Fanfic: Meu Guarda Costas | Tema: Vondy

Depois de pegarem um refresco, os dois voltaram para o quarto. Passaram a tarde procurando pistas sobre Rodrigo, mas não conseguiram encontrar nada além do que Dulce anotara em sua agenda mais cedo. Dulce foi incomodada o dia inteiro com Lourdes batendo em sua porta, já que seus amigos não paravam de ligar para saber o que ela tinha e se estava tudo bem. No final da tarde Arthur foi embora para casa e Dulce entrou para tomar banho. Tomou um banho bem frio para tentar expulsar os pensamentos que insistiam em rondar sua cabeça. Ela prometeu que não iria chorar mais. Depois de um belo banho ela se enxugou, passou seus hidratantes, e como de costume enrolou-se em seu roupão e seguiu para seu closet. Vestiu um vestido fresco depois de colocar seu lingerie cor de rosa. O vestido era branco azulado de alça fina e bojo, o que realçava seus seios, e batia pouco a cima da metade de suas coxas. Ele era justo até a cintura e para baixo era solto, e na ponta tinha um detalhe em renda azul bebê. Secou seu cabelo e o deixou totalmente liso, prendendo a franja para trás, e em seguida calçou um chinelinho branco de lacinho. Seu dia tinha sido um pouco conturbado e seu cérebro já estava acabado. Sentiu um branco lhe vir a cabeça quando abaixou para pegar um objeto que deixara cair, e um enjoo rondou dentro de si, foi então que se lembrou que mal havia se alimentado, e que se quer perguntou a Arthur se ele estava com fome. Balançou a cabeça tentando se livrar do vazio em seu cérebro, e depois voltou para o quarto, arrumou a bagunça que estava na mesa do computador, e depois saiu do quarto, seguindo para a cozinha. A casa aparentava vazia, não havia sinal nem de seu pai, nem de nenhum empregado e graças a Deus nem do Pudim de Calabresa. Chegou à cozinha e preparou um lanche reforçado sobre a mesa, e sentou-se para comer. Levou um copo de leite com achocolatado à boca, enquanto voltava a pensar o que Rodrigo, Christopher e Fernando estavam escondendo. Depois de um belo gole, ela levou um sanduiche de presunto e queijo à boca, mordendo um pedaço o suficiente para lhe encher a boca.  Talvez a fome que estava fez com que o lanche ficasse com um gosto melhor, ou então ela nunca reparou no quanto o que ela estava digerindo naquele instante era saboroso. Sorriu de seus próprios pensamentos tolos e terminou de comer. Ficou sentada olhando para o nada, e do nada lhe deu uma imensa vontade de comer uma fruta. Levantou-se e abriu a geladeira, e lá estavam eles, os enormes e deliciosos morangos. Sim, essa era sua fruta preferida. Pegou a pequena bandeja e a levou até a pia lavando-os com cuidado. Depois se dirigiu até o armário e pegou uma taça de sobremesa e uma faca, em seguida pegou os morangos e os picou em 4 pedaços cada. Pensou consigo que faltava algo e foi à procura do que não sabia o que era. Sim, uma lata de leite condensado estava no armário. Ela sorriu, pegou um abridor e depois de lavar e secar a lata ela fez uma pequena abertura e jogou por cima de sua fruta preferida. “Perfeito!” Pensou, e depois de lavar o que havia sujado e guardar o restante do leite condensado, pegou uma colher e a taça cheia de sua “sobremesa” e dirigiu-se para a sala, sentou-se na sua cama de gato e ligou a TV à procura de seu desenho favorito, já que estava no horário dele. Estava tão entretida no desenho que esquecera completamente do seu problema, enquanto comia os doces morangos ao leite condensado.

Será que a gente pode conversar? – Falou Christopher, se sentando num sofá perto dela.

Dulce dirigiu o olhar a ele e depois voltou à televisão. – Não pode ser depois? Estou ocupadíssima vendo meu desenho predileto.

Não dá pra acreditar que aos 20 anos de idade você assiste Luney Tunes, senhorita. – Usufruiu seu tom irônico.

Pois é. – Deu de ombros e levou uma colherada à boca.

Dulce é sério. – Levantou-se e em seguida sentou-se na beirada da cama de gato dela.

