Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

Dulce e Christian seguiram pela estrada engarrafada como qualquer outro dia da semana, e em menos de 10 minutos estavam no apartamento de Christia, que entrou sozinho, pegou sua mochila, e voltou rapidamente para o carro, já que estavam atrasados. Cortaram o máximo possível de caminho, mas com todo o trânsito quando chegaram na UVM eles já tinham perdido parte da primeira aula. Eles se olharam e riram quando estacionaram no enorme estacionamento da Universidade. Depois seguiram para o pátio, onde alguns alunos que também se atrasaram, estavam sentados conversando.

Aluna nova?  - Perguntou Christian chegando perto da turma que conversava, direcionando a pergunta a uma menina, enquanto os outros perto dela se retiravam do local, deixando-a sem entender nada.

Oh, sim! – Sorriu timidamente. – Prazer, meu nome é Amy... Amy Lion. Você é?

Christian Chavez. – Beijou-lhe a mão, e ela sorriu sem graça.

Prazer, Dulce Maria. – Dulce chamou a atenção para si, sentindo um pouco de ciúmes de como Christian olhava para Amy.

Já ouvi falar de você. – Sorriu a cumprimentando– Saviñon certo?

Sim, como sabe? – Ergueu uma sobrancelha.

Você é a garota que anda com o grupo mais popular da escola.

Sou? – Sorriu. – E o que te falaram de mim?

Vai mesmo querer saber?

Nem precisa. Já sei. Louca, barraqueira e mais um monte de coisa. – Revirou os olhos. –

Estão certos?

Sim! – Sorriu.

Está em que ano princesa? – Indagou Christian com curiosidade. – Ou melhor, em que curso?

Quarto ano de Fisioterapia.

Você veio ontem? – Estranhou. – Sou da sua turma.

Não. Só pude vir hoje, e pelo visto cheguei atrasada.

Bem vinda ao clube. – Sorriu.

Vou indo. Até mais. – Dulce saiu enciumada.

São namorados? – Perguntou Amy curiosa.

Não, por quê?

Ela está com ciúmes de você.

Impossível. – Riu.

Por quê? – Perguntou curiosa.

Primeiro porque ela já tem namorado. Segundo porque tenho certeza que ela é apaixonada por outro cara e terceiro, eu não tenho a mesma opção sexual que ela. – A olhou esperando ver a reação, mas ela não demonstrou emoção alguma.

Homo? – Ele assentiu. – Que desperdício. – Falou em tom audível.

Porque que desperdício? – riu.

Você é muito bonito. Mas não se preocupe, não tenho preconceito. Meu melhor amigo também é. – Sorriu.

Legal. – Sorriu. – Depois me apresenta hein. – Brincou. Vamos pra sala? Já já toca o sinal para a próxima aula.

Vamos.

Os dois seguiram para a sala, e esperaram o sinal tocar para entrarem. Dulce seguiu pelo longo pátio, indo para o bloco 2. Subiu as escadas e depois dirigiu-se a sua sala, pediu licença e depois entrou, sentando-se ao lado de Maite.

Onde estava? – Perguntou baixo para não atrapalhar a aula.

Perdemos a hora. – Deu de ombros.

Perderam? – A olhou sem intender.

Christi e eu. Ele dormiu lá em casa. – Olhou para o professor Francisco que falava feito pobre na chuva.

Entendi. – Sorriu. – Que cara é essa hein?

A de sempre Maite, a de sempre. – Pegou seu netbook na mochila e abriu em cima da mesa.

A cara é a de sempre, mas o semblante não. – Insistiu. – O que houve?

Não é nada. É só o Christi que resolveu arrumar uma amiga nova. – Entrou no seu e-mail, e viu que tinha uns 20 do seu namorado. – Estou ferrada. – Mordeu o lábio inferior.

Maite riu do ciúme da amiga. – Porque?

20 emails do Rodrigo. Discuti com ele ontem à noite e provavelmente ele tentou me ligar de novo, mas a Dulcinha aqui quebrou o celular, jogando-o no espelho do meu quarto. – Revirou os olhos.

Porque você fez isso? – Arregalou os olhos.

Estava com raiva, e tinha que descontar em alguma coisa. Foi a primeira coisa perto de mim.

Você hein. – Riu.

Saviñon e Berleogui se querem conversar, que seja lá fora. A não ser que seja a respeito à matéria, que, aliás, não vejo nenhuma das duas anotarem nada. – Falou o professor, fazendo as duas pararem a conversa.

Perdão professor. – Se encolheu na cadeira e o professor voltou à aula normal.

Você é muito boba Maite. – Riu da amiga que estava sem graça. – É muito certinha, meu Deus. Acho que ficou tudo mal dividido entre nós duas. – Riu e voltou a atenção para o e-mail. Todos eles diziam sobre “Preciso conversar com você, me liga.” “Dá pra ligar o telefone.” “Está brava comigo? Desculpa.” “O que houve? Está tudo bem?”

Dulce fechou o notebook, e depois resolveu prestar atenção na aula, mesmo não tendo diferença alguma, pois prestando atenção ou não, ela sempre se saia bem nos trabalhos, nas atividades e nos exames. Era um poço de inteligência, e bastava ler suas apostilas para aprender tudo de primeira. Demorou cerca de uma hora para o sinal do intervalo tocar, as duas desceram e foram diretamente para a lanchonete, onde encontraram Poncho e Anahí em uma discussão chamativa.

Desculpe-me mas eu não sou como você Alfonso. Eu tenho um namorado e você fica com qualquer galinha que vê pela frente. – Falou irritada.

Em primeiro lugar, não me compare com você. E em segundo, eu fico com quem eu quiser. Olhe essas belezuras. – Quase quebrou o pescoço olhando para duas meninas do segundo ano de medicina que passavam perto. – Elas são lindas, é impossível não ficar com elas. E eu sou atraente, elas gostam de mim. – Rodou sua bola no dedo.

Sou muito mais eu. – Revirou os olhos. – Pelo menos eu sou uma menina descente, que não abre as pernas para o primeiro retardado que aparece na minha frente.

Alfonso gargalhou. – Falou a santinha né Anahí.

Chegaaaa. – Falou Dulce depois de ficar olhando a discussão. – Estão parecendo duas criancinhas sabiam?