Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

- Seja bem vinda de volta! – Christian fora o primeiro a me abraçar quando entrei dentro de casa.

- Vai com calma aí Christian, ainda dói. – Tentei afastá-lo e só então tive uma visão melhor. Estavam todos ali. Meus avóz paternos e maternos, Lunna em uma cadeira de rodas com o mesmo sorriso que eu cresci conhecendo, Arthur atrás dela com as mãos em seus ombros, Anahí, Alfonso, Maitê com Pietro no colo, Mane, Lourdes e até Amy.

Foram longos dias no hospital e tudo que eu desejava era voltar para minha casa. Para perto das pessoas que eu mais amava. Recebi abraços carinhosos de cada um deles.

- Ei meu amor. – Apertei a bochecha de Pietro. Ele estava cada dia mais a cara de Alfonso, mas os olhos e a boca eram inteiramente de Anahí. – O que você está dando pra ele Anny? Fermento? Ele está enorme.

- Faz muito tempo que você não o vê Dulce, é impressão sua. Mas conta pra gente vai, que história é essa do bebê?

- Era para ser surpresa. – Olhei Christian que se encolheu.

- Eu não aguentei tá bom.

- Vem amor, é melhor se sentar. – Christopher segurou minha mão e me levou até o sofá. – Lembre-se das recomendações do médico.

- Eu estou bem, já disse.

- Faça um esforço pelo nosso filho. – Ele pousou a mão na nossa barriga. – A cirurgia o deixou bem frágil e precisamos fazer o que for possível para levar a gravidez até o fim. – Assenti acariciando meu ventre. – Eu vou levar as coisas pro seu quarto, ok?

- Ei. – Lunna se aproximou. – Como se sente? Sinto tanto não ter podido visitar você.

- Não sinta ok? Vamos deixar isso pra lá. E você? Como está se sentindo com tudo isso?

- Eu vou levando. Se eu tiver que voltar a andar, bem, se não, o que posso fazer.

- O que importa é que você está viva, recuperou a fala e a memória e que eu sempre vou estar com você Lunna. – Arthur a confortou. – Sempre, sempre.

- E sobre a Blanca?

- Faz um favor pra mim? – Assenti. – Nunca, mas nunca mais fale dessa mulher de novo comigo.

- Lunna.

- O que ela fez não tem perdão. Ela não tinha o direito de fazer isto comigo, de esconder de mim o meu verdadeiro pai.

- Ei, o que acham de mudarmos de assunto e comemorarmos que minhas duas filhas estão bem?

- Isso mesmo. – Vi Lourdes secar o olho disfarçadamente. – Acho que já podemos almoçar, certo? Alguém precisa comer aquela comida toda lá né.

- Opa, isso é comigo mesmo. – Alfonso já se levantou e saiu puxando a fila.

No final ficamos apenas Amy, Christian e eu na sala.

- Acho melhor a gente ir né? – Amy parecia sem graça.

- Amy, eu... eu queria pedir desculpas a você. – Abaixei minha cabeça. – Eu admito que fui imatura, ciumenta, egoísta e tudo mais, mas o carinho que tenho pelo Christian é incontável.

- Dulce...

- Não, é sério, me desculpa. Quero que saiba que por mim está tudo bem. – Me levantei. – Eu quero que meu amigo seja feliz, e se você for a pessoa que o fará feliz, te agradeço muito. Sei que sou idiota às vezes, mas os meus amigos são preciosos demais para mim e eu sou egoísta demais para querer compartilhá-los com mais alguém.

- Ownt. – Christian me puxou para outro abraço. – Eu também amo você Candy.

- Me perdoa por ter sido egoísta, mal-educada, chata... – Senti a primeira lágrima escorrer.

- Ei, para com isso. Eu adoro o seu jeito ok?

- Só... seja feliz tá?

- Se você parar de fazer besteira, eu prometo ser feliz.

- Voltei. – Christopher desceu a escada. – Ei, o que foi?

- Nada. – Apartei-me de Christian.

- Vamos indo Amy? – Christian a chamou e ela o acompanhou.

- O que foi? Está se sentindo bem? – Christopher me olhou preocupada.

- Chris...

- O que foi? É algo com o bebê?

- Não, me escuta. – Segurei as duas mãos dele. – Me perdoa por todas as vezes que fui uma imbecil com você.

- Dulce...

- Não, por favor, eu preciso fazer isto. – Ele assentiu. – quando eu estava caída no chão, antes de você chegar, passou um filme em minha mente. Eu merecia aquilo, eu precisava ter sofrido aquilo. – Christopher me olhava indignado – Eu fui egoísta. Não escutei você e o meu pai. Achava que era bobeira, mas vocês sabiam que eu não deixaria aquilo assim. Vocês apenas tentaram me proteger do monstro que o Rodrigo era e eu fui uma idiota. Fui atrás do perigo escondida, sem avisar ninguém. – Soltei a mão dele e enxuguei meu rosto. Eu quase morri e por culpa minha quase perdi nosso bebê. Se isso tivesse acontecido eu teria feito tanta gente sofrer e nunca poderia reparar o meu erro. Me perdoa por ter feito você chorar, por ter feito você sofrer, pelas vezes que te bati, bom, não todas, porque algumas você mereceu.

- Ei... – Ele apertou minha bochecha. – Posso te fazer uma pergunta?

- Claro, o que quiser.

- O que significa Pudim de Calabresa? – Arregalei meus olhos.

- Como assim você ainda lembra disso?

- E dava para esquecer?

- Deixa isso pra lá vai. – Minhas bochechas arderam. – O importante é que você já me provou que não é um pudim.

- Espera... – Ele se afastou. – Não...

- Sim. – Comecei a rir. – Eu te achava lindo, sexy, atraente.

- Mas subestimou minha capacidade né dona Dulce? – Tapei meu rosto. – Deixa só você melhorar, eu vou mostrar para você do que esse Pudim de Calabresa é capaz. – Christopher me beijou calorosamente. – Eu te amo.

- Eu também te amo. – Peguei a mão dele e coloquei em meu ventre. – Nós te amamos. – Roubei um selinho. – Agora vamos comer que estamos famintos.

- Claro. – Ele me pegou no colo.

- Ei!

- Caladinha vai. – Ele beijou minha bochecha e me levou rumo à sala de jantar.

- Espero que tenha pudim de sobremesa. – Christopher me olhou e começamos a rir.

- Só se for de calabresa. – Ele sussurrou.