Eu estou rindo por acaso? – Falou sem dirigir o olhar a ele.

Christopher suspirou, não estava a fim de discutir com ela naquele instante. – Por favor.

Dulce o olhou repentinamente. Como assim, por favor? Esse não era o Pudim de Calabresa. – Eu ouvi bem? – Franziu o cenho.

Sim. Às vezes é necessário deixar nosso orgulho de lado. – A olhou nos olhos.

Oh céus, o que eu aconteceu  com você? Alguma nave espacial te abduziu e trocou seu cérebro? – Riu em tom irônico.

Dulce, eu não estou de brincadeira. Eu quero falar sobre duas coisas. – Desviou o olhar do dela.

É mesmo sério? – Ele assentiu. – Não vai começar a implicar comigo? – Ele negou. – Então diga logo, que estou perdendo meu desenho.

Christopher sorriu. – A primeira coisa é sobre o que houve ontem.

O que houve ontem? – Se fez de desentendida.

Sabe bem do que estou falando. – Levantou novamente o olhar a ela.

Não sei não. – Sorriu sínica.

O beijo que a gente deu lá no seu quarto Dulce.

Beijo? Não estou me lembrando de beijo algum Christopher. – Falava séria.

Oh céus, como assim ela não se lembrava? Christopher ficou confuso, mas a olhou bem no fundo dos olhos e percebeu que ela não queria era se lembrar disso. – Vamos fingir que não houve nada ok?

E houve alguma coisa? – Ergueu uma sobrancelha.

Nós sabemos que sim. E peço que me perdoe por ter feito aquilo, isso nunca mais voltará a se repetir.

Dulce desviou o olhar. Como nunca mais? Ela havia gostado daquele beijo. Ele era tão... perfeito! Deu três piscadas rápidas tirando fazendo com que seu pensamento maluco se afastasse novamente. Só poderia estar ficando louca, ela o odiava. – Eu não me lembro de nada! – Deu de ombros. – Se você se lembra, meus pêsames.

Tudo bem. Era isso mesmo que eu queria. Agora quero falar com você sobre o Rodrigo. – Pronunciou o nome dele com certa indiferença.

Escute aqui. Eu sei que você não vai me falar que diabo está acontecendo e nem o porquê de você e até meu pai saberem antes de mim que ele iria embora, então esquece esse assunto ok? – Alterou a voz. – e outra, enquanto eu me lembrar que vocês não me contaram, diga ao senhor Fernando se esquecer que eu existo. – Aumentou o volume da televisão e continuou comendo seu morango, que agora ao invés de doce tinha um gosto amargo ao seu paladar. Christopher apena a olhou. Tinha um olhar de pena. Suspirou e sumiu pela escada acima. Dulce simplesmente o ignorou tentando prestar atenção em seu desenho. Ficou jogada na sua cama de gato enquanto a televisão a assistia, já que a mesma embora estivesse com o olhar voltado a tela da enorme TV pendurada na parede, estava com seu cérebro ligado em outro mundo. Saiu de seus devaneios quando a campainha tocou e ela deu um pulo, e no impulso seguiu até a porta. Lá estava ele, com um buquê de rosas vermelhas e uma caixa de bombom. Usava uma camiseta verde, uma calça jeaz em tom azul marinho e um all star preto.

Eu disse que vinha não disse. – Sorriu dando um selinho em Dulce, mas depois fechou a cara ao ver que ela não estava se importando com a presença do mesmo. – Ei, o que foi minha linda?

Não é nada. – Sorriu forçada. – Entra. – Deu-lhe passagem.

São pra você. – Lhe entregou o buquê e a caixa de bombom, e a mesma os pegou mesmo sem querer.

Obrigada. – Sorriu mais uma vez forçada. – Vamos lá para o meu quarto. – Fechou a porta e seguiu até a televisão desligando-a. – Pode ir subindo, vou só pedir a Lourdes para coloca-las na agua, está muito quente.

Ok! Te espero lá em cima. – Dulce assentiu e ele subiu. Embora Dulce tivesse uma enorme vontade de jogar aquelas rosas no chão e pisoteá-las junto com a caixa de chocolates, ela não o fez, a final, eram sua rosas preferidas e seu chocolate preferido. Ela queria matar o Rodrigo por saber tão bem dela e saber como acalmá-la.