa de ser expulsa da família! Coisa que não quero...

Anahí: Não digo em uma coisa tão trágica como essa... Mas um divorcio depois de um ano seria uma ótima opção!

Dulce não conseguiu falar nada. Apenas se sentou mais uma vez e se pôs a chorar, chorar, e chorar. Chorar rios de lagrimas, por um futuro já decidido. E sem volta.

*Enquanto isso na casa de Poncho...*

Christopher já tivera contado toda a historia a Poncho.

Poncho: Cara, volta a fita! – falou incrédulo – Nosso querido Uckermann, aquele que vivia galanteando as moças de Londres vai se casar? E ainda com a Dulce?

Chris: Não precisa ficar espalhando para todo mundo não! Por que eu tenho certeza de que daqui a pouco toda a cidade vai saber!

Poncho: Você quer se casar com ela? – pergunta serio.

Chris: Claro que não! Você acha que eu quero perder minha adolescência me casando? E principalmente minha liberdade.

Poncho: Não tem nenhum jeito de vocês não...

Chris: Nenhum...de nenhuma forma podemos fugir desse compromisso! Nem sei como vou olhar para a cara dos meu pais. Eles planejaram meu futuro. Não pensaram em minha felicidade. Somente na empresa e salvar o patrimônio das duas famílias. Mas deveriam ter pensado em outra solução, e não fazendo-me casar a força com uma menina que eu conheci na semanas passadas. Tais me entendendo?

Poncho: Claro que sim. Mas... por que vocês não fazem um acordo. Depois de um ano pedem divorcio.

*Na casa de Anahí...*

Maite acabara de chegar.

Maite: Me contem logo o que aconteceu! – sentando-se ao lado das amigas.

Depois que Dulce e Anahí contaram o que estava prestes a acontecer, Maite não pode disfarçar a aflição, e talvez o medo de perder uma de suas melhores amigas para um casamento sem nexo, e que tinha tudo para dar errado.